HERBERTO HELDER
Lisboa, 1964
Guimarães Editores
1.ª edição
217 mm x 162 mm
56 págs.
exemplar com a capa muito envelhecida; miolo limpo
VALORIZADO PELA ASSINATURA DE POSSE DO POETA JOÃO
MIGUEL FERNANDES JORGE
370,00 eur (IVA e portes incluídos)
Grafado na capa da edição como «Electrònico-Lírica», é o livro em que Herberto
Helder (1930-2015) dá sinal de proximidade à corrente literária poesia
experimental. Como escreveu Maria de Fátima Marinho, «Foi precisamente
porque chegou à conclusão de que nos livros anteriores se limitava a “mover[-se]
em círculos sobre uma linguagem esgotada”, que Herberto Helder passou a usar
novas técnicas visuais e verbais, passou a experimentar no sentido mais
radical da palavra.
»A nota final […] de Electronicolírica é bem explícita a este
respeito: “[…] Devido ao uso de restrito número de palavras, as composições
vinham a assemelhar-se, nesse aspecto, a certos textos mágicos primitivos, a
certa poesia popular, a certo lirismo medieval. A aplicação obsessiva dos
mesmos vocábulos gerava uma linguagem encantatória, espécie de fórmula ritual
mágica, de que o refrão popular é um vestígio e de que é vestígio também o
paralelismo medieval, exemplificável com as cantigas dos cancioneiros.
»O princípio combinatório é, na verdade, a base linguística
da criação poética.”
»[…] o processo de construção repete-se de um poema para
outro. Uma imagem apresentada no início, vai-se modificando, de forma a manter
sempre subjacente a ideia inicial, sem deixar, contudo, de ir adquirindo os
novos conceitos. […]»
(Fonte: Maria de Fátima Marinho, Herberto Helder: A Obra e o Homem,
Arcádia, Lisboa 1982)
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