terça-feira, novembro 30, 2021

Evangelho de S. Vito



MARIO SAA

Lisboa, 1917
Monteiro & C.ª – Livraria Brazileira
1.ª edição [encapamento de 1921]
17,7 cm x 12,2 cm
2 págs. + 240 págs. + 2 págs.
exemplar bem conservado apesar dos sinais de traça na lombada; miolo limpo, em parte por abrir
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor ao liberal Carlos Augusto Portugal Ribeiro
PEÇA DE COLECÇÃO
310,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Evangelho de S. Vito

 

MARIO SAA

Lisboa, 1917
Monteiro & C.ª – Livraria Brazileira
1.ª edição
179 mm x 126 mm
2 págs. + 240 págs. + 2 págs.
exemplar estimado, capa envelhecida; miolo limpo
150,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se da primeira obra impressa de Mário Saa, «[...] obra de carácter aforístico, onde não deixa de ser notória a influência das obras de Nietzsche, algumas das quais intensamente anotou [...]» (segundo os autores do Dicionário Cronológico da Autores Portugueses, vol. III, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1994).

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Bandeiras Nacionaes de Diferentes Estados do Mundo

 

MARIO AFFONSO DE CARVALHO

Lisboa, 1937
Tipografia Rosa, Limitada
1.ª edição
220 mm x 167 mm
28 págs.
ilustrado a cor
acabamento com dois pontos em arame
exemplar estimado; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
37,00 eur (IVA e portes incluídos)

Brochura de grande interesse histórico, reproduzindo bandeiras que, entretanto, mudaram ou, até, referentes a países que, por seu turno, desapareceram.

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Carlos Seixas

 

SANTIAGO KASTNER

Coimbra, 1947
Coimbra Editora, Limitada
1.ª edição
192 mm x 136 mm
160 págs. + 3 folhas em extra-texto
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)


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segunda-feira, novembro 29, 2021

Cartas d’El-Rei D. Carlos a José Luciano de Castro

 

ANTONIO CABRAL

Lisboa, 1927
Portugal-Brasil – Sociedade Editora Arthur Brandão & C.ª
1.ª edição
190 mm x 123 mm
304 págs. + 2 folhas em extra-texto
ilustrado com os retratos de José Luciano de Castro e de António Cabral
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
27,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Em Plena Republica

 

ANTONIO CABRAL

Lisboa, 1932
Livraria Popular de Francisco Franco
1.ª edição
200 mm x 143 mm
512 págs. + 1 folha em extra-texto
subtítulo: As minhas memorias politicas: A catastrophe – Valeu a pena?...
ilustrado com o retrato do autor
encadernação de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar estimado, restauros nas capas de brochura; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)


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quinta-feira, novembro 25, 2021

O Culto de S. Cosme e S. Damião em Portugal e no Brasil


AUGUSTO DA SILVA CARVALHO, dr.

Coimbra, 1928
Imprensa da Universidade
1.ª edição
236 mm x 175 mm
344 págs. + 8 folhas em extra-texto + 1 desdobrável em extra-texto
subtítulo: História das Sociedades Médicas Portuguesas
ilustrado
encadernação recente em meia-inglesa gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado, capas de brochura com restauros; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
peça de colecção
70,00 eur (IVA e portes incluídos)

Dois celebrados médicos sírios, mártires cujo culto foi introduzido no catolicismo por alturas do século XII, tornando-se padroeiros das “artes de curar”, estas por vezes mero charlatanismo, como terá sido o dito óleo de São Cosme e Damião com que, acompanhado de rezas, se esfregavam os crentes em curas miraculosas. Não é, todavia, este o assunto do excelente livro do médico e professor Silva Carvalho; trata-se, outrossim, de uma história séria e incontornável da actividade clínica das instituições hospitalares.

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quarta-feira, novembro 24, 2021

Um Homem de Barbas



MANUEL DE LIMA
pref. José de Almada Negreiros
capa e ilust. Bernardo Marques

Lisboa, 1944
s.i. [ed. Autor ?]
1.ª edição
222 mm x 165 mm
108 págs.
ilustrado
elegante encadernação inteira em seda com rótulo gravado a ouro na pasta anterior
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
85,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do prefácio de Almada Negreiros:
«[...] O autor de Um Homem de Barbas servindo-se do realismo para desfazer o próprio realismo, acaba por nos introduzir sem peias no mundo da ficção, e com a velocidade do próprio pensamento desloca as suas personagens até ficar o único símbolo da obra: as barbas. [...]»

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terça-feira, novembro 23, 2021

De Ombro na Ombreira

 

ALEXANDRE O’NEILL
capa de Fernando Felgueiras


Lisboa, 1969
Publicações Dom Quixote
2.ª edição
180 mm x 110 mm
80 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Ir à Guerra

 

ANTÓNIO MODESTO NAVARRO

Lisboa, Outubro de 1974
Editorial Futura – Carlos & Reis, Lda.
1.ª edição
210 mm x 140 mm
244 págs.
exemplar estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Ellas na Intimidade

 

EDUARDO DE NORONHA

Lisboa, 1926
Edição de João Romano Torres & C.ª
1.ª edição
202 mm x 134 mm
192 págs.
subtítulo: Notas e observações
encadernação inteira em papel relevado com as capas de brochura espelhadas
não aparado
exemplar estimado; miolo limpo
22,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Esfera





FERNANDO GUEDES
desenho (retrato do Autor) de Fernando Lanhas

Porto, 1948
Livraria Portugália
1.ª edição
21,7 cm x 16,5 cm
50 págs. + 1 folha em extra-texto
composto manualmente e impresso sobre papel avergoado
exemplar algo envelhecido e com fortes sinais da presença continuada da luz sobre a capa; miolo em estado aceitável
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO POETA RUY BELO QUE, POR SUA VEZ, ANOTOU PROFUSAMENTE OS POEMAS COM COMENTÁRIOS MARGINAIS
160,00 eur (IVA e portes incluídos)

Fernando Guedes – que terá talvez descuidado os seus dotes de poeta em proveito de uma actividade comercial de editor-livreiro, enquanto dono da conhecida Verbo, ou como presidente, de facto ou honorário, simpatizante ou sócio, de sucessivas associações da classe, nacionais e internacionais, grémios, academias e confrarias – motivou, nesta sua ingénua oferta de um conjunto de versos ao ainda não editado em livro Ruy Belo, um vasto rol de agudos e azedos comentários. Assim, por exemplo: «Com sede nunca morta, / com fome sempre viva,» mereceu de Ruy Belo a nota «mau»; à cabeça da pág. 13 a nota é «não chegam a ser poemas»; aos versos de Guedes «atirar-lhe com os calhaus da minha Poesia / até o rebentar pela cabeça», Belo sublinha os calhaus e conclui «definição da s/ poesia»; etc., etc.
Interessante, entre dois intelectuais na travessia dos trinta anos de idade.

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País Possível


RUY BELO
capa de Dorindo Carvalho

Lisboa, 1973
Assírio & Alvim, Sociedade Editorial e Distribuidora, Lda.
1.ª edição
20,5 cm x 12,3 cm
80 págs.
impresso sobre papel superior
exemplar estimado; miolo irrepreensível
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Tirado da Nota do Autor:
«Este livro, que aparentemente poderia não passar de uma antologia visto que o integram um poema inédito e poemas extraídos dos meus últimos livros publicados, tem realmente uma unidade e é afinal um livro novo. E não o é apenas por eu publicar pela primeira vez na íntegra composições anteriormente truncadas por razões várias ou por eliminar ou emendar versos, por voltar a tentar suprimir o mais possível a pontuação, por resolver de vez “a guerra maiúsculas-minúsculas” a favor do lado mais fraco.
Este livro é um livro novo porque um livro de poesia é afinal um lugar de convívio, um local onde os poemas reagem uns contra os outros, se criticam mutuamente, se transformam uns nos outros. É um livro novo, em suma, porque a ele, como a nenhum outro livro meu, preside indubitavelmente uma unidade temática: a do mal-estar de um homem que, ao longo da vida, tem pagado caro o preço por haver nascido em Portugal; a problemática de uma consciência que sofre as contradições próprias da sociedade em que vive e de um homem que tem atrás de si vários passados e vive várias vidas simultaneamente e que intensamente se autodestrói; que se vai suicidando lentamente porque essa sociedade o destrói e assassina e o censura e a censura se instala na sua própria consciência. [...]»

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Alves Redol e o Grupo Neo-Realista de Vila Franca

 

GARCEZ DA SILVA
pref. António Pedro Pita
capa de Mário Caeiro


Lisboa, 1990
Editorial Caminho, SA
1.ª edição
206 mm x 143 mm
208 págs.
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
VALORIZADO PELA SENTIDA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR A ROSÁLIA FERREIRA, FILHA DO JORNALISTA LUÍS ERNESTO FERREIRA [PSEUD.: LUIZ D’ALVEIJAR]
27,00 eur (IVA e portes incluídos)


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O Parque dos Camaleões

 

FERNANDO LUSO SOARES
capa de Paulo Guilherme

s.l., 1962
Aga
1.ª edição
195 mm x 142 mm
176 págs.
exemplar estimado, lombada descolorida; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO PINTOR LUÍS DOURDIL
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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segunda-feira, novembro 22, 2021

A Árvore

 

ÂNGELA SARMENTO

Lisboa, 1963
Editora Arcádia Limitada
1.ª edição
180 mm x 107 mm
268 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da insuspeita nota editorial na contracapa:
«Nem sempre “com bons sentimentos se faz má literatura…” Eis a história de uma família, contada à maneira das romancistas inglesas. […]»
Segundo o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. V, Publicações Europa-América, Mem Martins, 2000):
«Maria Tereza Guerra Bastos Gonçalves de Moraes Sarmento Ramalho [1927-2018], de seu verdadeiro nome, fez os estudos liceais com professores particulares, estudou pintura com a pintora Raquel Roque Gameiro e aprendeu francês, inglês, alemão, espanhol e italiano. Trabalhou no Ministério dos Negócios Estrangeiros […]. Radicada em Salvaterra de Magos, tem contos incluídos em Histórias Breves de Escritores Ribatejanos, 1968. O seu romance A Árvore foi adaptado a uma telenovela com o mesmo nome. […]»
É de acrescentar que foi actriz. A sua irmã, Isabel da Nóbrega, foi mais afamada no mundo literário.

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Dinossauro Excelentissimo




JOSÉ CARDOSO PIRES
ilust. João Abel Manta

Lisboa / Rio de Janeiro, 1972
Editora Arcádia / Editora Civilização Brasileira S. A. R. L.
1.ª edição
24,7 cm x 17,4 cm
96 págs. + 21 folhas em extra-texto
profusamente ilustrado em separado
encadernação editorial em sintético com gravação a ouro na pasta dianteira e na lombada, protegida com a mica de origem
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
É O N.º 1 DE UMA TIRAGEM DECLARADA DE 120 EXEMPLARES IMPRESSOS SOBRE PAPEL ESPECIAL DE COR MOSTARDA, ASSINADO PELO ESCRITOR E PELO ILUSTRADOR
peça única, de colecção
1.750,00 eur (IVA e portes incluídos)

Sátira política, escrita de forma desabrida e sem rodeios ou hesitações, ao estilo oitocentista da Viagem à Roda da Parvónia (Gil Vaz, pseud.). O livro caricaturiza Salazar e a parte da nação que o aplaudia e perpetuava numa descarada busca de benesses e privilégios. Caricatura feroz, que João Abel Manta reforça com os seus desenhos igualmente corajosos. As primeiras linhas desta alegoria anunciam desde logo o que vai seguir-se: «[...] não há muito tempo existiu no Reino do Mexilhão um imperador que na ânsia de purificar as palavras acabou por ficar entrevado com a paralisia da mentira. Ainda lá está, dizem. E não é homem nem estátua porque a ele, sim, roubaram-lhe a morte. Não faz parte deste nosso mundo nem daquele para onde costumam ir os cadáveres, embora cheire terrìvelmente. Quando muito é isso, um cheiro. Um fio de peste a alastrar por todas as vilas do império. [...]» O sabor da narrativa espraia-se daí em diante, mesmo os personegens de Cardoso Pires têm nomes de cena que, só por si, dizem tudo, como o Juiz das Causas Combinadas, ou frei Pantaleão das Bulas. É a contemporânea História de Portugal, o seu resumo imediato, desfiando-se como reportagem por dentro do regime sócio-político vigente na altura, e igual a si próprio, até ao capítulo Epílogo, este uma pequena obra-prima da literatura panfletária portuguesa. Lá se lê, com um sorriso amargo e um aperto no estômago, como foi possível mascarar o colapso da governação de Salazar, sem que o próprio disso se apercebesse, após a sua queda da cadeira em Agosto de 1968 e até Julho de 1970, enquanto o seu sucessor, Caetano, contava as espingardas e garantia um lugar na vergonha pátria.

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Cartoons 1969-1975


JOÃO ABEL MANTA
pref. José Cardoso Pires

Lisboa, 1975
Edições «O Jornal»
1.ª edição
21 cm x 29,5 cm (oblongo)
176 págs.
profusamente ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
70,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do Prefácio de Cardoso Pires:
«[...] Nunca pintor daqui e de agora resumiu com tantas subtilezas a temperatura social e política do fascismo agonizante; raros, raríssimos, com o prestígio e a obra de João Abel Manta, resistiram e apostaram como ele na intervenção. [...]»

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Os Fragmentos



FERREIRA DE CASTRO
desenhos de João Abel Manta

Lisboa, 1974
Guimarães & C.ª Editores
1.ª edição
21,2 cm x 15,5 cm
336 págs. + 4 extra-textos
tiragem declarada de 500 exemplares impressos sobre papel avergoado
ricamente composto e impresso a cores, é um modelo tipográfico a ter em conta para a história da impressão
ex-libris do Autor na última página
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz Ferreira de Castro no Pórtico da obra:
«Volto as gavetas sobre a minha mesa de trabalho, como se nela virasse o açafate doméstico, contendo apenas as migalhas dos dias vividos, de que se aproveitam somente as aspirações e os sonhos. [...]
Papéis que jaziam no fundo, submersos pelos mais recentes, estão agora à flor dos outros [...]
Estes fragmentos são fruto das insatisfações estéticas, tantas vezes torturantes e secretas, que sentem os escritores do Mundo inteiro, e também das cancelas cerradas perante a liberdade de pensamento que dificultam, há já muitos anos, os passos espontâneos dos escritores portugueses. [...]»
O livro inclui, entre outras peças literárias avulsas, o romance inédito O Intervalo – Biografia do Século XX, século este que era a alcunha de um tal Alexandre Novais... «[...] O meu nome é Alexandre Novais, mas chamavam-me “O Século Vinte”, porque eu, durante a juventude, afirmava nos sindicatos, nos comícios, nos Cafés, afirmava por toda a parte, que o século XX seria o século da redenção, terminando as lutas, as desigualdades e os ódios que nos separam e passando a Humanidade a viver fraternalmente. [...]».

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sexta-feira, novembro 19, 2021

A Ignorância da Morte

ANTÓNIO OSÓRIO
prefácio de Eugénio Lisboa
capa e sobrecapa de F. C.

Lisboa, 1982
Editorial Presença, Lda.
2.ª edição (revista)
18,3 cm x 11,6 cm
204 págs.
exemplar como novo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Poeta tardio, no sentido em que só pelos 40 e tal anos de idade dá a conhecer a sua poesia (A Raiz Afectuosa, ed. Autor, Lisboa, 1972). Este foi, em 1978, o seu segundo, e colheu do poeta e exegeta Joaquim Manuel Magalhães aplauso e mesmo direitos de exemplo para as gerações coevas e as futuras. Senão, leiamo-lo:
«[...] Ainda não sei bem como falar de bom-gosto, depois de esse conceito ter sido a base de todo o discurso reaccionário tentando opor-se aos impulsos da arte ligada às efectivas vanguardas de entre as duas guerras. Há, por um lado, todo o peso dessa tradição do desmando, da escrita em abismo, cuja fulguração atravessa o nosso século literário. Ela tornou a palavra bom-gosto uma espécie de visco na boca dos académicos e das delicodoces almas dadas aos encontros devaneantes. Mas também ela, por outro lado, mesmo nas suas propostas de mais catastrófica vocação, vive de uma tensão, de uma escolha de um tecido de relações, de uma busca do menos gasto pelo tempo que são algo a que a expressão bom-gosto, num desígnio renovado, se poderia aplicar. O bom-gosto não como um padrão, mas como uma chegada. Não como um código, mas como uma disponibilidade. Não um enregelamento, mas o modo mais fulgurante por onde a superação se efectiva e sobrepõe ao dessoramento dos estilos, assumindo esta palavra em vez daquela, esta construção em vez da outra: enfim, uma obstinação em não chafurdar no lugar-comum dos outros. Mesmo que defendendo a ironia de expressar o lugar-comum do tempo, que pelo menos essa ironia o torne um lugar-comum apenas seu. É isto que subentendo ao tentar usar “bom-gosto” para definir a contenção da escrita de António Osório. [...]
Bom-gosto que é, neste caso, rasura verbal, rejeição, visível trabalho da escolha, acertamento dos ritmos, ausência de monotonia vocabular. Esta ausência de repetições excessivas de palavras, que não deixam de se tornar obsessivamente inúteis em muitos dos nossos mais aceites poetas contemporâneos, revela uma imaginação verbal notável, sobretudo se tivermos em conta a extensão do volume que estamos a referir. [...]» (In Os Dois Crepúsculos – Sobre poesia portuguesa actual e outras crónicas, A Regra do Jogo, Porto / Lisboa, 1981)


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quinta-feira, novembro 18, 2021

Duas Palavras Sobre Pavimentos

 

FRANCISCO LIBERATO TELLES DE CASTRO DA SILVA

Lisboa, 1896
Typ. da Companhia Nacional Editora
1.ª edição
224 mm x 148 mm
272 págs. + 17 folhas em extra-texto
ilustrado
encadernação recente inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva apenas a contracapa da brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
150,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Giestas da Memória

 

NELSON DE MATOS
capa de José Cândido

Lisboa, s.d. [1967, seg. BNP]
Livraria Bertrand, S.A.R.L.
1.ª edição
191 mm x 123 mm
192 págs.
exemplar estimado; miolo limpo, por abrir
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
17,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Mecânica Prática do Automóvel

 

CHARLES GOURAUD

Lisboa, 1948
Empresa Literária Universal
[1.ª edição]
191 mm x 124 mm
112 págs.
ilustrado
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
assinatura e carimbo de posse no frontispício
17,00 eur (IVA e portes incluídos)


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quarta-feira, novembro 17, 2021

Moravagine


BLAISE CENDRARS
trad. e prefácio do poeta Ruy Belo
capa do pintor Espiga Pinto

Lisboa, s.d.
Editora Ulisseia Limitada
1.ª edição
191 mm x 123 mm
376 págs.
exemplar bem conservado; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

Capa absolutamente notável para um romance assombroso numa tradução apaixonada.
Do Prefácio do Tradutor:
«[...] Moravagine, ainda que possa ser mais alguma coisa, é fundamentalmente a personagem com esse nome. [...] “Não há ciência do homem, o homem é essencialmente portador de um ritmo”. Ora a chave do ser de Moravagine é precisamente um ritmo original; tudo, para ele, era ritmo, era voz; possuía uma sensibilidade extraordinária. Não importa que seja “parto de um ser humano”. Afinal de contas, é um “soberbo indivíduo”, constitui um “espectáculo admirável”. É uma grande fera humana, um extraviado, um desequilibrado, um amoral, um fora-de-lei, um doente dos nervos. Entusiasma-se com o aspecto da Alemanha industrial, sente uma violenta paixão pelos objectos, simpatiza com o barulho das máquinas. Viaja pelo mundo fora, ensaia utensílios que, como o avião, transformam a visão do homem, assiste e participa da desagregação do mundo velho e colabora no desencadeamento das novas forças, sente a curiosidade do homem moderno pela origem da vida, pelas civilizações desaparecidas e até tem doenças novas, tratadas nos estabelecimentos hospitalares da moda pelos médicos célebres. [...]
E se Moravagine, na sua qualidade de original, de excêntrico, de pessoa que não é como toda a gente, é um ser particular e único e portanto insusceptível de conhecimento científico, o autor alarga-se neste livro pelos domínios da psiquiatria, da economia, da sociologia, da paleontologia e desenvolve até bastante a “lei da utilidade” por que passaram as sociedades primitivas e por que passa o homem moderno, esse novo primitivo. E o nosso autor, além de nos apresentar outros seres curiosos como Lathuille, Mascha ou o macaco Olympo, não deixa de formular princípios gerais, tais como: “tudo é actividade, actividade concentrada, forma”; “são desordem os vegetais... é desordem a vida dos homens”; “o que é vergonhoso é matar em grupo, a tal hora, em tal dia, em homenagem a certos princípios, à sombra de uma bandeira”. [...]»

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Emmène-moi au bout du monde!...

BLAISE CENDRARS

Paris, 1956
Éditions Denoël
1.ª edição (tiragem comum)
185 mm x 119 mm
304 págs.
exemplar manuseado mas muito aceitável; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

De seu nome próprio Frédéric Louis Sauser, o aventureiro e escritor suíço é conhecido entre nós desde, pelo menos, a publicação em 1917 de um conjunto de poemas seus no Portugal Futurista. A sua atenção ao idioma português levou-o mesmo a pegar de frente o mais importante romance de Ferreira de Castro, A Selva, e, ao traduzi-lo para francês, a dar-lhe uma notável e invulgar volta, transformando-o numa peça literária merecedora de, a partir daí, voltar a ser trazida para português.
Da nota de contracapa:
«Pour la première fois dans son œuvre, Blaise Cendrars publie un roman ou le personnage central est une femme.
Comédienne vieillie, mais toujours triomphante, Thérèse va interpréter le rôle le plus étonnant de sa carrière: Madame l’Arsouille. C’est que ce rôle – ou presque – elle le joue quotidiennement dans l’existence. Aucune sensation, aucun vice ne lui est étranger. Ses amants, ses amis, se recrutent dans tous les milieux. Elle brûle non seulement les planches du Théâtre, mais celles de la Vie. Elle entraîne le lecteur parmi les drames, les jalousies, les rivalités des coulisses, et en même temps le fait pénétrer dans le Paris Interdit où souteneurs, drogués, artistes de génie, ratés, gens du monde et du demi se côtoient et sont mêlés, aujourd’hui à un fait divers crapuleux, demain à la plus brillante des générales. [...]»

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Poesia em Viagem

 

BLAISE CENDRARS
org., trad. e pref. Liberto Cruz
capa e grafismo de Adorindo [sic] Carvalho

Lisboa, s.d. [circa 1974]
Assírio & Alvim – Sociedade Editorial e Distribuidora, Lda.
1.ª edição
edição bilingue francês – português
190 mm x 167 mm
180 págs.
ilustrado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Inclui, de Blaise Cendrars (1887-1961), as obras «Páscoa em Nova Iorque», «O Panamá ou as Aventuras dos Meus Sete Tios», e o assombroso poema «Prosa do Transiberiano e da Joaninha de França».

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Máscaras

 

JUAN CARRASCAL
trad. Manuel de Campos

Lisboa,
Livraria Manuel de Oliveira (distrib.)
1.ª edição
188 mm x 125 mm
236 págs.
subtítulo: Ou o comunismo entre bastidores – Cartas a um operário. Conceitos e experiências sobre o comunismo
exemplar em bom estado de conservação, contracapa empoeirada; miolo irrepreensível, por abrir
20,00 eur (IVA e portes incluídos)


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terça-feira, novembro 16, 2021

Poesia do Século XX

 

JORGE DE SENA, org., trad., pref. e notas
grafismo de Armando Alves


Porto, 1978
Editorial Inova sarl
1.ª edição
205 mm x 138 mm
592 págs. + 8 folhas em extra-texto
subtítulo: De Thomas Hardy a C. V. Cattaneo
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
assinatura de posse e ex-libris de Fernanda Damas Cabral no ante-rosto
inclui a cinta promocional
60,00 eur (IVA e portes incluídos)

De uma carta do autor datada de 4 de Fevereiro de 1978, reproduzida na cinta que o editor fez imprimir:
«Creio que devo desesperar definitivamente de que saia Poesia do Século XX. Passará o século; e como agora todos os poetas portugueses e os não-poetas anexos todos traduzem afanosamente o que não leram nem podem ler, dentro em pouco até a Inova terá a desculpa de dizer-me que não vale a pena publicar o livro, quando os outros, os grandes, os fiéis, os viventes da pátria, os servidores de todas as revoluções, incluindo aquela que “continuava” sempre sob Salazar & C.ª, já afinal traduziram e publicaram quanto em décadas eu traduzi com amor e ciência que eles não têm.»
Jorge de Sena falecerá antes de corrigir as terceiras provas tipográficas da vertente obra; será o poeta José Bento quem finalizará o trabalho.

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segunda-feira, novembro 15, 2021

Estudo Chimico e Technologico Sobre a Ceramica Portugueza Moderna

 

CHARLES LEPIERRE

Lisboa, 1899
Imprensa Nacional
1.ª edição
242 mm x 154 mm
244 págs. + 1 desdobrável em extra-texto (grande formato)
subtítulo: Trabalho effectuado no laboratorio chimico da Escola Industrial «Brotero» em Coimbra
ilustrado em separado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura restauradas
exemplar estimado; miolo limpo, parcialmente por abrir
80,00 eur (IVA e portes incluídos)

A obra inclui, em Apêndice, o estudo «Breve Noção Sobre a Historia da Ceramica em Coimbra», de A. A. Gonçalves.

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Monumentos e Lendas de Santarem

 

ZEPHYRINO N. G. BRANDÃO
ilust. C. [Caetano] Alberto da Silva

Lisboa | Rio de Janeiro, 1883
David Corazzi, Editor – Empreza Horas Romanticas
1.ª edição
240 mm x 168 mm
8 págs. + 688 págs. + 5 folhas em extra-texto (gravuras)
ilustrado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
190,00 eur (IVA e portes incluídos)


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A Cinza das Horas



NUNES CLARO

Lisboa, 1928
Parceria Antonio Maria Pereira – Livraria Editora
1.ª edição
176 mm x 130 mm
200 págs. + 1 folha em extra-texto
encadernação inteira de amador em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
impresso sobre papel superior com as versais a cor
exemplar muito estimado; miolo limpo
VALORIZADO PELA ELOGIOSA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO ESCRITOR FERREIRA DE CASTRO
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. III, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1994):
«[...] Os sonetos de A Cinza das Horas evitam com destreza a impressão de monotonia e cantam, num registo delicado, a dinâmica voluntarista, a euforia vital, a lição naturista e a erótica hedonista próprias do seu posicionamento neo-romântico; remetem para nível secundário a militância nacionalisto-jacobina; assimilam rasgos do imaginário franciscanista; deixam-se penetrar, de acordo com o título do livro [*], pelo sentimento melancólico da usura do tempo e da fugacidade do amor.»

* Título que copia, aliás, o título de um importante livro do poeta modernista brasileiro Manuel Bandeira, publicado em 1917.

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Destino

 

GUILHERME DE FARIA

Lisboa, 1927
s.i. [ed. autor] (imp. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional de Lisboa)
1.ª edição
173 mm x 118 mm
96 págs.
impresso sobre papel superior algodoado
exemplar estimado, capa suja; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Sombra

 

GUILHERME DE FARIA

Lisboa, 1924
s.e. [ed. autor]
1.ª edição
178 mm x 124 mm
48 págs.
exemplar estimado, capa empoeirada; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Saudade Minha

 

GUILHERME DE FARIA

Lisboa, 1929
s.i. (Escola Tipográfica da Imprensa Nacional)
1.ª edição
184 mm x 127 mm
376 págs. + 1 folha em extra-texto
subtítulo: Poesias escolhidas
ilustrado com o retrato do autor
impresso sobre papel superior algodoado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva a capa anterior da brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
subtítulo sublinhado a tinta na capa e assinatura de posse no canto superior esquerdo do frontispício
37,00 eur (IVA e portes incluídos)


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domingo, novembro 14, 2021

A Pequena Face

 

ANTÓNIO FRANCO ALEXANDRE
capa de Manuel Rosa


Lisboa, 1983
Assírio e Alvim – Cooperativa Editora e Livreira, CRL
1.ª edição
205 mm x 120 mm
68 págs.
exemplar como novo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

É, neste momento, o mais importante poeta português vivo.

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sábado, novembro 13, 2021

Contemporanea – Grande revista mensal



Lisboa, 1984-1992 [fac-símiles de Maio de 1922 a Março de 1924]
dir. José Pacheco
ed. Agostinho Fernandes
pref. José-Augusto França (vol. IV)
Contexto, editora
2.ª edição [1.ª edição fac-similada]
10 fascículos que constituem os vols. I, II, III e IV (completo)
este conjunto – que é tudo quanto foi publicado pela Contexto – não inclui os fascículos 11 a 13 (1926), o n.º espécime (Maio de 1915) e o n.º suplemento (Março de 1925)
298 mm x 205 mm
[6 págs. + 10 págs. + 154 págs. + 38 págs. em extra-texto + 16 págs.] + [10 págs. + 6 págs. + 168 págs. + 64 págs. em extra-texto] + [8 págs. + 170 págs. + 56 págs. em extra-texto] + [30 págs. + 42 págs. + 8 págs. em extra-texto + 32 págs.]
profusamente ilustrados, impressão a cor
exemplares como novos
140,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da vasta lista de colaboradores que, repetidamente, fizeram esta publicação moderna, assinalem-se, entre escritores e artistas plásticos, os nomes de Almada, Fernando Pessoa, António Botto, Mário de Sá Carneiro, Diogo de Macedo, António Sardinha, Judith Teixeira, Raul Leal, Mário Saa, Columbano, António Soares, Américo Durão, Vergílio Correia, Eduardo Viana, Jorge Barradas, Martinho Nobre de Mello, Mily Possoz, Augusto Santa-Ritta, Eugénio de Castro, Aquilino Ribeiro, Virgínia Victorino, Manuel Ribeiro, Teixeira de Pascoaes, António Arroio, Leonardo Coimbra, Afonso Duarte, Dordio Gomes, Carlos Malheiro Dias, etc. Especial destaque para a inclusão de Cena do Ódio de Almada, Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa (mas também Mar Português e Soneto Já Antigo) e Arte de Bem Morrer de António Ferro.
Logo à partida, o responsável pela publicação, que bem sabia de que estofo eram feitos os consumidores portugueses de cultura, comentou em entrevista ao Diário de Lisboa (15 de Junho, 1922): «Eu não tenho grande confiança nem consideração pelo público de arte português. Além disso cá não está criado público de revistas, a não ser das outras que metem pernas. Um insucesso, artisticamente, não me feria nada.»
Bem se recordava José Pacheco como Lisboa-Portugal tinha sido hostil ao aparecimento de uma outra revista de vanguarda muito similar, a Orpheu! Acompanhando o curso de fechamento do país às alegrias trazidas pela República e a abertura ao autoritarismo totalitário, «A Contemporânea insinuou-se no espaço cultural português no início de Maio de 1915, com um número espécimen que se caracterizava pelo seu ecletismo: a arte, a literatura, o teatro, o desporto, a moda e a sociedade preenchiam as suas páginas. Valorizava, muito ao gosto da época, a imagem, entre reportagens fotográficas de sabor fim de século e algum grafismo “moderno” em que se ensaiavam Almada, Barradas, Eduardo Viana, Carlos Franco e José Pacheco. Acenava à ditadura de Pimenta de Castro com uma mão, com a outra saudava a Igreja, que passava por dificuldades várias, fragilizada pelas incursões jacobinas.
A Contemporânea propunha-se ser um lugar de agitação e de convergência de todos os que se interessavam pela arte em Portugal e que não dispunham de uma tribuna onde pudessem aferir opiniões, apresentar sugestões, trilhar novas sendas. Tinha os olhos postos nos movimentos vanguardistas da Europa, recusando dialecticamente a claustrofobia e a anemia que secularmente nos tolhiam. Preconizava no seu programa que os seus colaboradores seriam “as figuras mais brilhantes e variadamente individuais das nossas modernas correntes artísticas, desde as mais simples às mais complexas – todos quantos, desde o verso até à linha, sabem servir as curiosidades cultas e os interesses aristocratizados”. Pretendia ser uma “revista para gente civilizada, uma revista expressamente para civilizar gente”, terminologia e programa que, na opinião circunstanciada de António Braz de Oliveira, poderá ter muito bem a dedada eterna e “excessivamente lúcida” de Fernando Pessoa, nas margens de Orpheu.
Por razões políticas – o consulado de Pimenta de Castro foi derrubado poucos dias depois do aparecimento da Contemporânea – ou por motivos menos “públicos”, o projecto teve, então, uma falsa partida e só foi retomado sete anos mais tarde. Com efeito, em 1921, os jovens que tiveram o privilégio de viver na cidade de Paris – laboratório onde fertilizavam as experiências mais ousadas no domínio das letras e das artes – insurgiram-se contra a apatia e a inércia que eram lugar comum na Sociedade Nacional de Belas-Artes, cuja actividade estava circunscrita à organização de uma exposição anual. [...]» (Fonte: Daniel Pires, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1900-1940), vol. I, Grifo, Lisboa, 1996)

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sexta-feira, novembro 12, 2021

Ahi Vem o Papão

 

[JOSÉ LUÍS PINTO DE QUEIRÓS]

Lisboa, 1831-1832
Na Impressão Regia
1.ª edição
7 partes (completo)
231 mm x 167 mm (estojo)
7 x 8 págs.
subtítulo: […] ou advertencia politica sobre huma intentada aggressão contra Portugal
folhas encasadas sem qualquer costura, por aparar, acondicionadas num estojo próprio de fábrica recente inteiro em tela com rótulo gravado a ouro
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
230,00 eur (IVA e portes incluídos)

Segundo Albino Lapa (in A Palavra “Lisboa” na História do Jornalismo, CML, Lisboa 1967):
«José Luiz Pinto de Queiroz. Oficial da secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros desde 1824. Já tinha sido oficial maior da Junta Provisória do Governo Supremo, instalada no Porto em 24 de Agosto de 1820.
Foi indigitado várias vezes para comissões da defesa dos liberais mas mais tarde abandonou essas !ideias, tomando-se inimigo de respeito.
Segundo consta morreu no exílio em 1834.
Exerceu o cargo de redactor da Gazeta de Lisboa, na vaga deixada pela exoneração de Joaquim José Pedro Lopes.
Em 1827 dirigiu uma folha política intitulada: O Diabo Coxo, e entre as obras que deixou conta-se: Ahi vem o papão, ou advertencia politica sobre uma intentada agressão contra Portugal – Lisboa, Imprensa Régia. Pinto de Queiroz quando escreveu esta obra era um miguelista ferrenho e depois fez-se cartista também ferrenho.»

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