quinta-feira, janeiro 09, 2025

In Illo Tempore [junto com] Notas Criticas ao “In Illo Tempore” de Trindade Coelho




TRINDADE COELHO
ilust. Antonio Augusto Gonçalves
fotog. Antonio Luiz Teixeira Machado e Adriano Marques
J. DE M. T. F. [FARO] N. [NORONHA]

Paris-Lisboa, 1902 / Porto, 1910
Livraria Aillaud & C.ª / Magalhães & Moniz, L.da – Editores
1.ª edição (ambos)
[195 mm x 130 mm] + [189 mm x 122 mm]
[2 págs. + 426 págs.] + 80 págs.
subtítulo [a]: Estudantes, Lentes e Futricas
[a] profusamente ilustrado e impresso sobre papel superior; encadernação inteira em imitação de pele, gravação na lombada; não aparado, conserva as capas de brochura
[b] brochura
exemplares estimados, restauros nas capas de ambos; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
155,00 eur (IVA e portes incluídos)

Escândalo e risota à data, 1902, da publicação original do vertente livro, tido na conta de maledicência estudantil. Houve até quem o contestasse em artigos de jornal depois reunidos numa brochura hoje rara, como o «Juiz de Direito» que se identificava por «J. de M. T. F. N.» (sobrinho de um tal D. Frederico de Azevedo Faro de Noronha), dando nota negativa por escrito, embora reconhecendo-lhe involuntariamente o alcance:
«[...] Se os livros do sr. Trindade Coelho não fossem lidos além fronteiras, não haveria grande inconveniente em permittir a sua leitura [...].
Mas a obra litteraria do sr. Trindade Coelho tem bastante força expansiva, especialmente quando assoprada pelas traduções dos srs. Rafael Altamira e Alberto Savine, e assim é de receiar que estes illustres traductores façam que o In illo tempore salte a raia maritima e a terrestre e vá levar aos centros litterarios do velho e do novo mundo um pregão de desconceito, que desacredita e avilta a Universidade de Coimbra, mostrando que esta, além do mais que havemos de notar, nem sequer sabe latim e que o pouco da lingua de Cicero, que emprega nos seus actos e solemnidades, é um latim de preto, ainda mais macarronico do que a baixa latinidade do seculo IX. [...]» (Notas Criticas ao In Illo Tempore de Trindade Coelho)
Nada mais é necessário, para definir a amplitude e o estilo de um livro publicado, do que os narizes de cera da sua época.

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