MICHEL FOUCAULT
pref. Eduardo Lourenço e Vergílio Ferreira
trad. António Ramos Rosa
Lisboa, Fevereiro de 1968
Portugália Editora
1.ª edição
196 mm x 141 mm
8 págs. + LVI págs. + 504 págs. + 1 desdobrável em
extra-texto
subtítulo: Uma
Arqueologia das Ciências Humanas
exemplar estimado, capa envelhecida; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
assinatura de posse no ante-rosto
27,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Questionado acerca do aparecimento da vertente obra de
Michel Foucault (1926-1984), avisou-nos Jean-Paul Sartre:
«[...] O que Foucault nos apresenta é, como muito bem viu
Kanters, uma geologia: a série das camadas sucessivas que formam o nosso “solo”.
Cada uma destas camadas define as condições de possibilidade de um certo tipo
de pensamento que triunfou durante um certo período. Mas Foucault não nos diz o
que seria mais interessante, a saber, como é que cada momento é construído a
partir dessas condições, nem como os homens passam de um pensamento para outro.
Ser-lhe-ia necessário, para isso, fazer intervir a praxis, portanto a história, e é precisamente isso que ele recusa.
É certo que a sua perspectiva permanece histórica. Ele distingue épocas, um
antes e um depois. Mas substitui o cinema pela lanterna mágica, o movimento por
uma sucessão de imobilidades. [...]
Para lá da história, bem entendido, é o marxismo que é
visado. Trata-se de constituir uma ideologia nova, a última barragem que a
burguesia pode ainda erguer contra Marx. [...]» (Fonte: Estruturalismo – Antologia de Textos Teóricos, org. Eduardo Prado
Coelho, Portugália Editora, Lisboa, 1968)
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