quinta-feira, novembro 24, 2022

O Papa-Rei e o Concilio

 

MANUEL NUNES GIRALDES

Lisboa, 1870
Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes
1.ª edição
218 mm x 150 mm
2 págs. + 286 págs.
impresso sobre papel superior
muito elegante encadernação coeva inteira em pele gravada a ouro na lombada
pouco aparado, sem capas de brochura
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
PEÇA DE COLECÇÃO
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos Inocêncio Francisco da Silva [aliás, Brito Aranha], no Diccionario Bibliographico Portuguez (tomo XVI, Na Imprensa Nacional, Lisboa 1893):
«Manuel Nunes Giraldes, natural da Covilhã, filho de Gregorio Nunes Giraldes e de D. Rita Candida Rodrigues Valente, nasceu a 10 de março de 1837. Recebeu o grau de doutor em direito na universidade de Coimbra em 31 de julho de 1859. É actualmente lente cathedratico e professor de economia politica da mesma universidade, commendador da nobilissima ordem de S. Thiago, de merito scientifico, litterario e artistico […]
Da obra O papa-rei e o concilio resultou não só uma fulminação do Indice expurgatorio, de Roma, mas uma polemica viva e vehemente, em que entraram diversos. Começarei por transcrever a parte da decisão do Indice referente a essa obra, e é do teor seguinte:
“A sagrada congregação dos eminentissimos e reverendissimos cardeaes da Santa Igreja Romana em toda a christã republica pelo Nosso Santo Padre Pio IX propostos para o Indice de doutrina depravada e para a sua proscripção, expurgação e permissão, em sessão de 6 de setembro, condemnou e condemna, proscreveu e proscreve, como outras já condemnadas e proscriptas, mandou e manda inserir no Indice dos livros prohibidos as seguintes obras:”
Segue-se a indicação de varias, e entre ellas acha-se:
O papa-rei e o concilio, por Manuel Nunes Giraldes […] Portanto, ninguem, seja de que grau ou condição for, ouse imprimir de futuro, ou ler e conservar, em qualquer logar ou lingua, as preditas obras condemnadas e proscriptas, mas deve entregal-as aos ordinarios locaes ou aos inquisidores da depravação heretica, sob as penas declaradas no Indice dos livros prohibidos. […]”»
Já antes o padre Francisco Grainha, da Covilhã, fulminára o livro em sermão prégado na igreja de Santa Maria Maior da mesma cidade, em solemnidade em acção de graças no anniversario da coroação de Pio IX, censurando o auctor pelo arrojo e descaramento com que vinha affrontar as crenças de um povo tão eminentemente catholico, etc. […]»

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