ANTÓNIO MARIA LISBOA
Lisboa, s.d. [1958]
A Antologia em 1958 (ed. Mário Cesariny de Vasconcelos)
1.ª edição
18,9 cm x 13,3 cm
36 págs. + 1 folha em extra-texto
dístico: «Semente Raiz
Tronco Flor Fruto Flor Tronco Raiz
Semente»
composto em Bodoni e impresso sobre papel superior
exemplar como novo
RARA PEÇA DE COLECÇÃO
320,00 eur (IVA e portes incluídos)
Nascido na capital a 1 de Agosto de 1928, levado pela
tuberculose a 11 de Novembro de 1953, não é exagero considerá-lo o cerne da
corrente libertária no que veio a ser o surrealismo em português. «[...]
Partido da libertação surrealista», escreve Cesariny no livro abaixo referido,
«o pensamento poético de António Maria Lisboa aprisionou a ave hierática com
que, até hoje, só os asiáticos e certos primitivos têm modulado a chamada vida
prática. (Mas não foram os poetas chineses os criadores, há 2062 anos, do jogo
poético colectivo “inventado” pelos surrealistas há dois dias?) Os termos da
obra de António Maria Lisboa, de um desenvolvimento extra-individual de
aferição da Verdade, da Justiça e do Bem, não inquirem, impõem as condições da
sua perenidade.»
* Mário Cesariny dá notícia desta gralha tipográfica na 1.ª
edição do livro Poesia, de António
Maria Lisboa, na colecção Documenta Poética da antiga Assírio & Alvim
(Lisboa, 1977), ainda hoje a mais correcta reunião do legado do poeta... porque a sua reedição, volvidos quase vinte anos, é um modelo de bom comportamento editorial que não se coaduna com o conteúdo.