segunda-feira, março 06, 2023

Rifoneiro Português


PEDRO CHAVES

Porto, 1928
Imprensa Moderna, Lda.
1.ª edição
192 mm x 126 mm
4 págs. + 284 págs.
modesta encadernação de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado, restauros na capa da brochura; miolo limpo
assinatura de posse no frontispício
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Colecção de adágios, anexins, provérbios ou máximas da “voz popular”, que o autor foi juntando ao longo da vida. São os lugares-comuns, os indicadores morais de obediência – mas também as superstições –, a poesia espontânea da vida quotidiana transformados num meio eficaz de memorização. Com razão nos dirá Manuel João Gomes na advertência prévia à sua Nova Recolha de Provérbios e Outros Lugares Comuns Portugueses [Edições Afrodite de Fernando Ribeiro de Mello, Lisboa, 1974] como essa tal “voz popular” é uma ideia feita:
«[...] poderemos começar por asseverar que os provérbios ditos populares são a linguagem dos burgueses, as formas fixas e imutáveis que a burguesia houve por bem decorar, interessada como está em não cansar as suas faculdades de pensar.
Uma análise, por superficial que seja, dos ditos chamados populares revelará sempre as suas estreitas relações com a cultura estabelecida e dominante, imposta pela classe que, pelos séculos fora, deteve as rédeas da dita cultura.
É sobretudo por via padresca que a cultura de classe, materializada em provérbios, dichotes, ditos, adágios, etc., chega ao povo que se diz aplicá-los ao “seu mister, aos seus negócios, às suas desditas” [...].»
O livro de Pedro Chaves é tido por “um livro de referência na matéria”. Todavia, para além do vastíssimo acervo compilado, não lhe encontrámos uma linha de reflexão, etnográfica que fosse!... ou sociológica.

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