[VISCONDE DE
JUROMENHA]
Lisboa, 1839 [aliás, 1838]
Typographia da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis
1.ª edição
23,6 cm x 15 cm
232 págs.
muito elegante encadernação da época, selada Manuel F.ra
& Silva (Porto), meia-inglesa em pele e papel de fantasia, gravação a ouro
na lombada
aparado e carminado somente à cabeça
conserva a capa anterior da brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo, papel ocasionalmente acidulado
rubrica a tinta na capa de brochura indicando o nome do Autor
da obra
175,00 eur (IVA e
portes incluídos)
O
autor, João Antonio de Lemos Pereira de Lacerda, visconde de Juromenha, segundo o dicionário de Inocêncio Francisco da
Silva, «Nasceu a 25 de maio de 1807, n’uma casa da rua de S. Domingos, á Lapa
em Lisboa, sendo filho primogenito do 1.º visconde de Juromenha, Antonio de
Lemos Pereira de Lacerda, tenente general, e de sua mulher D. Maria da Luz
Willougby da Silveira. Depois dos primeiros estudos no collegio de S. Pedro e
S. Paulo, vulgo Inglezinhos, passou para o collegio dos nobres, então
dirigido pelo professor Ricardo Raymundo Nogueira, um dos governadores do reino
na ausencia de el‑rei D. João VI, emquanto a côrte portugueza se conservou no
Brazil; e d’ahi foi para Coimbra, onde fez o exame de preparatorios, em que
incluiu os dos idiomas francez, inglez, latinidade e grego, matriculando‑se em
seguida nos cursos de mathematica e philosophia, que teve que interromper por
causa da guerra civil. Seguindo a causa do sr. D. Miguel, devidamente
auctorisado por seu pae para deliberar e votar, assistiu á reunião dos tres
estados do reino, em julho de 1828 [...].
Não tem, por sem duvida,
devido á excessiva modestia do seu viver, e ao limitado de suas relações
litterarias e scientificas, muitos titulos de academias ou corporações
litterarias. Pertenceu ao antigo conservatorio dramatico, e ultimamente lhe
conferiram, sem o solicitar e sob proposta do academico sr. Silva Tullio, o
diploma de socio correspondente da academia real das sciencias de Lisboa.
A sua estreia, na carreira
das boas letras, foi a publicação da obra [...] Cintra pinturesca, 1838‑1839,
trabalho revisto por Alexandre Herculano, com quem estabelecêra relações por
intermedio do seu antigo condiscipulo e brilhante escriptor, Ignacio Pizarro de
Moraes Sarmento, conservando sem interrupção e sem azedume essas relações com o
distincto historiador, apesar da profunda divergencia de opiniões politicas.
[...]» (Diccionario Bibliographico
Portuguez, tomo X [Brito Aranha], Imprensa Nacional, Lisboa, 1883)
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