quarta-feira, março 17, 2021

Horas da Semana Santa [encadernação]

 

FRANCISCO DE JESUS MARIA SARMENTO, frei

Lisboa, 1807
Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira
«décima-quarta impressão»
138 mm x 80 mm
588 págs. + 7 folhas em extra-texto (gravuras sacras alusivas)
subtítulo: Empregadas na lição, e meditação dos principaes officios, e Sagrados Mysterios deste santo tempo, Traduzidos, e expostos na Lingua Portugueza, Com varias Illustrações Historicas, opportunas Reflexões Moraes, e differentes Práticas de Piedade, para melhor intelligencia, devoto exercicio, e espiritual proveito dos Fiéis Christãos, nestes grandes solemnes Dias
ilustrado
luxuosa encadernação coeva inteira em pele gravada a ouro nas pastas e na lombada
corte das folhas dourado e cinzelado
exemplar muito estimado; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
180,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos Inocêncio Francisco da Silva, no seu Diccionario Bibliographico Portuguez (tomo II, Imprensa Nacional, Lisboa 1859:
«Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento, natural da villa de Seixo, bispado de Coimbra, e baptisado na respectiva freguezia com o nome de Raimundo, aos 12 de Septembro de 1713. A devoção ao sancto patriarcha da ordem seraphica lhe fez mudar o nome na chrisma. Passando á Universidade de Coimbra na edade de nove annos, ahi seguiu os estudos preparatorios, e recebeu em tempo o grau de Bacharel na faculdade de Direito Civil. Movido das penetrantes vozes do missionario Fr. Manuel de Deus, resolveu‑se a mudar de estado, professando o instituto da terceira ordem de S. Francisco no convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa, aos 17 de Junho de 1732. Desenvolveu grande talento no ministerio do pulpito; a sua gravidade, voz clara, composição de gesto, e a eloquencia conforme ao gosto da epocha, o fizeram bem acceito orador nas funcções mais solemnes e pomposas. Estas qualidades deram causa a que os Terceiros seculares o elegessem seu Commissario visitador. Foi Consultor da Bulla da Cruzada, e Examinador das tres Ordens militares. Occupou na sua congregação todos os logares de honra, até ser eleito Ministro provincial em 1777. Tudo quanto pôde adquirir por suas composições litterarias, e por seus amigos, empregou no serviço do culto divino, deixando no convento de Lisboa riquissimas peças e alfaias destinadas para o mesmo serviço, e uma boa renda no producto das suas multiplicadas composições, destinado para fundo e subsistencia do collegio da sua ordem em Coimbra. Escrevia com grande facilidade, e posto que por vezes experimentasse as censuras dos criticos, proseguia sempre com imperturbavel serenidade de animo em seus trabalhos litterarios, consagrados exclusivamente a obras de devoção, deixando impressos numerosos livros e opusculos, que o qualificam, quando menos, de escriptor laboriosissimo e applicado. M. no convento de Lisboa a 3 de Junho de 1790 com 77 annos. […]»


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