ARNALDO SARAIVA
capas de João Machado
Porto, 1975 e 1980
Edições Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas
1.ª edição (reunida, ambos)
2 volumes
185 mm x 112 mm
172 págs. + 176 págs.
subtítulos: [a] Vanguarda – Tradução – Crítica – Literatura pobre – Linguagem e política – Gralha – Sobre o slogan "O povo unido jamais será vencido";
[b] Hinos nacionais – Entrevista e polémica – Revista (à) portuguesa –
Conto popular – Anúncio – Graffiti – Crónica – Epígrafe – Canção – O caso
Santos Cravina
exemplares em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
[a] carimbo de posse de Rafeal [Gonçalo] Gomes Filipe
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
«Tudo na vida é uma questão de poder e de totalitarismo. Tudo, na nossa
sociedade, é uma questão de regulação dos poderes e de vigilância de todas as
formas de totalitarismo. Simplesmente: tudo é uma questão de linguagem. Não é
por isso um exercício fútil averiguar as relações entre a “margem” ou as “margens”
e o “centro” ou os “centros” através da análise da linguagem organizada das
literaturas orais, populares, tradicionais, de massa e de vanguarda, a que
Arnaldo Saraiva tem chamado literaturas marginais ou marginalizadas. […]
Pensar e escrever como Arnaldo Saraiva pensa e escreve, sem hesitar em estudar António
Aleixo ou Joaquim Moreira da Silva com a profundidade com que estuda Fernando
Pessoa, Carlos Drummond de Andrade ou Eugénio de Andrade, é transformar o mundo.
Arnaldo Saraiva nunca se preocupou com aqueles espíritos tecnocráticos e
arreigadamente burgueses para os quais não é próprio de um intelectual
universitário ocupar-se da análise e divulgação do pensamento e da palavra
desses poetas, ou do pensamento e da palavra do poeta colectivo que molda
milhares de textos sobretudo orais. Mas o facto é que nos seus escritos há
passagens como esta, que se nos impõem pela revelação do que é, afinal, uma
evidência: “A criatividade e a sensibilidade linguística e literária não são
exclusivas do homem culto, rico, burguês; elas existem em todos os homens que
as exercitem; e nunca deixou de haver homens de classes trabalhadoras e até
analfabetos a exercitá-las, ainda que desencorajados por toda a espécie de
limitações e de censuras”. […]»
(Fonte: Carlos Nogueira, Arnaldo Saraiva e as Literaturas Marginais e Marginalizadas,
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova – Instituto de
Estudos de Literatura Tradicional, Lisboa 2009)
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