[FELIX] LICHNOWSKY
[trad. Daniel Augusto da Silva*]
Lisboa, 1845
Na Imprensa Nacional
2.ª edição («correcta e annotada»)
206 mm x 137 mm
6 págs. + 222 págs.
exemplar estimado, pequenos defeitos na lombada, restauro na contracapa; miolo
irrepreensível, por abrir
90,00 eur (IVA e portes incluídos)
Esse
contemporâneo de Heinrich Heine, que foi o príncipe Felix Lichnowsky, de origem
polaca e domínios e vida feita na Silésia, nasceu em 1814. Já antes de tomar o rumo
que a Portugal também trouxera notáveis viajantes estrangeiros, como Balbi,
Murphy ou Link, se batera ele em Espanha ao serviço de D. Carlos, de quem
chegou a ser ajudante de campo. A sua visita às nossas paragens coincide com os
tempos tremendos da derrota da esquerda setembrista às mãos do golpe de Estado
de Costa Cabral; portanto, a um país que ele julgou ir finalmente acabar
normalizado, o mesmo é dizer – em óptica de príncipe –, dominada a desordem e a
anarquia que vinham inviabilizando a cobrança de impostos, o exercício dos
tribunais, o sossego das linhagens. E, depois de testemunhar uma sessão de
trabalho nas Cortes, dedica-se à nossa geografia e aos nossos monumentos numa
abordagem sem particulares rasgos de originalidade, de turista acidental, que
nos devolve Mafra, Alcobaça ou Batalha, por exemplo, através do olhar
compassivo de alguém que demasiado saboreou a nata do mundo. Mas o mundo –
aliás como sempre – iria mudar: a que, em 1846, ficou para a História como
revolta da Maria da Fonte livrar-nos-ia de Costa Cabral; e o próprio príncipe
será assassinado no decurso da insurreição camponesa alemã em 1848.
* Segundo Inocêncio Francisco da Silva.
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