terça-feira, novembro 30, 2021
Evangelho de S. Vito
MARIO SAA
Lisboa, 1917
Monteiro & C.ª – Livraria Brazileira
1.ª edição [encapamento de 1921]
17,7 cm x 12,2 cm
2 págs. + 240 págs. + 2 págs.
exemplar bem conservado apesar dos sinais de traça na lombada; miolo limpo, em parte por abrir
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor ao liberal Carlos Augusto Portugal Ribeiro
PEÇA DE COLECÇÃO
310,00 eur (IVA e portes incluídos)
Evangelho de S. Vito
MARIO SAA
Lisboa,
1917
Monteiro & C.ª – Livraria Brazileira
1.ª edição
179 mm x 126 mm
2 págs. + 240 págs. + 2 págs.
exemplar estimado, capa envelhecida; miolo limpo
150,00 eur (IVA e portes incluídos)
Trata-se da primeira obra impressa de Mário Saa, «[...] obra de carácter
aforístico, onde não deixa de ser notória a influência das obras de Nietzsche,
algumas das quais intensamente anotou [...]» (segundo os autores do Dicionário Cronológico da Autores
Portugueses, vol. III, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1994).
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telemóvel: 919 746 089 [chamada para rede móvel nacional]
Bandeiras Nacionaes de Diferentes Estados do Mundo
MARIO AFFONSO DE CARVALHO
Lisboa, 1937
Tipografia Rosa, Limitada
1.ª edição
220 mm x 167 mm
28 págs.
ilustrado a cor
acabamento com dois pontos em arame
exemplar estimado; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
37,00 eur (IVA e portes incluídos)
Brochura de grande interesse histórico, reproduzindo bandeiras que, entretanto,
mudaram ou, até, referentes a países que, por seu turno, desapareceram.
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Carlos Seixas
SANTIAGO KASTNER
Coimbra, 1947
Coimbra Editora, Limitada
1.ª edição
192 mm x 136 mm
160 págs. + 3 folhas em extra-texto
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
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segunda-feira, novembro 29, 2021
Cartas d’El-Rei D. Carlos a José Luciano de Castro
ANTONIO CABRAL
Lisboa, 1927
Portugal-Brasil – Sociedade Editora Arthur Brandão & C.ª
1.ª edição
190 mm x 123 mm
304 págs. + 2 folhas em extra-texto
ilustrado com os retratos de José Luciano de Castro e de António Cabral
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
27,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Em Plena Republica
ANTONIO CABRAL
Lisboa, 1932
Livraria Popular de Francisco Franco
1.ª edição
200 mm x 143 mm
512 págs. + 1 folha em extra-texto
subtítulo: As minhas memorias politicas: A catastrophe – Valeu a pena?...
ilustrado com o retrato do autor
encadernação de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar estimado, restauros nas capas de brochura; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)
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quinta-feira, novembro 25, 2021
O Culto de S. Cosme e S. Damião em Portugal e no Brasil
encadernação recente em meia-inglesa gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado, capas de brochura com restauros; miolo limpo
peça de colecção
quarta-feira, novembro 24, 2021
Um Homem de Barbas
elegante encadernação inteira em seda com rótulo gravado a ouro na pasta anterior
não aparado
conserva as capas de brochura
terça-feira, novembro 23, 2021
De Ombro na Ombreira
ALEXANDRE O’NEILL
capa de Fernando Felgueiras
Lisboa, 1969
Publicações Dom Quixote
2.ª edição
180 mm x 110 mm
80 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Ir à Guerra
ANTÓNIO MODESTO NAVARRO
Lisboa, Outubro de 1974
Editorial Futura – Carlos & Reis, Lda.
1.ª edição
210 mm x 140 mm
244 págs.
exemplar estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Ellas na Intimidade
EDUARDO DE NORONHA
Lisboa, 1926
Edição de João Romano Torres & C.ª
1.ª edição
202 mm x 134 mm
192 págs.
subtítulo: Notas e observações
encadernação inteira em papel relevado com as capas de brochura espelhadas
não aparado
exemplar estimado; miolo limpo
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Esfera
FERNANDO GUEDES
desenho (retrato do Autor) de Fernando Lanhas
Porto, 1948
Livraria Portugália
1.ª edição
21,7 cm x 16,5 cm
50 págs. + 1 folha em extra-texto
composto manualmente e impresso sobre papel avergoado
exemplar algo envelhecido e com fortes sinais da presença continuada da luz sobre a capa; miolo em estado aceitável
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO POETA RUY BELO QUE, POR SUA VEZ, ANOTOU PROFUSAMENTE OS POEMAS COM COMENTÁRIOS MARGINAIS
160,00 eur (IVA e portes incluídos)
Fernando Guedes – que terá talvez descuidado os seus dotes de poeta em proveito de uma actividade comercial de editor-livreiro, enquanto dono da conhecida Verbo, ou como presidente, de facto ou honorário, simpatizante ou sócio, de sucessivas associações da classe, nacionais e internacionais, grémios, academias e confrarias – motivou, nesta sua ingénua oferta de um conjunto de versos ao ainda não editado em livro Ruy Belo, um vasto rol de agudos e azedos comentários. Assim, por exemplo: «Com sede nunca morta, / com fome sempre viva,» mereceu de Ruy Belo a nota «mau»; à cabeça da pág. 13 a nota é «não chegam a ser poemas»; aos versos de Guedes «atirar-lhe com os calhaus da minha Poesia / até o rebentar pela cabeça», Belo sublinha os calhaus e conclui «definição da s/ poesia»; etc., etc.
Interessante, entre dois intelectuais na travessia dos trinta anos de idade.
País Possível
RUY BELO
capa de Dorindo Carvalho
Lisboa, 1973
Assírio & Alvim, Sociedade Editorial e Distribuidora, Lda.
1.ª edição
20,5 cm x 12,3 cm
80 págs.
impresso sobre papel superior
exemplar estimado; miolo irrepreensível
45,00 eur (IVA e portes incluídos)
Tirado da Nota do Autor:
«Este livro, que aparentemente poderia não passar de uma antologia visto que o integram um poema inédito e poemas extraídos dos meus últimos livros publicados, tem realmente uma unidade e é afinal um livro novo. E não o é apenas por eu publicar pela primeira vez na íntegra composições anteriormente truncadas por razões várias ou por eliminar ou emendar versos, por voltar a tentar suprimir o mais possível a pontuação, por resolver de vez “a guerra maiúsculas-minúsculas” a favor do lado mais fraco.
Este livro é um livro novo porque um livro de poesia é afinal um lugar de convívio, um local onde os poemas reagem uns contra os outros, se criticam mutuamente, se transformam uns nos outros. É um livro novo, em suma, porque a ele, como a nenhum outro livro meu, preside indubitavelmente uma unidade temática: a do mal-estar de um homem que, ao longo da vida, tem pagado caro o preço por haver nascido em Portugal; a problemática de uma consciência que sofre as contradições próprias da sociedade em que vive e de um homem que tem atrás de si vários passados e vive várias vidas simultaneamente e que intensamente se autodestrói; que se vai suicidando lentamente porque essa sociedade o destrói e assassina e o censura e a censura se instala na sua própria consciência. [...]»
Alves Redol e o Grupo Neo-Realista de Vila Franca
GARCEZ DA SILVA
pref. António Pedro Pita
capa de Mário Caeiro
Lisboa, 1990
Editorial Caminho, SA
1.ª edição
206 mm x 143 mm
208 págs.
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
VALORIZADO PELA SENTIDA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO
AUTOR A ROSÁLIA FERREIRA, FILHA DO JORNALISTA LUÍS ERNESTO FERREIRA [PSEUD.:
LUIZ D’ALVEIJAR]
27,00 eur (IVA e portes incluídos)
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O Parque dos Camaleões
FERNANDO LUSO SOARES
capa de Paulo Guilherme
s.l., 1962
Aga
1.ª edição
195 mm x 142 mm
176 págs.
exemplar estimado, lombada descolorida; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
AO PINTOR LUÍS DOURDIL
25,00 eur (IVA e portes incluídos)
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segunda-feira, novembro 22, 2021
A Árvore
ÂNGELA SARMENTO
Lisboa, 1963
Editora Arcádia Limitada
1.ª edição
180 mm x 107 mm
268 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e portes incluídos)
Da insuspeita nota editorial na contracapa:
«Nem sempre “com bons sentimentos se faz má literatura…” Eis a história de uma
família, contada à maneira das romancistas inglesas. […]»
Segundo o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. V, Publicações
Europa-América, Mem Martins, 2000):
«Maria Tereza Guerra Bastos Gonçalves de Moraes Sarmento Ramalho [1927-2018],
de seu verdadeiro nome, fez os estudos liceais com professores particulares,
estudou pintura com a pintora Raquel Roque Gameiro e aprendeu francês, inglês,
alemão, espanhol e italiano. Trabalhou no Ministério dos Negócios Estrangeiros
[…]. Radicada em Salvaterra de Magos, tem contos incluídos em Histórias
Breves de Escritores Ribatejanos, 1968. O seu romance A Árvore foi
adaptado a uma telenovela com o mesmo nome. […]»
É de acrescentar que foi actriz. A sua irmã, Isabel da Nóbrega, foi mais afamada
no mundo literário.
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Dinossauro Excelentissimo
Cartoons 1969-1975
Os Fragmentos
FERREIRA DE CASTRO
desenhos de João Abel Manta
Lisboa, 1974
Guimarães & C.ª Editores
1.ª edição
21,2 cm x 15,5 cm
336 págs. + 4 extra-textos
tiragem declarada de 500 exemplares impressos sobre papel avergoado
ricamente composto e impresso a cores, é um modelo tipográfico a ter em conta para a história da impressão
ex-libris do Autor na última página
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
50,00 eur (IVA e portes incluídos)
Diz Ferreira de Castro no Pórtico da obra:
«Volto as gavetas sobre a minha mesa de trabalho, como se nela virasse o açafate doméstico, contendo apenas as migalhas dos dias vividos, de que se aproveitam somente as aspirações e os sonhos. [...]
Papéis que jaziam no fundo, submersos pelos mais recentes, estão agora à flor dos outros [...]
Estes fragmentos são fruto das insatisfações estéticas, tantas vezes torturantes e secretas, que sentem os escritores do Mundo inteiro, e também das cancelas cerradas perante a liberdade de pensamento que dificultam, há já muitos anos, os passos espontâneos dos escritores portugueses. [...]»
O livro inclui, entre outras peças literárias avulsas, o romance inédito O Intervalo – Biografia do Século XX, século este que era a alcunha de um tal Alexandre Novais... «[...] O meu nome é Alexandre Novais, mas chamavam-me “O Século Vinte”, porque eu, durante a juventude, afirmava nos sindicatos, nos comícios, nos Cafés, afirmava por toda a parte, que o século XX seria o século da redenção, terminando as lutas, as desigualdades e os ódios que nos separam e passando a Humanidade a viver fraternalmente. [...]».
sexta-feira, novembro 19, 2021
A Ignorância da Morte
prefácio de Eugénio Lisboa
capa e sobrecapa de F. C.
Lisboa, 1982
Editorial Presença, Lda.
2.ª edição (revista)
18,3 cm x 11,6 cm
204 págs.
exemplar como novo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)
Poeta tardio, no sentido em que só pelos 40 e tal anos de idade dá a conhecer a sua poesia (A Raiz Afectuosa, ed. Autor, Lisboa, 1972). Este foi, em 1978, o seu segundo, e colheu do poeta e exegeta Joaquim Manuel Magalhães aplauso e mesmo direitos de exemplo para as gerações coevas e as futuras. Senão, leiamo-lo:
«[...] Ainda não sei bem como falar de bom-gosto, depois de esse conceito ter sido a base de todo o discurso reaccionário tentando opor-se aos impulsos da arte ligada às efectivas vanguardas de entre as duas guerras. Há, por um lado, todo o peso dessa tradição do desmando, da escrita em abismo, cuja fulguração atravessa o nosso século literário. Ela tornou a palavra bom-gosto uma espécie de visco na boca dos académicos e das delicodoces almas dadas aos encontros devaneantes. Mas também ela, por outro lado, mesmo nas suas propostas de mais catastrófica vocação, vive de uma tensão, de uma escolha de um tecido de relações, de uma busca do menos gasto pelo tempo que são algo a que a expressão bom-gosto, num desígnio renovado, se poderia aplicar. O bom-gosto não como um padrão, mas como uma chegada. Não como um código, mas como uma disponibilidade. Não um enregelamento, mas o modo mais fulgurante por onde a superação se efectiva e sobrepõe ao dessoramento dos estilos, assumindo esta palavra em vez daquela, esta construção em vez da outra: enfim, uma obstinação em não chafurdar no lugar-comum dos outros. Mesmo que defendendo a ironia de expressar o lugar-comum do tempo, que pelo menos essa ironia o torne um lugar-comum apenas seu. É isto que subentendo ao tentar usar “bom-gosto” para definir a contenção da escrita de António Osório. [...]
Bom-gosto que é, neste caso, rasura verbal, rejeição, visível trabalho da escolha, acertamento dos ritmos, ausência de monotonia vocabular. Esta ausência de repetições excessivas de palavras, que não deixam de se tornar obsessivamente inúteis em muitos dos nossos mais aceites poetas contemporâneos, revela uma imaginação verbal notável, sobretudo se tivermos em conta a extensão do volume que estamos a referir. [...]» (In Os Dois Crepúsculos – Sobre poesia portuguesa actual e outras crónicas, A Regra do Jogo, Porto / Lisboa, 1981)
quinta-feira, novembro 18, 2021
Duas Palavras Sobre Pavimentos
FRANCISCO LIBERATO TELLES DE CASTRO DA SILVA
Lisboa, 1896
Typ. da Companhia Nacional Editora
1.ª edição
224 mm x 148 mm
272 págs. + 17 folhas em extra-texto
ilustrado
encadernação recente inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva apenas a contracapa da brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
150,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Giestas da Memória
NELSON DE MATOS
capa de José Cândido
Lisboa, s.d. [1967, seg. BNP]
Livraria Bertrand, S.A.R.L.
1.ª edição
191 mm x 123 mm
192 págs.
exemplar estimado; miolo limpo, por abrir
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
17,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Mecânica Prática do Automóvel
CHARLES GOURAUD
Lisboa, 1948
Empresa Literária Universal
[1.ª edição]
191 mm x 124 mm
112 págs.
ilustrado
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
assinatura e carimbo de posse no frontispício
17,00 eur (IVA e portes incluídos)
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quarta-feira, novembro 17, 2021
Moravagine
trad. e prefácio do poeta Ruy Belo
capa do pintor Espiga Pinto
Lisboa, s.d.
Editora Ulisseia Limitada
1.ª edição
191 mm x 123 mm
376 págs.
exemplar bem conservado; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
Capa absolutamente notável para um romance assombroso numa tradução apaixonada.
Do Prefácio do Tradutor:
«[...] Moravagine, ainda que possa ser mais alguma coisa, é fundamentalmente a personagem com esse nome. [...] “Não há ciência do homem, o homem é essencialmente portador de um ritmo”. Ora a chave do ser de Moravagine é precisamente um ritmo original; tudo, para ele, era ritmo, era voz; possuía uma sensibilidade extraordinária. Não importa que seja “parto de um ser humano”. Afinal de contas, é um “soberbo indivíduo”, constitui um “espectáculo admirável”. É uma grande fera humana, um extraviado, um desequilibrado, um amoral, um fora-de-lei, um doente dos nervos. Entusiasma-se com o aspecto da Alemanha industrial, sente uma violenta paixão pelos objectos, simpatiza com o barulho das máquinas. Viaja pelo mundo fora, ensaia utensílios que, como o avião, transformam a visão do homem, assiste e participa da desagregação do mundo velho e colabora no desencadeamento das novas forças, sente a curiosidade do homem moderno pela origem da vida, pelas civilizações desaparecidas e até tem doenças novas, tratadas nos estabelecimentos hospitalares da moda pelos médicos célebres. [...]
E se Moravagine, na sua qualidade de original, de excêntrico, de pessoa que não é como toda a gente, é um ser particular e único e portanto insusceptível de conhecimento científico, o autor alarga-se neste livro pelos domínios da psiquiatria, da economia, da sociologia, da paleontologia e desenvolve até bastante a “lei da utilidade” por que passaram as sociedades primitivas e por que passa o homem moderno, esse novo primitivo. E o nosso autor, além de nos apresentar outros seres curiosos como Lathuille, Mascha ou o macaco Olympo, não deixa de formular princípios gerais, tais como: “tudo é actividade, actividade concentrada, forma”; “são desordem os vegetais... é desordem a vida dos homens”; “o que é vergonhoso é matar em grupo, a tal hora, em tal dia, em homenagem a certos princípios, à sombra de uma bandeira”. [...]»
Emmène-moi au bout du monde!...
Paris, 1956
Éditions Denoël
1.ª edição (tiragem comum)
185 mm x 119 mm
304 págs.
exemplar manuseado mas muito aceitável; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)
De seu nome próprio Frédéric Louis Sauser, o aventureiro e escritor suíço é conhecido entre nós desde, pelo menos, a publicação em 1917 de um conjunto de poemas seus no Portugal Futurista. A sua atenção ao idioma português levou-o mesmo a pegar de frente o mais importante romance de Ferreira de Castro, A Selva, e, ao traduzi-lo para francês, a dar-lhe uma notável e invulgar volta, transformando-o numa peça literária merecedora de, a partir daí, voltar a ser trazida para português.
Da nota de contracapa:
«Pour la première fois dans son œuvre, Blaise Cendrars publie un roman ou le personnage central est une femme.
Comédienne vieillie, mais toujours triomphante, Thérèse va interpréter le rôle le plus étonnant de sa carrière: Madame l’Arsouille. C’est que ce rôle – ou presque – elle le joue quotidiennement dans l’existence. Aucune sensation, aucun vice ne lui est étranger. Ses amants, ses amis, se recrutent dans tous les milieux. Elle brûle non seulement les planches du Théâtre, mais celles de la Vie. Elle entraîne le lecteur parmi les drames, les jalousies, les rivalités des coulisses, et en même temps le fait pénétrer dans le Paris Interdit où souteneurs, drogués, artistes de génie, ratés, gens du monde et du demi se côtoient et sont mêlés, aujourd’hui à un fait divers crapuleux, demain à la plus brillante des générales. [...]»
Poesia em Viagem
BLAISE CENDRARS
org., trad. e pref. Liberto Cruz
capa e grafismo de Adorindo [sic] Carvalho
Lisboa, s.d. [circa 1974]
Assírio & Alvim – Sociedade Editorial e Distribuidora, Lda.
1.ª edição
edição bilingue francês – português
190 mm x 167 mm
180 págs.
ilustrado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
Inclui, de Blaise Cendrars (1887-1961), as obras «Páscoa em Nova Iorque»,
«O Panamá ou as Aventuras dos Meus Sete Tios», e o assombroso poema «Prosa
do Transiberiano e da Joaninha de França».
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Máscaras
JUAN CARRASCAL
trad. Manuel de Campos
Lisboa,
Livraria Manuel de Oliveira (distrib.)
1.ª edição
188 mm x 125 mm
236 págs.
subtítulo: Ou o comunismo entre bastidores – Cartas a um operário. Conceitos
e experiências sobre o comunismo
exemplar em bom estado de conservação, contracapa empoeirada; miolo
irrepreensível, por abrir
20,00 eur (IVA e portes incluídos)
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terça-feira, novembro 16, 2021
Poesia do Século XX
JORGE DE SENA, org., trad., pref. e notas
grafismo de Armando Alves
Porto, 1978
Editorial Inova sarl
1.ª edição
205 mm x 138 mm
592 págs. + 8 folhas em extra-texto
subtítulo: De Thomas Hardy a C. V. Cattaneo
ilustrado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
assinatura de posse e ex-libris de Fernanda Damas Cabral no ante-rosto
inclui a cinta promocional
60,00 eur (IVA e portes incluídos)
De uma carta do autor datada de 4 de Fevereiro de 1978, reproduzida na cinta
que o editor fez imprimir:
«Creio que devo desesperar definitivamente de que saia Poesia do Século XX.
Passará o século; e como agora todos os poetas portugueses e os não-poetas
anexos todos traduzem afanosamente o que não leram nem podem ler, dentro em
pouco até a Inova terá a desculpa de dizer-me que não vale a pena publicar o
livro, quando os outros, os grandes, os fiéis, os viventes da pátria, os
servidores de todas as revoluções, incluindo aquela que “continuava” sempre sob
Salazar & C.ª, já afinal traduziram e publicaram quanto em décadas eu
traduzi com amor e ciência que eles não têm.»
Jorge de Sena falecerá antes de corrigir as terceiras provas tipográficas da
vertente obra; será o poeta José Bento quem finalizará o trabalho.
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segunda-feira, novembro 15, 2021
Estudo Chimico e Technologico Sobre a Ceramica Portugueza Moderna
CHARLES LEPIERRE
Lisboa, 1899
Imprensa Nacional
1.ª edição
242 mm x 154 mm
244 págs. + 1 desdobrável em extra-texto (grande formato)
subtítulo: Trabalho effectuado no laboratorio chimico da Escola Industrial
«Brotero» em Coimbra
ilustrado em separado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura restauradas
exemplar estimado; miolo limpo, parcialmente por abrir
80,00 eur (IVA e portes incluídos)
A obra inclui, em Apêndice, o estudo «Breve Noção Sobre a Historia da
Ceramica em Coimbra», de A. A. Gonçalves.
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Monumentos e Lendas de Santarem
ZEPHYRINO N. G. BRANDÃO
ilust. C. [Caetano] Alberto da Silva
Lisboa | Rio de Janeiro, 1883
David Corazzi, Editor – Empreza Horas Romanticas
1.ª edição
240 mm x 168 mm
8 págs. + 688 págs. + 5 folhas em extra-texto (gravuras)
ilustrado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na
lombada
não aparado
sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
190,00 eur (IVA e portes incluídos)
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A Cinza das Horas
Destino
GUILHERME DE FARIA
Lisboa, 1927
s.i. [ed. autor] (imp. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional de Lisboa)
1.ª edição
173 mm x 118 mm
96 págs.
impresso sobre papel superior algodoado
exemplar estimado, capa suja; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Sombra
GUILHERME DE FARIA
Lisboa, 1924
s.e. [ed. autor]
1.ª edição
178 mm x 124 mm
48 págs.
exemplar estimado, capa empoeirada; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
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Saudade Minha
GUILHERME DE FARIA
Lisboa, 1929
s.i. (Escola Tipográfica da Imprensa Nacional)
1.ª edição
184 mm x 127 mm
376 págs. + 1 folha em extra-texto
subtítulo: Poesias escolhidas
ilustrado com o retrato do autor
impresso sobre papel superior algodoado
encadernação recente de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na
lombada
não aparado
conserva a capa anterior da brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
subtítulo sublinhado a tinta na capa e assinatura de posse no canto superior
esquerdo do frontispício
37,00 eur (IVA e portes incluídos)
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domingo, novembro 14, 2021
A Pequena Face
ANTÓNIO FRANCO ALEXANDRE
capa de Manuel Rosa
Lisboa, 1983
Assírio e Alvim – Cooperativa Editora e Livreira, CRL
1.ª edição
205 mm x 120 mm
68 págs.
exemplar como novo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
É, neste momento, o mais importante poeta português vivo.
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sábado, novembro 13, 2021
Contemporanea – Grande revista mensal
sexta-feira, novembro 12, 2021
Ahi Vem o Papão
[JOSÉ LUÍS PINTO DE QUEIRÓS]
Lisboa, 1831-1832
Na Impressão Regia
1.ª edição
7 partes (completo)
231 mm x 167 mm (estojo)
7 x 8 págs.
subtítulo: […] ou advertencia politica sobre huma intentada aggressão contra
Portugal
folhas encasadas sem qualquer costura, por aparar, acondicionadas num estojo
próprio de fábrica recente inteiro em tela com rótulo gravado a ouro
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
230,00 eur (IVA e portes incluídos)
Segundo Albino Lapa (in A Palavra “Lisboa” na História do Jornalismo,
CML, Lisboa 1967):
«José Luiz
Pinto de Queiroz. Oficial da secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros
desde 1824. Já tinha sido oficial maior da Junta Provisória do Governo Supremo,
instalada no Porto em 24 de Agosto de 1820.
Foi indigitado várias vezes para comissões da defesa dos liberais mas mais
tarde abandonou essas !ideias, tomando-se inimigo de respeito.
Segundo consta morreu no exílio em 1834.
Exerceu o cargo de redactor da Gazeta de Lisboa, na vaga deixada pela
exoneração de Joaquim José Pedro Lopes.
Em 1827 dirigiu uma folha política intitulada: O Diabo Coxo, e entre as
obras que deixou conta-se: Ahi vem o papão, ou advertencia politica sobre
uma intentada agressão contra Portugal – Lisboa, Imprensa Régia. Pinto de
Queiroz quando escreveu esta obra era um miguelista ferrenho e depois fez-se cartista
também ferrenho.»
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