sexta-feira, agosto 30, 2024

Historia do Infante D. Duarte Irmão de El-Rei D. João IV




JOSÉ RAMOS-COELHO

Lisboa, 1889
Por Ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias
1.ª edição
2 tomos
225 mm x 155 mm
[XXII págs. + 742 págs. + 6 folhas em extra-texto] + [6 págs. + 900 págs. + 6 folhas em extra-texto]
ilustrados
modestas encadernações antigas de amador homogéneas em meia-inglesas gravadas a ouro e relevo seco nas lombadas
pouco aparados, sem capas de brochura
exemplares estimados; miolo limpo ocasionalmente acidulado
150,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Camiliana & Vária – Revista Enciclopédica do «Círculo Camiliano»

 


dir. Aquilino Ribeiro
Lisboa, Janeiro-Março de 1951 a Maio de 1954
Edição do Círculo Camiliano – Museu João de Deus
1.ª edição
7 números enc. 1 volume (completo)
243 mm x 195 mm
336 págs. + 1 folha em extra-texto + 4 págs. (anunciantes) (num. consecutiva)
ilustrados
sóbria encadernação em meia-inglesa com cantos em pele gravada a ouro na lombada
pouco aparados
conservam todas as capas de brochura
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
120,00 eur (IVA e portes incluídos)

Colaboram, entre muitos outros, autores como António Sérgio, o próprio Aquilino Ribeiro, Cardoso Martha, Diogo de Macedo, Jacinto Prado Coelho, João de Araújo Correia, João de Deus Ramos, João Paulo Freire (Mário), Maria Archer, Oldemiro César, Rocha Martins, etc.; ilustram-na artistas como Abel Manta, Alfredo Cândido e Armando Boaventura.

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quarta-feira, agosto 28, 2024

O Assassino de Macario

CAMILLO CASTELLO BRANCO

Porto, 1903
Livraria Chardron
2.ª edição
189 mm x 123 mm
176 págs.
subtítulo: Comedia em tres actos – Versão livre – Expressamente coordenada para a festa artistica do actor Dias
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo irrepreensível, por abrir
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se da tradução da
comédia francesa Le Meurtre de Théodore de Clairville, de Alphonse Brot e Victor Bernard, cuja acção decorre no Porto.

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segunda-feira, agosto 26, 2024

O Terremoto do 1.º de Novembro de 1755 em Portugal e um Estudo Demográfico

 

FRANCISCO LUÍS PEREIRA DE SOUZA

Lisboa, 1919 [I e II], 1928 e 1932
Tipografia do Comercio [I, II e III] e Oficina Grafica, L.da
1.ª edição
4 volumes (completo)
330 mm x 250 mm
1.016 págs. (num. contínua) + [7 + 5 + 9 desdobráveis em extra-texto (mapas em grande formato) + 2 vegetais impressos em extra-texto]
subtítulos: [I] Distritos de Faro, Beja e Évora; [II] Distritos de Santarem e Portalegre; [III] Distrito de Lisboa; e [IV] Distritos de Leiria, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Aveiro e Vizeu
ilustrados
exemplares estimados, restauros nas capas e nas lombadas; miolo limpo
assinaturas de posse nos vols. II e IV
conjunto valorizado pela dedicatória manuscrita do autor no vol. III
PEÇA DE ESTUDO E COLECÇÃO

660,00 eur (IVA e portes incluídos)

Francisco Luís Pereira de Sousa (1870-1931), nascido no Funchal, para além de uma actividade profissional como docente, foi destacada figura ligada à investigação geológica, actividade científica, esta, em que lhe conhecemos vários trabalhos.
Diz-nos Teresa Salomé Mota, no portal electrónico do Instituto Camões:
«[…] A obra científica de Pereira de Sousa ficou a dever muito ao facto de ter trabalhado nos SG [Serviços Geológicos], uma vez que esta era talvez, na época, a única instituição em Portugal dedicada à Geologia onde era possível realizar trabalho de campo de forma consistente. A partir do momento em que Pereira de Sousa ingressou nos SG, a sua obra escrita passou a abranger uma temática geológica diversificada, sendo, grande parte dessa mesma obra, decorrente do trabalho de campo efectuado por Pereira de Sousa no Algarve. Esse trabalho estava relacionado com a realização da Carta Geológica do Algarve na escala 1/50.000 e serviu como ponto de partida para a publicação de alguns trabalhos que tiveram como objecto a petrografia, a tectónica e a estratigrafia dessa província, publicados entre 1917 e 1922. […]
Mas talvez tenha sido a obra de Pereira de Sousa dedicada ao terramoto de Lisboa em 1755 – assunto a que dedicou grande interesse ao longo de, praticamente, toda a sua carreira científica – aquela que lhe granjeou maior reconhecimento científico, tanto em Portugal como no estrangeiro. […]»


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Discurso Patético Sobre as Calamidades Presentes Sucedidas em Portugal | Seguimento do Discurso Patético, ou Resposta às Objecções e aos Murmúrios Que Esse Escrito Sobre Si Atraiu em Lisboa | O Cavaleiro de Oliveira Queimado em Efígie como Herético


FRANCISCO XAVIER DE OLIVEIRA
trad., posf. e notas de Jorge Pereirinha Pires
capa de pcd

Lisboa, 2004
frenesi
reed. das 1.as eds. (1756, 1757 e 1762)
190 mm x 130 mm
248 págs.
exemplar novo
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Nunca anteriormente traduzidos, estes seminais textos do «protestante lusitano» prestam simultaneamente serviço à filosofia, à religião e à história do terramoto de 1755.

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Volúpia


ALBINO FORJAZ DE SAMPAIO
ilust. Arnaldo Ressano


Porto, 1940 [aliás, 1939]
Domingos Barreira, Editor – Livraria Simões Lopes
1.ª edição
191 mm x 122 mm
264 págs. + 1 folha em extra-texto
subtítulo: A nona arte: a gastronomia
exemplar estimado, contracapa um pouco suja; miolo irrepreensível
47,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Memoria Historica da Antiguidade do Mosteiro de Leça, Chamada do Balio



ANTONIO DO CARMO VELHO DE BARBOZA

Porto, 1852
Em Casa de Ignacio Corrêa, Editor e Livreiro
1.ª edição
256 mm x 183 mm
8 págs. + 94 págs. + 5 folhas em extra-texto (gravuras)
subtítulo: Da Ordem a que pertenceu, das diferentes alterações, que teve, e dos primitivos povos, que por estes sitios habitaram
ilustrado
encadernação coeva em meia-inglesa com sóbria gravação a ouro na lombada
ligeiramente aparado
sem capas de brochura [?]
exemplar estimado, falhas de papel e restauro antigo nos cantos superiores direitos das primeiras 13 folhas; miolo limpo, papel vagamente manchado
ostenta colado no verso da capa anterior o ex-libris de Henrique Marques
90,00 eur (IVA e portes incluídos)


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domingo, agosto 25, 2024

Viagens na Minha Terra


VISCONDE DE ALMEIDA-GARRETT

Lisboa, 1861
Imprensa Nacional
4.ª edição
2 volumes (completo)
160 mm x 113 mm
[X págs. + 280 págs.] + 240 págs.
encadernações homogéneas coevas em meia-inglesa com gravação a ouro nas lombadas
pouco aparados, sem capas de brochura
exemplares estimados, pastas um pouco gastas; miolo limpo
assinaturas de posse nos frontispícios
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

Obra de um liberal bem intencionado. Uma passagem de um dos primeiros capítulos:
«[...] Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. – No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas de dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? [...]»
É pacífico concluir que a eficácia narrativa das Viagens consiste tanto no novo modelo verbal, inspirado na coloquialidade da fala «vulgar e corriqueira» (disse Aquilino Ribeiro), como no impressionismo pictórico que caracteriza o esboço de locais e horizontes. De facto, ele provou que a relação física do escritor com o espaço, com um ver deambulatório, com um trabalho de campo quase etnográfico e arqueológico, traz resultados positivos, sobremaneira naqueles períodos em que a escrita se converteu num estendal de truques retóricos e chavões estilísticos.

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Biographia Politico-Litteraria do Visconde de Almeida Garrett

 

DOMINGOS MANUEL FERNANDES

Lisboa, 1873
Typ. Luso-Britannica de W. T. Wood
1.ª edição
170 mm x 122 mm
2 págs. + 292 págs.
encadernação de amador inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar estimado, capas de brochura sujas; miolo irrepreensível
30,00 eur (IVA e portes incluídos)


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A Peste



JOAQUIM LEITÃO

Lisboa, 1901
Livraria Central de Gomes de Carvalho – Editor
1.ª edição
185 mm x 126 mm
XVI págs. + 228 págs.
subtítulo: Aspectos moraes da Epidemia Nacional
encadernação da época (muito provavelmente editorial*) em tela encerada com gravação a seco nas pastas e a ouro na lombada
[pouco aparado, sem capas de brochura]
exemplar muito estimado; miolo limpo
ostenta colado no verso da pasta anterior o ex-libris de J. G. Mazziotti Salema Garção e no frontispício selo branco do mesmo
130,00 eur (IVA e portes incluídos)

Joaquim Leitão (1875-1955), escritor e historiógrafo, durante muitos anos secretário-geral da Academia das Ciências de Lisboa, com vasta obra publicada, em que são relevantes os seus dois livros acerca da queda da monarquia, D. Carlos, o Desventuroso e Os Cem Dias Funestos, mas também a monografia O Palácio de S. Bento. Uma passagem significativa da introdução de A Peste:
«[...] Os fidalgos veem-se reduzidos a não usar o titulo por não poderem pagar os direitos de mercê.
O povo vae a caminho de não poder usar a bandeira da nação por não poder pagar os juros da sua divida externa.
Como os fidalgos tambem, o povo portuguez, a quem a governação esbanjou com concubinas e tipoias de espelhos a legitima da India, do Brasil e lhe não pôde já entregar os seus vinculos d’Africa por o descuido na cobrança os ter feito caducar, – o povo, que não tem uma educação mundana a disfarçar-lhe as emoções, é logicamente, legalmente, um povo triste, que não sabe rir, que não sabe correr, que para defender-se d’algum safanão faria, como unico esforço, o que fazem as creanças doentes: tapar a cara com os braços e receber aninhadas a tapona.
Todo o homem nascido dentro de Portugal, n’este momento historico, por mais saudavel e forte que seja, jámais aprenderá como se dá uma gargalhada.
A geração do sr. Eça de Queiroz ainda conseguiu esboçar um rictus, que deu a ironia das Farpas.
A geração de Fialho d’Almeida já vinha com os dentes ferrados nos beiços, e a sua ironia já é pungente, não sorri por crevetismo, ri nas bochechas do idolo com a violencia de quem desfeiteia por odio e não por garotice.
Depois é que viemos nós, que já nem isto podemos fazer.
A Peste não teve, pois, a animal-a o brilho mundano d’uma ironia de salão, e se quizesse ser demolidora teria de seguir as crispações dos Gatos.
Mas, contra isso tudo conspirava. Os homens, que Fialho d’Almeida atacou com uma violencia e uma independencia inquebrantavel e nobre, ou porque não haja outros melhores ou porque este paiz já não tem laivos de vergonha, são ainda os mesmos que nos governam, que nos representam, e que ainda nos arruinariam, se já não nos houvessem comido tudo quanto nos legaram os avósinhos.
Isto bastava para que não fôra meu empenho nem proposito o apear heroes de opereta e jogar o pim-pam-pum alvejando bonecos a buchas de papel. Depressa me convenci de que a obra demolidora era por agora inutil. O vocabulo pamphletario desbotara-se, a sua intensidade relaxara, e ao chamar-se-lhes ladrões ou chibos, os homens já não córavam nem tremiam. O papel do escriptor revelava-se definitivamente doutrinario, e a tarefa dos demolidores desempenhar-se-hia com outras armas. A penna de fórma alguma convinha: talvez a dynamite. [...]»

* A obra foi originalmente comercializada em fascículos («pamphletos mensaes»), e já aparece, no vertente volume, nas «obras do mesmo auctor», com indicação de preço para a modalidade encadernada.

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Odio Velho Não Cança



L. A. REBELLO DA SILVA

Lisboa, 1848
Na Typographia da Epoca
1.ª edição
2 tomos (completo) enc. 1 vol.
157 mm x 113 mm
[XXIV págs. + 200 págs.] + 240 págs.
luxuosa encadernação em meia-inglesa gravada a ouro na lombada
pouco aparado, sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

A acção deste magnífico romance histórico de Luís Augusto Rebelo da Silva (1822-1871) decorre no princípio do século XIII, encenando o rapto e violação de Maria Pais, amante de D. Sancho I, segundo rei de Portugal.

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Os Marechaes de D. Maria II

 

EDUARDO DE NORONHA

Lisboa, s.d.
João Romano Torres & C.ª – Editores
1.ª edição
190 mm x 124 mm
300 págs.
subtítulo: Saldanha, Terceira e Santa Maria – A Historia e a anedota
exemplar estimado, lombada envelhecida; miolo irrepreensível, parcialmente por abrir
35,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Na Pista do Marfim e da Morte


FERREIRA DA COSTA
capa e ilust. Manuel Roiz Ribeiro [Manuel Ribeiro de Pavia]

Porto,1944
Editôra Educação Nacional, L.da
1.ª edição
191 mm x 132 mm
488 págs.
subtítulo: Reportagens Africanas Vividas e Escritas
ilustrado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível, parcialmente por abrir
é o n.º 24 da tiragem especial de 100 exemplares numerados e assinados pelo Autor
inclui a folha publicitária (4 págs.) a uma outra obra do Autor
70,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Historia de Portugal nos Séculos XVII e XVIII



LUIZ AUGUSTO REBELLO DA SILVA

Lisboa, 1860 a 1871
Imprensa Nacional
1.ª edição
5 tomos (completo)
218 mm x 142 mm
[XVIII págs. + 568 págs.] + [8 págs. + 662 págs.] + [8 págs. + 582 págs.] + [8 págs. + 664 págs.] + [8 págs. + 616 págs.]
um volume com encadernação em meia-inglesa gravada a ouro na lombada e sem capas de brochura, os outros quatro volumes encontram-se em brochura
exemplares muito estimados; miolo limpo, por abrir nos volumes em brochura
assinatura de posse no frontispício do tomo I
280,00 eur (IVA e portes incluídos)

De Rebelo da Silva (1822-1871) diz-nos o Dicionário de História de Portugal (Joel Serrão, org., vol. V, Iniciativas Editoriais, Lisboa, 1979):
«[...] Como historiador, também procurou tomar Herculano como modelo, mas preferiu estudar o período dito moderno. [...] [Esta sua História... é um] trabalho sem dúvida meritório pelos dados informativos que reúne, mas cujo conteúdo não corresponde ao título. Com efeito, Rebelo da Silva [certamente porque a morte veio interromper o seu trabalho] quedou-se pelos finais do século XVI e só furtivamente, num ou noutro plano, penetra na matéria seiscentista. [...]»

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Ensaio Biographico-Critico Sobre os Melhores Poetas Portuguezes

 

JOSÉ MARIA DA COSTA E SILVA

Lisboa, 1850-1855
Na Imprensa Silviana (ed. João Pedro da Costa após o tomo VI)
1.ª edição
10 tomos enc. em 5 volumes (completo)
204 mm x 132 mm
[(302 págs. + 1 folha em extra-texto) + 334 págs.] + [342 págs. + 334 págs.] + [336 págs. + 370 págs.] + [330 págs. + 314 págs.] + [320 págs. + 376 págs.]
ilustrado com gravura-retrato do autor no tomo I
encadernações homogéneas coevas em meias-inglesas elegantemente gravadas as ouro nas lombadas
pouco aparados, sem capas de brochura
exemplares muito estimados; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO E ESTUDO
380,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos Inocêncio Francisco da Silva, no Diccionario Bibliographico Portuguez (tomo V, Imprensa Nacional, Lisboa 1861):
«José Maria da Costa e Silva, natural de Lisboa, e nascido a 15 de Agosto de 1788 […]. Destinava‑se ao estudo da medicina, sciencia de sua particular predilecção; porém circumstancias de familia, e a morte prematura de seu pae, obstaram a que realisasse aquelle projecto.
Começou desde a adolescencia a cultivar a poesia, e tinha, segundo elle affirma, dezesepte annos quando compoz o seu poema intitulado o Passeio. Pelo mesmo tempo consta que escrevêra algumas tragedias, porém foi pouco feliz n’esses ensaios […]. De genio algum tanto taciturno, caracter indolente e desambicioso, e por natureza avêsso a qualquer subjeição ou constrangimento, havia em si uma formal negação para o exercicio de cargos publicos; e bem o mostrou quando admittido como Official papelista, ou praticante na secretaria do tribunal da Meza da Consciencia e Ordens, ao cabo de poucos dias se desgostou, a ponto de não mais voltar á repartição, abandonando o logar, e não curando de procurar outro. Como occupação mais independente e analoga aos seus habitos deu‑se a escrever para o theatro, e d’ahi tirou por mais de vinte annos os recursos para a sua parca sustentação, fazendo representar n’esse intervalo mais de duzentos dramas imitados, ou traduzidos de diversas linguas, entre elles alguns originaes, e uma immensidade de elogios dramaticos, genero que andava n’aquelle tempo muito em voga.
No principio de 1834 foi convidado para redigir a Chronica Constitucional de Lisboa, e desempenhou este encargo durante alguns mezes, se não me engano até que este jornal passou a intitular‑se Gazeta Official do Governo. […]

Em 22 de Fevereiro de 1836 alguns seus amigos, que eram então vereadores da Camara Municipal de Lisboa, lembraram‑se de premiar o seu merito litterario, e de proporcionar‑lhe mais azada subsistencia, conferindo‑lhe, sem que o requeresse, o logar de Director da secretaria da mesma Camara: serviu como tal durante alguns annos, até que vagando o logar d’Escrivão da municipalidade, para elle foi nomeado em 17 de Agosto de 1841, e confirmado por carta regia de 17 de Dezembro do mesmo anno, sem que tambem d’esta vez intervisse para isso alguma diligencia da sua parte.
Vivendo sempre mais para as letras que para o emprego, e tractando comtudo de preencher as suas obrigações tanto quanto as forças e a saude lh’o permittiam, viu correr menos mal os ultimos annos da vida, apenas annuveados por alguns dissabores domesticos passageiros. Atacado de molestia subita, expirou quasi de repente na manhã de 25 de Abril de 1854 […]. Foi sepultado no cemiterio dos Prazeres. Legou por unica herança a seus filhos a reputação de homem probo, desinteressado e verdadeiro cultor das letras. Os seus bens todos consistiam, além da mobilia indispensavel da casa, na pequena livraria do seu uso, constante de uns mil e seiscentos volumes, quasi todos de obras poeticas em diversas linguas […]. Deixou tambem alguns trabalhos de propria composição, ainda ineditos; parte dos quaes existirão talvez em mão da sua viuva, e a continuação do Ensaio Biographico em poder do falecido guarda‑mór da Camara Municipal João Pedro da Costa, e hoje do filho d’este, successor no mesmo emprego. […]»

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Guerra Junqueiro – Como Êle Escrevia


TOMÁS DA FONSECA

Coimbra, 1924
Coimbra Editora, Lim.ª – Antiga Livraria França & Arménio
1.ª edição
257 mm x 192 mm
32 págs. + 1 extra-texto (pequeno cromo reproduzindo retrato de Junqueiro, colado na pág. 5)
subtítulo: Considerações sôbre o manuscrito de “Os Simples”
composto manualmente, impressão sobre papel avergoado
inclui fac-símile de uma página do referido manuscrito
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível, parcialmente por abrir
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Completa o pequeno ensaio de Da Fonseca um conjunto de seis cartas inéditas do poeta republicano.

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A Velhice do Padre Eterno


GUERRA JUNQUEIRO
ilustrações de Leal da Camara

Porto, s.d. [1912 ?]
Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, editores
[1.ª edição ilustrada]
197 mm x 134 mm
8 págs. + 272 págs.
profusamente ilustrado no corpo do texto
encadernação editorial em tela encerada com a pasta anterior e a lombada gravadas a ouro, e relevo seco na pasta posterior, cromo polícromo colado
folhas-de-guarda impressas
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

As ilustrações que o caricaturista Leal da Câmara concebeu, em 1912, para esta edição da célebre Velhice, acompanham, em tom maior, a sátira e o anticlericalismo do poeta.

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Martinhada [junto com] A Martinhada[,] Uma Raridade Bibliográfica

 


CAMÕES DO ROSSIO
JOÃO JARDIM DE VILHENA

Lisboa, 1982 | Coimbra, 1943
& etc – Publicações Culturais Engrenagem, Lda. | Biblioteca da Universidade
s.i. + 1.ª edição
[205 mm x 164 mm] + [246 mm x 160 mm]
32 págs. + 12 págs.
exemplares muito estimados; miolo irrepreensível
LOTE VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DE JOÃO JARDIM DE VILHENA [NÃO ASSINADA]
peça de colecção

180,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da nota de apresentação [de Aníbal Fernandes] na brochura da casa & etc:
«Gordo, atarracado, senhor de uma expressividade cómica que uns óculos irrisórios acentuam, assim corre na literatura alheia Caetano José da Silva Sotomaior – Juiz do Crime do Bairro da Mouraria e Corregedor do Bairro do Rossio. […]
Da personagem – tão querida de el-rei que se deu a liberdades invulgares num magistrado, meteu impunemente a ridículo muita gente que não era para graças e, vai não vai, entrou no serralho de Odivelas para versalhar ao desafio com freirinhas do aviário real – diremos que se afamou de poeta em Coimbra nos tempos em que andava ao Direito Canónico, e ali mesmo fez a sua alcunha de Camões. Do Rossio acrescentaram-lhe os lisboetas quando se instalou na praça para ficar, até à morte em 1739 (com cerca de 45 anos).
Passado à posteridade e ao mito pela graçola, fácil é esquecer que foi erudito da Academia Real de História […]. Os seus sonetos, esses figuram entre os melhores da época (dizem os críticos), o que mais indigna os bem-pensantes contra a Martinhada que este Camões (do Rossio, embora) obscenisa sem qualquer resguardo, cantando as sensualidades generosas de Frei Martinho de Barros, confessor privativo de el-rei. […]
Sucesso de séculos feito por edições clandestinas (de Portugal e do estrangeiro se acreditarmos em antiquíssimas indicações tipográficas), é porventura dos mais altos pontos na pornografia “à portuguesa”, a que transgride ao jeito popular e se conforma em acenar de longe aos massacres da subversão. Frei Martinho viola e desvirga brutalmente uma donzela na presença da mãe e da criada, mas este quadro cheio de “potencialidades” nada sabe do Marquês de Sade – ainda por nascer e a duas fronteiras de distância.»

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Um Anjo no Trapézio

 

MANUEL DA FONSECA
capa de Pilo da Silva


Lisboa, 1968
Prelo Editora
1.ª edição
197 mm x 143 mm
144 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA EXTENSA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO CAMARADA RESISTENTE ANTIFASCISTA VIRIATO CAMILO
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Neo-realista militante de partido, o Autor, todo este seu livro de contos tem o sabor literário só proporcionável por um alentejano que vem à cidade observar-nos. Uma passagem que nos ilustra sob esse olhar:
«[...] Vindo do lado da Cordoaria, a rua é estreita como um beco. Alarga à medida que desce. Mas continua sempre estreita, angustiada, exígua. Fora e dentro das casas, nos quartos divididos por tabiques, nos corredores. Até nas janelinhas de sacada, bonitas à sua maneira, mas onde mal se cabe.
É preciso falar, sair das casas, senão sufoca-se. É preciso viver à vista da rua. Contar tudo, em grupos, pelas tabernas ou de longe, de porta para porta, de janela para janela. Desabafar, senão cometem-se crimes. Gritar o que se fez ou anda a pensar fazer. O que se viu ou ouviu. Tudo. Principalmente acontecimentos da vida íntima. Nossa ou alheia.
Velhos como a rua, de pé, no minúsculo degrau que faz de passeio, os barbeiros analisam os factos, criticam. Os diálogos refilam de uma vivacidade crua e mordaz. A ninguém, homem, mulher ou criança, nenhuma palavra é vedada. Obscena, cruel, satírica, odiosa, desde que sirva usa-se de voz corrente e simples. [...]»

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Aldeia Nova


MANUEL DA FONSECA
capa de Manuel Ribeiro de Pavia

Lisboa, 1942
Livraria Portugália
1.ª edição
198 mm x 136 mm
196 págs.
encadernação recente em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo
assinaturas de posse no ante-rosto e no rosto
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

É o primeiro livro em prosa do autor, dando-nos o retrato de um Alentejo empobrecido de que o Partido Comunista Português fez campo de preparação ideológica, e até física, para a resistência à ditadura de Salazar.

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Aldeia Nova

 

MANUEL DA FONSECA
capa de Isabel Lobinho

s.l. [Lisboa], 1978
Forja
6.ª edição
199 mm x 137 mm
256 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Seara de Vento

 

MANUEL DA FONSECA
capa de Isabel Lobinho

s.l. [Lisboa], 1980
Forja
11.ª edição
197 mm x 136 mm
256 págs.
exemplar estimado, pequenos vincos na capa; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Vida Vitoriosa


JOÃO DE BARROS
capa de Machado da Luz

Lisboa, 1943
Livraria Bertrand
«nova edição»
192 mm x 124 mm
308 págs.
subtítulo: Poesias escolhidas
exemplar estimado, capa empoeirada; miolo limpo, por abrir
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Sogro de Marcello Caetano, foi um entusiasta da aproximação cultural luso-brasileira, tendo co-dirigido a revista Atlântida (1915-1920), que incluiu colaboração dos principais escritores lusófonos da época. Dedicou os últimos anos de vida à adaptação para a juventude de alguns dos mais famosos textos clássicos, entre os quais versões em prosa para Os Lusíadas, a Peregrinação, a Odisseia, etc.

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Os Versículos Satânicos


SALMAN RUSHDIE
trad. Ana Luísa Faria e Miguel Serras Pereira

Lisboa, Outubro de 1989
Publicações Dom Quixote, L.da / Círculo de Leitores, L.da
1.ª edição
235 mm x 160 mm
496 págs.
com sobrecapa
exemplar muito estimado; miolo limpo
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

No frontispício, sob os nomes dos tradutores, figura o apoio cautelar que esta publicação mereceu dalgumas instituições portuguesas. Assim:
«A Secretaria de Estado da Cultura apoia moralmente a edição e distribuição desta obra, com base nos artigos 37.º e 42.º da Constituição da República Portuguesa.
Manifestam igualmente o seu apoio a esta edição a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, a Associação Portuguesa de Escritores, o PEN Clube Português e a Sociedade Portuguesa de Autores.»
Ora aqui está um livro a que o fanatismo islâmico muito ajudou os editores ocidentais a engordar. Os ódios, na altura acesos contra o seu autor, criaram um dos muitos sucessos mercantis que vão dando alento à decadência do capitalismo. E afinal tudo baseado na mera exploração comercial do poder simbólico da palavra escrita, e da criatividade artística em geral. Todos os ingredientes foram, pois, postos no assador: perseguição física do autor, ameaças de morte a editores e tradutores, exércitos inteiros de estupidez mobilizados contra um monte de papéis impressos. O habitual, na era dos autoritarismos renascentes, na era do declínio planetário da humanidade.

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O Vestido Vermelho

STIG DAGERMAN
trad. e prefácio de Irene Lisboa
capa de Infante do Carmo

Lisboa, 1958
Editorial Estúdios Cor, Lda.
1.ª edição
193 mm x 143 mm
336 págs.
é o n.º 28 da Colecção Latitude, dirigida por Nataniel Costa
exemplar estimado; parcialmente por abrir
sinais do efeito continuado da luz na lombada
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Nota de badana na 2.ª edição, assinada P.C.D., edição à qual o editor suprimiu o Prefácio da tradutora (Edições Antígona, Lisboa, 1989):
Enfim, a morte estigmatiza a vida de todos os homens. Diz-se que é para a consciência da morte que nascemos... E se alguns parece quererem iludir tal facto, e a sua vida se destrói na ignorância da morte, certo é que outros – menos, talvez – fizeram delas um arame vibrátil cujas ressonâncias preserva o tempo. E, inalienavelmente, ainda outros – escassíssimos estes – converteram a acerada dor no sentimento estruturante da sua permanência. Depressa o Mundo, avaro de estima, desrespeitando-os, acelerou neles a fatalidade.
Quando a 5 de Outubro de 1923 nascia o sueco Stig Dagerman, era para a paixão da morte a certeza a que se propunha. Todos os seus escritos prenunciam e pronunciam a laboriosa construção de edifício assim. Ou barca... – já que um navio é sempre uma casa à deriva. O niilismo de Dagerman por demais se afigura a nossa esperança soçobrada nos adiamentos que o século vem impondo à mudança do Homem, à superação daquilo que nos aliena. Anarquista. Anarquista da abrupta falésia stirneriana; enigmaticamente ele teve um senso da dádiva social (ou seja da Vida colectiva) como poucos. Bastaria referir que o seu primeiro casamento partiu da generosidade em conferir um nome sueco a uma refugiada anarco-sindicalista alemã, durante a II Guerra Mundial.
Atribuir, embora com subtileza, a uma infância infeliz a causa dos males que sempre atormentaram quem luta por inverter o avesso opaco da subvivência parece-me um logro excessivo. Toda a revolta que demora em concretizar os objectivos pressupostos degenera, vazando o vazio do Mundo no coração do Homem. Sedento de apaziguamento, Dagerman saciou-se com o suicídio, aos 31 anos de idade...
À tradução da escritora Irene Lisboa nada disto escapa.

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Vida do Beato Nuno Alvarez Pereira

 

VALERIO A. CORDEIRO

Lisboa, 1921
Edição da Livraria Catholica
2.ª edição
193 mm x 130 mm
256 págs. + 6 folhas em extra-texto
subtítulo: Santo Condestavel
ilustrado no corpo do texto e em separado
exemplar com a capa envelhecida e restaurada; miolo limpo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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quinta-feira, agosto 22, 2024

Férias com Salazar



CHRISTINE GARNIER
fotografias de António Rosa Casaco

Lisboa, Junho de 1952
Parceria António Maria Pereira
3.ª edição
209 mm x 159 mm
240 págs. + 16 folhas em extra-texto (reproduções fotográficas)
encadernação inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

No memorial de Antónia Maria Pereira, Parceria A. M. Pereira – Crónica de Uma Dinastia Livreira (Pandora Edições, Lisboa, 1998), recorda essa descendente do fundador a circunstância em que Salazar “entra” na editora que foi a casa portuguesa designada para a edição nacional da obra em referência:
«[...] A mulher de AMP, Maria Helena, tem um sentido mais prático da vida e resolve, ela própria, pedir ajuda ao Chefe de Governo em carta manuscrita onde invoca a sua condição de esposa de AMP, católica praticante e mãe de quatro filhos e comunica a impossibilidade de concretização do desejo manifestado por Sua Excelência de manu­tenção da casa centenária dentro da mesma família, pois a livraria irá ser vendida a uma editora estrangeira – possibilidade verídica – devido a uma inaguentável situação financeira. Salazar não responde, mas ordena que a CNE – Companhia Nacional Editora, pertença do Estado, adquira, de imediato, as quotas de familiares sócios de AMP, proceda ao saneamento financeiro da empresa, para, depois, as mesmas serem readquiridas e tudo ficar dentro da mesma família. AMP, se já venerava o estadista, passa a adorá-lo e, qual crente a quem é concedida a graça de estar perante o seu Deus, não consegue sequer ir pessoalmente agradecer a benesse, pois teme não controlar as suas emoções perante a LUZ...
Entre as intenções e a realidade vai um abismo e AMP, depois de tanta luta e sofrimento para manter a casa, cai nesse abismo para não mais se levantar. Salazar dera ordens mas tem de que se ocupar, não pensa mais no assunto e os delegados da CNE, no bom espírito do Estado Novo, concebem o encargo como um bom “tacho”. Publica-se Férias com Salazar, da jornalista francesa Christine Garnier, com fotografias do pide António Rosa Casaco – o eventual primeiro gesto de saneamento financeiro da empresa –, e o êxito é estrondo­so, cinco edições esgotam rapidamente; a sexta, porém, já não ostenta o nome da Parceria mas o da CNE... [etc., etc...]»

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O Meu Menino



SAMUEL MAIA

Lisboa, s.d. [circa 1928]
Portugal – Brasil Sociedade Editora Arthur Brandão & C.ª
1.ª edição
185 mm x 121 mm
256 págs.
subtítulo: Como o hei-de gerar, criar e tratar se adoecer
ilustrado
encadernação editorial inteira em tela encerada com gravação a ouro na pasta anterior e na lombada, relevo seco em ambas as pastas
conserva a capa anterior da brochura
exemplar estimado; miolo no geral limpo, o capítulo «Memorial do meu menino» encontra-se preenchido
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

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Claudio

 

JULIO CESAR MACHADO

Lisboa, s.d.
Empreza Editora, Carvalho & C.ª
2.ª edição
191 mm x 129 mm
284 págs.
encadernação inteira em imitação de pele elegantemente gravada a ouro na lombada, folhas-de-guarda em papel-nuvem
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
60,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Canções


ANTONIO BOTTO
capa de Fred Kradolfer

Lisboa, 1932
Edições Paulo Guedes
nova edição definitiva (17.º milhar)
178 mm x 128 mm
208 págs.
subtítulo: Nova Edição Definitiva de Toda a Obra Poética do Autor com Oito Canções Inéditas e um Estudo Crítico de Teixeira Gomes Antigo Chefe de Estado
composto manualmente
exemplar com o miolo em estado muito aceitável, com alguns picos de humidade; assinatura de posse no frontispício
peça de colecção
130,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz Manuel Teixeira-Gomes na Marginalia que encerra o volume: «[...] Ah! como se pode ainda pôr em duvida que o amôr opéra milagres. Se milagres ha ou houve jamais, é no amôr que se lhe deve procurar a origem, porque só elle possue o dom divino de os fazer. A inspiração poetica é um milagre do amôr, que se revela rythmado, á semelhança do pulsar do coração... [...]»
Acrescentamos que a homossexualidade do autor acabou por, na boca depreciativa da crítica “literária” da sua época, sobrepor-se à excelência da sua arte.

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Paixão de Maria do Céu

 

CARLOS MALHEIRO DIAS

Rio de Janeiro (Brasil) [impresso em Lisboa], s.d.
Livraria Francisco Alves & C.ª Editores Proprietarios
«nova edição»
202 mm x 138 mm
386 págs.
impresso sobre papel superior algodoado
encadernação inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado, pequenos restauros nas capas da brochura; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)


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