s.l. [Valdisca (Odemira)], 1 de Junho de 1886 a 22 de
Fevereiro de 1888
41,3 cm x 27,2 cm
2 x 95 págs. (deve | haver)
encadernação inteira em feltro com rótulo gravado a ouro na
lombada
exemplar estimado; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
150,00 eur (IVA e
portes incluídos)
O apeadeiro de Val da Isca, originalmente denominado de
Valle d’Isca, e também conhecido como Valdisca, foi uma gare ferroviária da
Linha do Sul, situada na zona do mesmo nome, concelho de Odemira. Encontrava-se
no troço entre Amoreira-Odemira e Faro, que entrou em funcionamento no dia 1 de
Julho de 1889. (Fonte: Arquivo Histórico e Centro de Documentação da CP –
Comboios de Portugal)
O vertente livro de Caixa é uma importante fonte primária,
onde se lê a constante referência ao marquês da Foz* como financiador da
respectiva construção. São aqui discriminadas todas as despesas inerentes quer
à construção da obra propriamente dita, quer os gastos com infraestruturas,
logística e equipamentos conexos e necessários, como seja, por exemplo:
expropriações de terrenos, alojamentos para os operários, gratificações,
assentamentos de linha, passagens de nível, túneis, pontes, postes
telegráficos, equipamentos de escritório... e até os «gastos c/ a eleição de
deputados» (pág. 58).
* Trata-se de Tristão Guedes Correia de Queirós, nascido em
1849, 1.º marquês e 2.º conde da Foz. Contribuiu para a construção das linhas
férreas em Portugal, tendo ficado conhecido pelo fausto das festas que dava no
seu palácio, nos Restauradores (Lisboa).