domingo, outubro 22, 2023

A Metamorfose das Plantas

 

[J. W.] GOETHE
trad., pref., notas e apêndices de Maria Filomena Molder

Lisboa, 1993
Imprensa Nacional – Casa da Moeda
1.ª edição
240 mm x 150 mm
88 págs.
exemplar como novo
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do prefácio da tradutora:
«[…] No pensamento ocidental, a relação entre natureza e obra de arte é bem antiga, encontramos a sua primeira e intensa tematização em Aristóteles, sobretudo na Física e na Poética (embora esteja presente já nos textos platónicos, em particular na República e no Timeu), e, percorrendo todo o pensamento medieval, há-de atravessar vários séculos sob diferentes formulações até chegar a ser incorporada onde menos seria de esperar, no pensamento kantiano, quando se tornou necessário incluir no espaço da inteligibilidade a plenitude abundante das formas vivas e uma experiência inédita de contemplação em relação a formas, sejam ou não produzidas pelo homem, que supõem sempre uma antecipação, a única que se faz visível sem qualquer incongruência, as formas belas, às quais o poder do entendimento é alheio. Se Kant parte da forma bela para a forma viva e a expressão técnica da natureza, aplicada à natureza como abundância de formas, tem origem, com efeito, na metáfora artística […], Goethe reacende o movimento inverso, integrando o movimento kantiano, ao acentuar a equivalência metafórica e ao assinalar a sua génese. O que quer dizer que, se podemos encontrar analogia entre as formas vivas e as formas belas, também a analogia inversa se pode efectuar, mas, muito mais ainda, se a analogia se funda sobre a afinidade dos processos formativos de uma e de outra, o seu verdadeiro alcance só é captado através da compreensão da procedência das formas naturais sobre as formas poéticas, cuja fabricação é, assim, de essência mimética. […]»

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