sábado, setembro 06, 2025

Diário do Último Ano


FLORBELA ESPANCA
prefácio de Natália Correia

Amadora, 1981
Livraria Bertrand
1.ª edição
210 mm x 160 mm
72 págs.
subtítulo: Seguido de um poema sem título
capa impressa a duas cores e relevo seco
exemplar estimado; miolo irrepreensível
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do notável Prefácio da escritora Natália Correia:
«[...] Actriz do seu ser mítico de que está assombrada, Bela representa-se como diva do simbolizante feminino. A frívola dissipa-se na inconstância da sua insaciabilidade, sempre a pedir novos enganos à vida, a provocar o clímax da sua agonia para expirar, na morte, o hálito puro da profunda. Os adereços da sua tragédia têm a futilidade das paixões vãs e fugidias que a consomem; a barateza das jóias de um guarda-roupa teatral: as pérolas do colar com que, nos lances dramáticos da sua sede de ser única, Bela aperta cada vez mais o seu pescoço de cisne até soltar o canto que se requinta quando a ave real dos lagos vai morrer. Esse pechisbeque fulgente do cognato frívolo da sua profundidade sequiosa de infinito – requisito bicéfalo da vigência mítica de que Florbela é sujeito dramático – chispa nas fulgurantes banalidades dos seus versos. Uma poesia maquilhada com langores de estrela de cinema mudo. Carregada de pó-de-arroz. Mas quem espalha essa poalha perfumada é a mão da virgem que nela se envolve para velar a sua intangibilidade. E mais se esconde quanto mais persuasivos forem os ritmos sensuais da fútil. [...]»

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