quarta-feira, julho 30, 2025

Literatura Marginal izada. Novos Ensaios

 

ARNALDO SARAIVA
capa de João Machado


Porto, 1980
Edições Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas
1.ª edição (reunida)
185 mm x 112 mm
176 págs.
subtítulo: Hinos nacionais – Entrevista e polémica – Revista (à) portuguesa – Conto popular – Anúncio – Graffiti – Crónica – Epígrafe – Canção – O caso Santos Cravina
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

«Tudo na vida é uma questão de poder e de totalitarismo. Tudo, na nossa sociedade, é uma questão de regulação dos poderes e de vigilância de todas as formas de totalitarismo. Simplesmente: tudo é uma questão de linguagem. Não é por isso um exercício fútil averiguar as relações entre a “margem” ou as “margens” e o “centro” ou os “centros” através da análise da linguagem organizada das literaturas orais, populares, tradicionais, de massa e de vanguarda, a que Arnaldo Saraiva tem chamado literaturas marginais ou marginalizadas. […]
Pensar e escrever como Arnaldo Saraiva pensa e escreve, sem hesitar em estudar António Aleixo ou Joaquim Moreira da Silva com a profundidade com que estuda Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade ou Eugénio de Andrade, é transformar o mundo. Arnaldo Saraiva nunca se preocupou com aqueles espíritos tecnocráticos e arreigadamente burgueses para os quais não é próprio de um intelectual universitário ocupar-se da análise e divulgação do pensamento e da palavra desses poetas, ou do pensamento e da palavra do poeta colectivo que molda milhares de textos sobretudo orais. Mas o facto é que nos seus escritos há passagens como esta, que se nos impõem pela revelação do que é, afinal, uma evidência: “A criatividade e a sensibilidade linguística e literária não são exclusivas do homem culto, rico, burguês; elas existem em todos os homens que as exercitem; e nunca deixou de haver homens de classes trabalhadoras e até analfabetos a exercitá-las, ainda que desencorajados por toda a espécie de limitações e de censuras”. […]»
(Fonte: Carlos Nogueira, Arnaldo Saraiva e as Literaturas Marginais e Marginalizadas, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, Lisboa 2009)

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