LUIZ MARINHO DE
AZEVEDO
Lisboa, 1753 (ambas as partes)
Na Officina de Manoel Soares (I. parte) / Na Officina de
Domingos Rodrigues (II. parte)
[2.ª edição]
21 cm x 15,7 cm
2 partes [livros I e II + III e IV] enc. em 1 volume
(completo)
I parte: para além
da folha de ante-rosto, encasada mas não pertencente aos cadernos do miolo, tem
30 págs. (não numeradas: rosto, dedicatória, prólogo, catálogo dos autores e
licenças) + 170 págs. (livro primeiro) + 118 págs. (livro II) + 2 págs.
(advertência); II parte: 2 págs.
(rosto) + 266 págs. (livros III e IV)
subtítulo: Catalogo
| de feus Prelados, e mais coufas
Ecclefiafticas, e Politicas até | o
anno de 1147, em que foi ganhada aos Mouros por El-Rey | D. Affonfo Henriques. [...] Offerecida | á Fedelissima, e Augustissima | Magestade
Del-Rey | D. Joseph I. | Nosso Senhor | por feu minimo vaffallo | Manoel
Antonio | Monteiro de Campos [...]
encadernação antiga inteira em pele mosqueada com gravação a
ouro na lombada, vinhetas de florália acentuando as nervuras
pouco aparado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo, leve
acidez do papel
ostenta na folha de ante-rosto uma assinatura de posse
coeva, «He de Jeronymo Bernd.º Osorio de Castro custou 500 reis em 24 de Junho de 1754»
carimbos da Quinta das Lágrimas de M. Osório no frontispício
da I. parte e à margem da pág. 17 da mesma
RARA PEÇA DE COLECÇÃO
750,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Do Diccionario Bibliographico Portuguez (tomo XVI [Brito Aranha], Imprensa Nacional, Lisboa,
1893):
«Parece que [Luiz] Marinho [de Azevedo] foi um dos redactores
das primeiras gazetas publicadas em 1640, segundo uma nota manuscripta que se
lia em um numero da Gazeta de 1641 existente na bibliotheca municipal do
Porto. [...]
Acerca da obra [...] Primeira parte da fundação,
antiguidades e grandezas da mui insigne cidade de Lisboa, etc., é
necessario advertir o seguinte:
Ha d’esta obra duas edições
totalmente diversas, ambas com a indicação de impressas em 1753, em 4.º.
Uma d’ellas não tem nome do
impressor, e indica simplesmente no rosto: “A custa de Luiz de Moraes, mercador
de livros á praça da Palha. Lisboa, 1753”. Com dedicatoria assignada por Luiz
de Moraes a el-rei D. José I.
A outra tem no frontispicio:
“Offerecida á fidelissima e augusta magestade de el-rei D. José I por Manuel
Antonio Monteiro de Campos, e á sua custa impresso”. A primeira parte, ou tomo,
é impressa em Lisboa na officina de Manuel Soares, 1753; e a segunda parte
impressa tambem em Lisboa por Domingos Rodrigues, 1753.
Note-se que a dedicatoria a
el-rei, assignada por Manuel Antonio Monteiro de Campos é sem a menor alteração
a mesma que na outra edição se lê com a assignatura de Luiz de Moraes.
Note-se igualmente que as
licenças para a impressão da publicada por Monteiro de Campos tem as datas de
maio e junho de 1753; e as da que publicou Moraes são datadas de setembro do
mesmo anno. E todavia é esta ultima que se declara [erradamente] no
frontispicio: “Segunda edição correcta e emendada”. A outra não tem declaração alguma, parecendo aliás que
saíu primeiro. [...]
Innocencio possuia um
exemplar da edição de Monteiro de Campos.
O conselheiro Figanière e
Teixeira de Vasconcellos possuiam exemplares da de Moraes.
Foi este ultimo escriptor e
illustre jornalista, um dos primeiros bibliophilos em notar as differenças das
duas edições. [...]»
No plano cultural e científico, trata-se de uma rara descrição da história de Lisboa, com especial relevo para os estudos epigráficos, por ser testemunho de factos e fontes que o terramoto de 1755 veio destruir ou soterrar.
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