segunda-feira, junho 17, 2024

A Espada de Alexandre


[CAMILO CASTELO BRANCO]

Porto, 1872
Typographia da Casa Real
1.ª edição
226 mm x 145 mm
50 págs.
subtítulo: Corte profundo na questão do homem-mulher e mulher-homem por Um Socio Prendado de Varias Philarmonicas
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo, papel manchado no canto superior direito da capa e nas primeiras folhas
60,00 eur (IVA e portes incluídos)

Publicada sem o nome do autor, mas posteriormente incluída no livro de Camilo Boémia do Espírito, trata-se da sua intervenção num tema da actualidade, em que acabara de ser vertida para português a «[…] obrinha de Alexandre Dumas Filho sobre o adultério feminino, intitulada Homme-Femme, [que] levantara em França acalorada celeuma, que se repercutiu em Portugal. […] Trata-se de uma conversa picaresca sobre o tema em voga[,] entre o autor (o pseudo “sócio prendado de várias filarmónicas”) e o seu vizinho Raimundo (“poeta laureado no Águia de Ouro”). Na opinião de Dumas Filho, a solução para o marido desonrado pelo crime de sua mulher é matá-la. […]» Para Camilo, a questão põe-se de outra maneira «[…] questionando o vizinho Raimundo: “Que é o adultério? / É a razão insurgida contra o absurdo do vínculo indissolúvel. / A mulher que morre no acto da sua rebelião, que é? Hoje, é uma criminosa que uns deploram, e outros improperam na sepultura. Daqui a cem anos será celebrada como holocausto da emancipação.” […]» (Fonte: Alexandre Cabral, Dicionário de Camilo Castelo Branco, Editorial Caminho, Lisboa, 1988)

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