VIRGÍNIA WOOLF
trad. Cecília Meireles
capa de Infante do Carmo
MANUELA PORTO
Lisboa, s.d. [1962, seg. BNP] / Lisboa, 1947
Edição «Livros do Brasil» / Seara Nova
1.ª edição (ambos)
[160 mm x 108 mm] + [191 mm x 122 mm]
224 págs. + 48 págs.
exemplar em muito bom estado de conservação (a), e exemplar estimado, miolo limpo (b)
exemplar em muito bom estado de conservação (a), e exemplar estimado, miolo limpo (b)
30,00 eur (IVA e
portes já incluídos)
O livrinho de Manuela Porto, com a reprodução de uma sua palestra
proferida na Sociedade Nacional de Belas-Artes em Janeiro de 1947, constitui
uma impressionante introdução, não apenas ao carácter libertador de Virginia
Woolf, mais do que à sua obra, mas, acima de tudo, é um panfleto acerca da
condição da mulher em Portugal e da ignorância em que desde sempre se tentou
mantê-la. Nessa mesma linha, ter-se entregue apaixonadamente à tradução de Orlando uma escritora brasileira sensível
e atenta como Cecília Meireles, só ilustra como, no feminino em português,
importantes brechas foram escavadas no paredão do machismo. Orlando, romance escrito com sarcasmo no
modo estilístico autobiográfico, inspirado na figura andrógina de Vita
Sackville-West, que foi amante da escritora, descreve a jornada de um nobre
inglês que terá vivido trezentos anos sem envelhecer mas que, de um momento
para o outro, se torna mulher. Obra singular na literatura inglesa, e hoje
muito apreciada nos meios lésbicos e transexuais.