URBANO TAVARES
RODRIGUES
Lisboa, 1959
Livraria Bertrand, S. A. R. L.
1.ª edição
19 cm x 12,6 cm
200 págs.
exemplar estimado, com vinco na capa; miolo limpo
20,00 eur (IVA e portes já incluídos)
«[...] Do conjunto das 5 narrativas que formam As Aves da Madrugada (1959), Óscar Lopes
considera-as “claramente exemplares (...) ao nível da concepção da intriga,
(...) da composição, (...) circulam certos curiosos temas líricos (...) [e os]
das obsessões ou tensões centrais da sua mundividência pessoal”. [...] A “ética
da dignidade pessoal gratuita vem aqui entroncar num dos temas dominantes de
Urbano Tavares Rodrigues (...): o tema de uma ânsia de ir ao ‘encontro da
brasa’ no sofrimento, no sacrifício, na coragem. Na ânsia de, perante os outros
ou perante si próprio (...), pôr à prova uma integridade moral totalmente
indiferente às consequências, ao êxito ou inêxito prático (...): o imperativo
incondicionado da lei que a consciência se dá formalmente a si mesma”. [...] É
por uma consciência ética em cada ser humano (com existência real ou
ficcionada) e em todos os seres em sociedade, pela resistência à angústia e à
desesperança, pela liberdade imperativa, que intervém Urbano nestes seus
escritos, contudo sem nunca esquecer que um romance, uma novela, um conto é uma
obra estética. [...]» (Fonte: Luísa Duarte Santos, «Alvor de um poeta de generosidade militante», in Escrevivendo Urbano Tavares Rodrigues –
Exposição Biobibliográfica, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira,
2009)