JOÃO BERNARDO DA ROCHA
Lisboa, 1851
s.i. (Typographia – Rua da Bica n.º 55)
1.ª edição
215 mm x 142 mm
64 págs.
brochura de cadernos alceados e cosidos à linha, sem capas, provavelmente por
se tratar de um panfleto político
acondicionada numa modesta pasta de cartolina
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
190,00 eur (IVA e portes incluídos)
Diz-nos João Bernardo da Rocha (1778-1853), um maçon partidário
da revolução Setembrista, na «prefação»:
«[…] [o] desenho d’esta nossa Revista. N’ella teem de passar mostra os homens
e as cousas, segundo a influencia que tiveram no estado de perdição em
que nos vemos; e d’ahi faremos nosso juizo sobre os remedios que nossas
desventuras possam ter. Em verdade, o estado presente de Portugal parece
desesperado (e alguns homens bons o teem por incuravel e sem remedio) mas,
ainda n’esse caso, está de permeio nossa obrigação; trabalhar he nosso officio.
[…]» E são abordados pelo autor os seguintes protagonistas do mal que grassava:
António Bernardo da Costa Cabral, a administração do marechal-duque de
Saldanha, o duque da Terceira e seus partidários, assim como a imprensa a
estipêndio do poder, os ministérios, o exército, a erosão da fazenda pública,
as cortes e, até, a acção inepta da nossa diplomacia no estrangeiro.
O reaccionário padre José Agostinho de Macedo, «[…]
que até á morte fôra sempre seu inimigo irreconciliável, fez d’elle o
protagonista do seu poema heroi-comico Os Burros, que appareceu pela primeira
vez em 1812». (Fonte: Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues, Portugal –
Diccionario Historico, Chorographico, Biographico, Bibliographico, Heraldico,
Numismatico e Artistico, vol. VI, João Romano Torres & C.ª – Editores,
Lisboa 1912)
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