JOSÉ RODRIGUES
MIGUÉIS
capa de K [Fred Kradolfer]
Lisboa, 1932
Edições Alfa
1.ª edição
184 mm x 120 mm
168 págs.
encadernação de amador em meia-inglesa em sintético e papel
marmoreado, gravação a ouro na lombada
aparado, sem as capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo
assinatura de posse no frontispício
assinatura de posse no frontispício
37,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Não há muito tempo, o catálogo de um leilão de manuscritos transcrevia significativas passagens de uma carta do autor a David Mourão-Ferreira, datada de Nova Iorque, 17 de Dezembro, 1948 (dez anos, portanto, antes da vertente edição), em que Miguéis desabafava, depois de se referir a uma crítica amarga à sua escrita, na Seara Nova, assinada por Vergílio Ferreira:
«[...] Talvez não saibas que a Ática, que já tinha a 2.ª edição da Páscoa [Feliz] toda composta e revista (e impressas as gravuras hors-texte do Keil [do Amaral]), destruiu a edição, isto é, derreteu o metal! E já me tinham pago metade dos direitos de autor. [...]»
(in Livraria Luís Burnay, Leilão de Manuscritos, Autógrafos, Fotografias e Efémera, Lisboa, 19 de Junho de 2010)
Tudo leva a crer que, até à publicação dessa referida crítica, o corpo expedicionário de afectos ao regime que dirigia a Ática não se tivesse apercebido ainda como o exilado escritor já gravitava na esfera dos ideais comunistas. Será somente numa reedição revista que a novidade linguística passará uma esponja sobre o involuntário desleixo da presente edição, assim referido por Miguéis no respectivo posfácio:
«[...] um próspero sindicato operário condescendeu em editá-la: na Páscoa de 1932, com uma ortografia atrabiliária, impressa em mau papel, e com o único chamariz da capa de Fred Kradolfer. Não se fizeram anúncios, não houve rádio-propaganda, nem dei entrevistas aos jornais. [...] Não pedi nem cobrei direitos de autor: o sacrifício era de regra para o escritor “interveniente”, ainda que nas veias lhe corresse, exclusivamente, o sangue de pedreiros, carpinteiros, oleiros e labregos. [...]»
«[...] Talvez não saibas que a Ática, que já tinha a 2.ª edição da Páscoa [Feliz] toda composta e revista (e impressas as gravuras hors-texte do Keil [do Amaral]), destruiu a edição, isto é, derreteu o metal! E já me tinham pago metade dos direitos de autor. [...]»
(in Livraria Luís Burnay, Leilão de Manuscritos, Autógrafos, Fotografias e Efémera, Lisboa, 19 de Junho de 2010)
Tudo leva a crer que, até à publicação dessa referida crítica, o corpo expedicionário de afectos ao regime que dirigia a Ática não se tivesse apercebido ainda como o exilado escritor já gravitava na esfera dos ideais comunistas. Será somente numa reedição revista que a novidade linguística passará uma esponja sobre o involuntário desleixo da presente edição, assim referido por Miguéis no respectivo posfácio:
«[...] um próspero sindicato operário condescendeu em editá-la: na Páscoa de 1932, com uma ortografia atrabiliária, impressa em mau papel, e com o único chamariz da capa de Fred Kradolfer. Não se fizeram anúncios, não houve rádio-propaganda, nem dei entrevistas aos jornais. [...] Não pedi nem cobrei direitos de autor: o sacrifício era de regra para o escritor “interveniente”, ainda que nas veias lhe corresse, exclusivamente, o sangue de pedreiros, carpinteiros, oleiros e labregos. [...]»
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pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089 [chamada para rede móvel nacional]
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