segunda-feira, agosto 04, 2025

Electronicolírica

 

HERBERTO HELDER

Lisboa, 1964
Guimarães Editores
1.ª edição
217 mm x 162 mm
56 págs.
exemplar com a capa muito envelhecida; miolo limpo
VALORIZADO PELA ASSINATURA DE POSSE DO POETA JOÃO MIGUEL FERNANDES JORGE
370,00 eur (IVA e portes incluídos)

Grafado na capa da edição como «Electrònico-Lírica», é o livro em que Herberto Helder (1930-2015) dá sinal de proximidade à corrente literária poesia experimental. Como escreveu Maria de Fátima Marinho, «Foi precisamente porque chegou à conclusão de que nos livros anteriores se limitava a “mover[-se] em círculos sobre uma linguagem esgotada”, que Herberto Helder passou a usar novas técnicas visuais e verbais, passou a experimentar no sentido mais radical da palavra.
»A nota final […] de
Electronicolírica é bem explícita a este respeito: “[…] Devido ao uso de restrito número de palavras, as composições vinham a assemelhar-se, nesse aspecto, a certos textos mágicos primitivos, a certa poesia popular, a certo lirismo medieval. A aplicação obsessiva dos mesmos vocábulos gerava uma linguagem encantatória, espécie de fórmula ritual mágica, de que o refrão popular é um vestígio e de que é vestígio também o paralelismo medieval, exemplificável com as cantigas dos cancioneiros.
»O princípio combinatório é, na verdade, a base linguística da criação poética.”
»[…] o processo de construção repete-se de um poema para outro. Uma imagem apresentada no início, vai-se modificando, de forma a manter sempre subjacente a ideia inicial, sem deixar, contudo, de ir adquirindo os novos conceitos. […]»
(Fonte: Maria de Fátima Marinho, Herberto Helder: A Obra e o Homem, Arcádia, Lisboa 1982)

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