sábado, dezembro 31, 2022

Leviana



ANTONIO FERRO
capa e ilust. António Soares

Lisboa | Rio de Janeiro, 1921
H. Antunes, Editor
1.ª edição
172 mm x 130 mm
128 págs.
subtítulo: Novela em Fragmentos
encadernação em meia-francesa com lombada e cantos em pele, elegante gravação a ouro na lombada, com o selo do encadernador Frederico de Almeida
aparado e carminado somente à cabeça
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
ostenta colado no verso do frontispício o ex-libris de Raul de Oliveira
47,00 eur (IVA e portes incluídos)

É o livro emblemático do ainda então escritor modernista António Ferro, que, «[...] ligado ainda novo ao grupo de Orpheu, levaria para o jornalismo e para a orientação do Secretariado de Propaganda Nacional (1933) um certo modernismo formal, cujo lado provocativo se fizera antes sentir nos aforismos algo paradoxais da Teoria da Indiferença, 1920, e de Leviana – novela em fragmentos, 1921, [...], e na peça de escândalo Mar Alto, 1924. [...]» (António José Saraiva / Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, 15.ª ed., Porto Editora, Porto, 1989)

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The Tourist in Spain and Morocco [fore-edge painting]





THOMAS ROSCOE
ilust. David Roberts

Londres / Paris, 1838
Robert Jennings and Co. / Fisher, Fils, et Cie
1.ª edição
texto em inglês
20,2 cm x 13,2 cm
2 págs. + XII págs. + 294 págs. + 21 folhas em extra-texto
ilustrado
encadernação editorial inteira em pele gravada a seco nas pastas e a ouro na lombada
corte das folhas dourado protegendo duas elegantes pinturas à mão (fore-edge paintings) visíveis apenas com o volume aberto e o miolo posicionado em bisel
exemplar estimado, lombada um pouco gasta; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
INVULGAR PEÇA DE COLECÇÃO*
1.000,00 eur (IVA e portes incluídos)

Thomas Roscoe (1791-1871), escritor inglês, foi poeta e prolífico repórter de viagens.

* Se as fore-edge paintings são por si raras peças gráficas, redobradamente o são como no vertente caso, em que foram desenhados dois motivos distintos no mesmo corte frontal das folhas.

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A Previsão do Tempo



JULIO ARTHUR LOPES CARDOSO

Lisboa, 1890
Companhia Nacional Editora, sucessora de David Corazzi e Justino Guedes
1.ª edição
16,7 cm x 11,1 cm
64 págs.
ilustrado
exemplar estimado, com discretos restauros na dobra; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Desde sempre o homem tentou compreender, por antecipação, o dia de amanhã. Depois de ter começado a aceitar as propriedades físicas e químicas da atmosfera, tendo para isso denegado intuições e preconceitos religiosos, e criado os instrumentos auxiliares de medida, melhor pôde compreender a inevitabilidade dinâmica do meio ambiente. Ou seja: Santa Bárbara substituída pelo termómetro, o barómetro, o higrómetro, etc. O vertente livrinho dá testemunho do ponto de um tal saber científico nos finais do século XIX.

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Fernando Pessoa, Poeta da Hora Absurda


MÁRIO SACRAMENTO

Lisboa, s.d. [1959]
Contraponto [de Luiz Pacheco]
1.ª edição
180 mm x 126 mm
192 págs.
inclui a folha em extra-texto «Errata Final»
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
65,00 eur (IVA e portes já incluídos)

Recorda Luiz Pacheco no seu Memorando, Mirabolando (Contraponto, Setúbal, 1995):
«[...] Nunca vi o dr. Mário Sacramento, apenas fotos suas nos jornais. Durante a atribulada edição do livro, que demorou anos [entre 1953 e 1959], apenas nos correspondíamos por carta e ele tanto me remetia o original e provas de Aveiro como do Forte de Caxias, nas muitas perseguições que a PIDE lhe moveu. [...]»
Consta – o que torna este ensaio acerca da obra de Pessoa uma obra de culto – que o Autor, à falta de livros de apoio na cadeia, o terá redigido socorrendo-se apenas da memória para as citações que justificam o seu raciocínio e o ilustram.

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De Fora para Dentro


ANÍBAL FERNANDES [org., notas e tradução]
capa de Jorge Costa Martins


Lisboa, 1973
Fernando Ribeiro de Mello – Edições Afrodite
1.ª edição [única]
20,9 cm x 14,6 cm
432 págs. + 26 apartes impressos a sanguínea e colados em extra-texto
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Notável reunião de acutilantes observações que estrangeiros, ao longo dos séculos, uns viajantes, outros menos, registaram acerca de Portugal. Voltaire, Beckford, Thomas Owen, Thomas Mann, Leopold Sedar Senghor, Cervantes, Chateaubriand, Byron, Blaise Cendrars, Unamuno, etc., entre outros, aí surgem coadjuvados pela opinião local de alguns outros como Aquilino Ribeiro, José Rodrigues Miguéis ou Vitorino Nemésio.

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frenesi 1980-1982




Lisboa, 1995 [Verão 1980 (1 a 11) – Inverno 1980-1981 (12 a 22) – Primavera 1982 (23 a 33)]
[dir. de Paulo da Costa Domingos]
edição fac-similada de apenas 50 exemplares encadernados em pele-de-diabo [3.ª edição]
colecção completa (33 folhas, capas originais, prefácio de Maio de 1995, historial das três tiragens, sumário descritivo de todas as colaborações)
218 mm x 156 mm
158 págs. + folhas de guarda
capa pintada à mão por Vera Pinto
acabamentos gráficos de vpcd sobre grafismo original de pcd
EXEMPLAR COM DEDICATÓRIA DO EDITOR AO POETA SURREALISTA ANTÓNIO JOSÉ FORTE:
«Para o comandante da luta nesta girândola implacável a saudação desesperada do | paulo da costa domingos | maio | 1995»

550,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se da reedição comemorativa dos quinze anos do periódico que, na editora frenesi, antecedeu o início da publicação de livros. Periódico cuja importância se deverá nomeadamente à divulgação em primeira mão – estava-se no início da década de 80 – de autores traduzidos que vieram a ser ensaios de furo comercial nas mãos de editores para isso vocacionados, a saber, alguns apenas a título de boa memória: William S. Burroughs, Jim Morrison, Patti Smith, Tom Waits, Charles Bukowski, Jacques Rigaut, Tom Wolfe, Groucho Marx, Donald Barthelme.
Entre os autores portugueses encontrava-se o embrião poético do que veio a ser o “grupo frenesi”: Jorge Fallorca, Levi Condinho, Celeste Viriato, Rui Baião. Duas curiosidades: tanto Luísa Costa Gomes como António S. Ribeiro aí se estrearam.
O presente exemplar pertenceu a António José Forte.

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Marcas de Baton



GREIL MARCUS
trad. Helder Moura Pereira
capa de pcd

Lisboa, 1999
frenesi
1.ª edição [única]
19 cm x 13 cm
544 págs.
subtítulo: Uma História Secreta do Século Vinte
exemplar novo
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da nota editorial na contracapa:
«Os desejos não satisfeitos passam pelos anos de insondáveis maneiras e tudo o que depois aparece à superfície não passa de discurso simbólico, algo que fica surdo em relação à fonte de onde nasceu e cego em relação aos objectos a atingir – contudo, esses fragmentos de linguagem, escondidos nas pragas e nas blasfémias de canções como “Anarchy in the UK” ou “God Save the Queen” (“Deus salve a história”, cantava Johnny Rotten, “Deus salve a vossa louca ostentação / Deus, Senhor, tende piedade, já pagámos por todos os crimes / Quando não há futuro, não pode haver pecado”), são a última ligação a noções que há muito prosseguem a sua viagem subterrânea no interior do inconsciente cultural. Tudo o que fica são desejos sem linguagem: tudo o que fica é a história que não foi feita, ou seja, a possibilidade da poesia. E enquanto a poesia vai sendo feita, a linguagem recompõe-se e percebe o seu alvo: a história que foi feita.» (Greil Marcus)

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Ex.mo Sr. Dr. Arnaldo Dantas da Gama – Carta inédita de Camilo Castelo Branco a propósito de «A Caldeira de Pero Botelho»

CAMILO CASTELO BRANCO

Lisboa, 2006
frenesi
1.ª edição [única]
19 cm x 13 cm
16 págs. + 4 págs. em extra-texto
exemplar novo
19,00 eur (IVA e portes incluídos)

A edição reúne a carta em fac-símile e a sua transcrição, juntas com uma carta do mesmo dirigida a António Feliciano de Castilho, segundo compilação e prefácio de Paulo da Costa Domingos e Telma Rodrigues. Do Exórdio:
«Os leilões são uma torrente de conhecimento e aventura pela nossa humanidade passada. Ao invés do que, ciúme ou ganância, afirmam certos colegas editores, são, actualmente, os antiquários e os alfarrabistas os únicos negociantes de livros com interesse iniludível e feliz surpresa… Já que os mais, editores e livreiros de novidades estabelecidos, fraca mercadoria exibem nas suas quitandas. Dizíamos dos leilões: que das gavetas de algum cuidado coleccionador trouxeram à luz, no caso, a carta manuscrita inédita de Camilo Castelo Branco motivo da vertente publicação. Foi numa tarde do Outono de 2005, em amena sessão no Palácio do Correio Velho, com o número de lote 366, a uma sexta-feira sem história nem sobressalto, 7 de Outubro, que, por uns irrisórios cem contos (moeda antiga), ficámos na posse de maior riqueza para o domínio público das ideias. E do que se trata, afinal, no preciso capítulo destas?
Conhecia-se já, comunicada por João Costa em 1924, no seu trabalho Castilho e Camilo, Correspondência Trocada entre os Dois Escritores, carta escrita à data de 26 de Março de 1867 por Camilo ao poeta António Feliciano de Castilho, e que, entre assunto vário, expressa a sua total indisponibilidade para ler um romance de Arnaldo Gama, então novidade livreira no Porto. A dúvida, porém – dúvida, claro, para quem se interessa pelos detalhes do quotidiano dos nossos antepassados –, surge quanto ao título da tal obra de Arnaldo Gama, pois que duas haviam saído dos prelos, por essa altura, a curto intervalo entre si.
O camilianista Alexandre Cabral, editando novamente essa carta, nos anos oitenta, em obra sua profusamente anotada, Correspondência de Camilo Castelo Branco com António Feliciano de Castilho – I, continuava a ignorar que romance teria desgostado Camilo: “O romance de Arnaldo Gama, que Camilo afirma peremptoriamente que nunca lerá, deve ser um destes dois títulos: O Filho do Baldaia ou A Caldeira de Pero Botelho, editados ambos em 1866, o primeiro pela Viúva Moré; e o segundo, pelo Cruz Coutinho.” Ora, dado o conhecimento de hoje, do que inédito estava, fica assim desfeita a dúvida… Outras razões faltassem a justificar a presente edição do saboroso naco epistolográfico.
Mas não: o próprio conteúdo [...] fac-similado e transcrito até pode agradar-nos.
Com razão, acerca da carta autógrafa, alguém escreveu na ficha descritiva no catálogo da leiloeira: “muito valiosa pela sua graça e chiste” – o que é justo apreço literário ao arrepio do preço a licitar. E nem aí se suspeitava a maior graça que a coisa passa a ter logo que, juntando duas missivas, verificamos quão contrárias são as opiniões de Camilo sobre o mesmo objecto, com dois dias de intervalo e dirigindo-se a dois distintos interlocutores: um, o autor da Caldeira, talvez à míngua de aprovação do reconhecido mestre… sendo que se desconhece em que termos se dirigiu ele a Camilo no acto de enviar-lhe o livro; o outro, poeta que o prosador sempre teve em alta consideração (quando sobre ele não emitia, junto de terceiros, ditos biliosos), com quem desabafa os horrores que vai lendo, ou evitando. [...]»

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Textos em Aljamia Portuguesa


DAVID LOPES

Lisboa, 1940
Imprensa Nacional
«nova edição inteiramente refundida»
22,8 cm x 16,3 cm
284 págs. + 3 folhas em extra-texto
subtítulo: Estudo Filológico e Histórico
ilustrado no corpo do texto e em separado
exemplar muito estimado, sinais de antiga fita gomada na capa; miolo limpo, por abrir
ocasionais carimbos da Sociedade de Língua Portuguesa
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR A AGOSTINHO DE CAMPOS
65,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do texto de abertura do arabista David Lopes (1867-1942):
«[...] êsses textos são principalmente do caudilho mouro Bentafuf, fizemo-los seguir de todos os documentos de arquivo dêle ou a êle relativos. [...]
[...] algumas páginas consagradas a Bentafuf e à zona de Mouros de pazes que êle ajudou a criar em volta de Safim. Para êsse estudo êstes textos são uma boa contribuïção e por isso fomos levados a utilizá-los nesse sentido, tanto mais que a acção desenvolvida pelo valente alcaide mouro é uma página brilhante da ocupação portuguesa em Marrocos. [...]»
Livro publicado inicialmente, numa forma mais reduzida, em 1897, por altura do quarto centenário do descobrimento da Índia, o período histórico referido reporta-se aproximadamente aos anos decorrentes de 1508 a 1518.

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Florinhas de Santo António de Lisboa

 

[FERNANDO FÉLIX LOPES, trad. e pref.]

Braga, 1947
Edição do «Boletim Mensal»
1.ª edição
173 mm x 115 mm
190 págs.
subtítulo: Tradução do «Liber Miraculorum»
exemplar estimado; miolo irrepreensível, por abrir
27,00 eur (IVA e portes incluídos)


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S. João de Deus na Poesia Portuguesa

 

ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA, org., pref. e notas
capa de Carlos Vicente


Lisboa, 1996
Nova Arrancada – Sociedade Editora, Lda.
1.ª edição
231 mm x 159 mm
120 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Inclui autores como Alberto de Monsaraz, António Sardinha, Maria da Graça Varela Cid, Mário Beirão, o padre Moreira das Neves, Azinhal Abelho, etc., etc.

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De Braço Dado

 

CONDE DE SABUGOSA
BERNARDO DE PINDELLA
ilust. João Vaz e Roque Gameiro


Lisboa, 1894
M. Gomes, Editor – Livreiro de Suas Magestades e Altezas
1.ª edição
189 mm x 120 mm
XX págs. + 218 págs.
ilustrado
encadernação inteira em tela encerada modestamente gravada a ouro na lombada
aparado, sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
VALORIZADO PELO CARIMBO COM O BRASÃO DE ARNOSO, PELO AUTÓGRAFO DA CONDESSA DE ARNOSO, PELO EX-LIBRIS DE «BERNARDO PINHEIRO [CORREIA DE MELO] DA CASA DE PINDELLA 1.º CONDE D’ARNOSO» E PELA ASSINATURA DE POSSE DE JOANA PINHEIRO DE MELO
95,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Investigação Criminal

 

BENTO GARCIA DOMINGUES

Lisboa, 1963
Tipografia-Escola da Cadeia Penitenciária de Lisboa [ed. autor]
1.ª edição
237 mm x 176 mm
324 págs. + 1 encarte (errata)
subtítulo: Técnica e táctica nos crimes contra as pessoas. Homicídio – Envenenamento – Infanticídio – Aborto – Crimes contra a honestidade
ilustrado
encadernação de amador inteira em sintético gravada a ouro na lombada
pouco aparado
conserva as capas de brochura
exemplar como novo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Expressionnistes Allemands

 

LIONEL RICHARD, org. e pref.

Paris, 1974
François Maspero
1.ª edição
bilingue alemão – francês
200 mm x 172 mm
360 págs.
subtítulo: Panorama bilingue d’une génération
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA ASSINATURA DE POSSE DO POETA SURREALISTA RICARTE-DÁCIO
47,00 eur (IVA e portes incluídos)


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quinta-feira, dezembro 29, 2022

Tecto, para Andar ao Relento

 

ANTÓNIO CABRITA
capa e ilust. Thomas Kratz
grafismo de Paulo da Costa Domingos


Lisboa, 2022
Barco Bêbado
1.ª edição
211 mm x 130 mm
190 págs.
subtítulo: […] e outros textos improváveis
ilustrado
exemplar novo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Vale por aquilo que é: um brilhante livro de reflexão poética: a da escrita dos outros, e a da vida própria. António Cabrita (n. 1959) enfrenta a matéria-prima de que se faz o poema, por um lado, não sem, por outro lado, deixar de zurzir os bonzos atrasadores do processo da criação. Diz-nos ele, no tanto que o seu livro nos diz: «[…] [O] fecundo exercício da crítica só pode ter lugar quando se aborda o poema de uma forma imanente e não à luz de uma prévia grelha (teórica ou pré-concebida) de leitura. […]»

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quarta-feira, dezembro 28, 2022

A Igreja no Brasil

 

MANOEL BARBOSA, padre
capa e ilust. Alberto Lima


Rio de Janeiro, 1945
Editora e Obras Gráficas A Noite
1.ª edição
240 mm x 164 mm
342 págs. + 10 págs. em extra-texto
subtítulo: Notas para a sua História
profusamente ilustrado no corpo do texto e em separado
encadernação inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO HISTORIADOR DAMIÃO PERES
120,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Romagem a Creta

 

ANTÓNIO REBORDÃO NAVARRO
capa de João da Câmara Leme


Lisboa, 1694 [aliás, 1964]
Portugália Editora
1.ª edição
206 mm x 125 mm
120 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO CRÍTICO LITERÁRIO ÁLVARO SALEMA
30,00 eur (IVA e portes incluídos)


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terça-feira, dezembro 27, 2022

Principles of War



CARL VON CLAUSEWITZ
trad. e pref. Hans W. Gatzke

Londres, 1943
John Lane The Bodley Head
1.ª edição
texto em inglês
19,6 cm x 12,7 cm
64 págs.
encadernação editorial com sobrecapa
exemplar estimado, sobrecapa com rasgões*; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Publicação levada a cabo em plena Segunda Guerra Mundial, com o Reino Unido literalmente debaixo de fogo, tendo até o editor incluído na badana um pungente apelo à defesa do país, Britain Calls the World, devendo as populações fazerem os possíveis por se manter informadas acerca da verdade do sucedido: «[…] From London comes the voice of Britain… the voice of freedom».
Quanto ao texto, estamos perante a tradução dos princípios táctico-estratégicos para a instrução militar, que Clausewitz redigiu a caminho da Rússia, quando se juntou ao exército do czar Alexandre I para impedir o avanço totalitário de Napoleão.

* Por se tratar de um exemplar da edição original, optou-se deliberadamente pelo não restauro, dado as regras de coleccionismo anglo-saxónicas apontarem nesta direcção, privilegiando a presevação das espécies em estojos e no estado em que se encontram.

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Da Guerra


CARL VON CLAUSEWITZ
pref. Anatole Rapoport
trad. Teresa Barros Pinto Barroso e Maria Teresa Ramos (pref.)
capa Alda Rosa e José Brandão

Lisboa, 1976
p&r – Perspectivas & Realidades
1.ª edição
235 mm x 157 mm
792 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
95,00 eur (IVA e portes incluídos)

Obra de referência mundial nos meios militares stricto sensu e entre os amadores de estratégia em geral, mas também entre os altos apreciadores do raciocínio filosófico “hegeliano”. O nome de Carl von Clausewitz (1780-1831), general prussiano, é indissociável do seu principal inimigo: Napoleão I.

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segunda-feira, dezembro 26, 2022

Estudos sobre Alguns Portos Commerciaes da Europa, Asia, Africa e Oceania e sobre Diversos Serviços Concernentes á Engenharia Civil

 


ADOLPHO FERREIRA DE LOUREIRO

Coimbra, 1885-1886
Imprensa da Universidade
1.ª edição
2 volumes + 1 atlas + 63 desdobráveis (estampas em grande formato)
3 x [256 mm x 175 mm] + [340 mm x 243 mm]
552 págs. + 632 págs. + 32 págs. + 63 (de 66) desdobráveis acondicionados num estojo próprio
sóbrias encadernações homogéneas inteiras em imitação de pele azul profundo com rótulos bordeaux gravados a ouro, estojo do mesmo material
não aparados, capas de brochura apenas no Atlas
exemplares muito estimados; miolo limpo, por abrir; restauros pontuais nas estampas
750,00 eur (IVA e portes incluídos)

Adolfo Ferreira de Loureiro nasceu em Coimbra e morreu em Lisboa (1836-1911). Foi militar – passando à reserva no posto de general –, foi engenheiro, escritor, poeta e político. Elaborou vários projectos de engenharia, entre os quais se destacam o projecto de melhoramento dos portos de Leixões e de Lisboa, os estudos sobre os portos de Macau, Funchal, Horta, Ponta Delgada e São Vicente de Cabo Verde, e os projectos para várias estradas, cais e saneamento de pântanos, etc. Dirigiu as obras do Rio Mondego, da barra da Figueira da Foz, do porto de Lisboa como director-geral das obras, de todas as bacias hidráulicas entre os rios Lis e Guadiana, e as obras da Penitenciária de Lisboa e da Escola Agrícola de Coimbra. Entre 1894 e 1896, teve o cargo de vice-presidente da Real Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual era membro, tendo também presidido à secção de geografia da mesma Sociedade. Foi presidente da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses e da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
(Fonte: página electrónica do Arquivo Municipal Alberto Sampaio, Vila Nova de Famalicão)

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As Paróquias Rurais Portuguesas

 

MIGUEL DE OLIVEIRA, padre

Lisboa, 1950
União Gráfica
1.ª edição
190 mm x 142 mm
224 págs.
subtítulo: Sua origem e formação
exemplar estimado, capa envelhecida; miolo limpo
ostenta colado no frontispício o ex-libris de Raul de Oliveira
70,00 eur (IVA e portes incluídos)

Monsenhor Miguel de Oliveira (1897-1968) ficou conhecido como escritor, jornalista e orador de palestras radiofónicas. Em 1925 foi convidado para chefe de redacção do reaccionário Novidades, cargo de que abdicou em 1932 para se dedicar à secção editorial da União Gráfica. Colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira durante cerca de 25 anos, redigiu centenas de artigos sobre nomes bíblicos e assuntos de teologia e história eclesiástica. Em 1954, o Papa nomeou-o seu prelado doméstico com o título de Monsenhor. Segundo o padre Moreira das Neves, seu amigo íntimo e companheiro no Novidades, Miguel de Oliveira «[…] foi, efectivamente, um sacerdote digníssimo, para quem o estudo, as lides históricas, o trabalho de investigador, o jornalismo, em que foi mestre, mais não foram do que formas do exercício do seu sacerdócio, do apostolado intelectual e moral a que o impelia a sua devoção de homem de Deus ao serviço dos homens. […]»

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domingo, dezembro 25, 2022

Fuga Imóvel

 

URBANO TAVARES RODRIGUES
capa de Vitorino Martins


Lisboa, 1982
Moraes Editores
1.ª edição
201 mm x 146 mm
172 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
30,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Elegia à Esperança

 

URBANO TAVARES RODRIGUES
capa e ilust. Dorindo Carvalho


Lisboa, 1977
Diabril Editora, S.C.A.R.L.
1.ª edição
190 mm x 141 mm
146 págs. + 2 folhas em extra-texto
subtítulo: […] e alguns textos do futuro presente
ilustrado a cor
exemplar estimado; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Méthode de Flûte du Conservatoire





[ANTOINE] HUGOT, 1761-1803
[JOHANN GEORG] WUNDERLICH, 1755-1819
gravado por Madame Le Roy

Paris, s.d. [1804]
Imprimerie du Conservatoire de Musique
s.i. [1.ª edição]
texto em francês
34,2 cm x 26 cm
2 págs. (rosto) + 4 págs. (catálogo de publicações) + 2 págs. + 154 págs. + 5 desdobráveis em extra-texto (grande formato)
encadernação coeva em meia-inglesa com cantos em pele
exemplar estimado, encadernação envelhecida; miolo limpo
registo de aquisição e posse na primeira folha-de-guarda
acondicionado num sóbrio estojo próprio de fabrico recente
PEÇA DE COLECÇÃO
1.400,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Theatro Ecclesiastico




DOMINGOS DO ROSARIO, frei

Lisboa, 1786 e 1817
Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira | Na Impressão Regia
«Oitava imprefsão» e «Nona impressão»
2 partes em 2 vols. (completo)
21 cm x 15,5 cm
[VIII págs. + 552 págs.] + [VI págs. + 590 págs.]
subtítulos:
[parte primeira] Em que se achão muitos documentos | de Canto-chão para qualquer peffoa dedicada ao Culto Divino | nos Officios do Coro, e Altar: | offerecido | á | Virgem Santissima, | Senhora nossa, | com o soberano titulo da Immaculada | Conceição: | ordenado por seu author | o Padre […];
[parte segunda] E|manual de missas | offerecido | á | Virgem Santissima, | Senhora nossa, | com o soberano titulo da Immaculada | Conceição: | ordenado por seu author | o P. […]
encadernações coevas dissemelhantes inteiras em pele com rótulos gravados a ouro nas lombadas
corte das folhas marmoreado
exemplares muito estimados; miolo limpo, papel sonante, vol. I com falta da folha das págs. 413-414
PEÇA DE COLECÇÃO
500,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos o Diccionario Bibliographico Portuguez de Inocêncio Francisco da Silva (tomo II, Imprensa Nacional, Lisboa 1859):
«Fr. Domingos do Rosario, Franciscano da provincia d’Arrabida, cujo habito professou em 15 de Abril de 1722. Foi tido por insigne no conhecimento das regras e practica do cantochão, exercendo por muitos annos as funcções de Cantor mór no convento da sua ordem em Mafra. […] Vivia ainda em 1759; mas não pude saber até agora a data certa do seu obito. […]»

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Porgy e Bess [junto com] Porgy and Bess: An Original Sound Track Recording


DuBOSE HEYWARD
IRA GERSHWIN / GEORGE GERSHWIN

trad. Jorge de Sena (livro)
capa de Bernardo Marques (livro)
direcção musical de André Previn (orquestra)

Lisboa, s.d. e 1959
Edição «Livros do Brasil» Lisboa
Philips – CBS
livro: s.i.
disco: prensagem francesa (Philips) inclusa na capa britânica (CBS)
[160 mm x 109 mm] + [314 mm x 315 mm]
184 págs. + 1 disco LP estereofónico (vinil)
o livro é o n.º 84 da Colecção Miniatura
livro: exemplar estimado; miolo limpo, parcialmente por abrir, assinatura de posse no ante-rosto
disco límpido no som, capa em bom estado de conservação
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

«[...] belíssimo poema em prosa, no qual as imagens e as cenas se entrelaçam e desenvolvem numa estrutura sinfónica que reclamava de facto a música que Gershwin lhe deu [...]» – assim o elogia o poeta Jorge de Sena em nota final à sua tradução. E mais acrescenta, com precisão de crítico: «[...] este Tristão e Isolda dos negros do Sul dos Estados Unidos [...]».
Num outro plano, fica aqui uma chamada de atenção para a incontornável necessidade, ao estudar um escritor pela obra própria, de ir também estudar o seu serviço literário prestado a outrem através de traduções. É matéria obrigatória numa bibliografia que se preze. Basta lembrar, por exemplo, Damião de Góis pela sua tradução de Da Velhice de Marco Túlio Cícero...
O disco documenta a banda sonora do filme homónimo do realizador Otto Preminger, interpretado por Sidney Poitier, Dorothy Dandridge e Sammy Davis Jr.

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A Música Portuguesa e os Seus Problemas


FERNANDO LOPES GRAÇA

Coimbra, 1959
Vértice (Edição do Autor)
1.ª edição
2.º volume (apenas este vol.)
192 mm x 129 mm
222 págs. (6 das quais em 3 folhas desdobráveis)
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Canção da Roupa Branca [partitura]

 

RAMADA CURTO, letra
CHIANCA DE GARCIA, letra
RAUL PORTELA, música
capa de Stuart


Lisboa, 1938
Edições Neuparth – Valentim de Carvalho
1.ª edição
334 mm x 268 mm
4 págs.
subtítulo: Criação de Beatriz Costa – Canção–One-step
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se de uma das canções incluídas no guião do filme Aldeia da Roupa Branca, realizado por Chianca de Garcia.

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Sonho d’Amor [partitura]

 

SILVA TAVARES, versos
ANTÓNIO MELO, música
capa de Magui


Lisboa, 1944
Edições Sassetti
1.ª edição
327 mm x 260 mm
4 págs.
subtítulo: Criação da gentil vedeta Maria Eugénia – Valsa-canção
exemplar estimado; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se de uma das canções incluídas no guião do filme A Menina da Rádio, realizado por Artur Duarte.

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Down Beat – The bi-weekly music magazine







dir. John J. Maher
Chicago, Janeiro a Dezembro de 1964
1.ª edição
26 números
280 mm x 212 mm
46 págs. (cada, excepto o número comemorativo do 30.º aniversário da revista: 102 págs.)
profusamente ilustrados
acabamentos com dois pontos em arame
exemplares em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
180,00 eur (IVA e portes incluídos)

Revista musical norte-americana de grande prestígio, fundada em Chicago em 1934, e ainda hoje no activo. O vertente lote é constituído apenas por 26 dos 33 números da revista publicados durante o ano de 1964, ano particularmente interessante para os amantes de jazz, por ser o ano charneira em que se joga a força criativa da New Thing, e que a Down Beat documenta.

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La Rage de Vivre



MILTON “MEZZ” MEZZROW
BERNARD WOLFE
trad. Marcel Duhamel e Madeleine Gautier
pref. Henry Miller

Paris, 1964
Éditions Buchet-Chastel (Livre de Poche)
s.i.
texto em francês
16,6 cm x 11 cm
512 págs.
exemplar estimado, vinco na capa; miolo limpo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Nota de Henry Miller na contracapa:
«Je voudrais que des millions d’hommes lisent ce livre et reçoivent le message qu’il porte.»
Milton Mesirow (1899-1972), além de clarinetista e saxofonista, mas também fundador da King Jazz Records, e de ter sido um dos mais insistentes divulgadores do jazz norte-americano na Europa branca, tem neste livro autobiográfico um dos mais pungentes testemunhos do pântano de miséria, drogas e abandono social dos negros numa América racista, mergulhada na depressão após a queda da bolsa, e como daí brotou uma voz à escala do planeta, numa fina arte musical herética.

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História do Verdadeiro Jazz


HUGUES PANASSIÉ
trad. Raul Calado
capa de João da Câmara Leme

Lisboa, 1964
Portugália Editora
1.ª edição
165 mm x 111 mm
268 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

São particularmente importantes as notas de rodapé do tradutor, o crítico e divulgador de jazz Raul Calado (n. 1931), ligado à fundação do Hot Club, e que vai aí esclarecendo aspectos contraditórios, ou mesmo errados, no texto de Panassié.

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