Ferreira do Alentejo, Junho e Setembro de 1958
dir. Afonso Cautela
Convívio («separata parcial do jornal “A Planície”»)
1.ª edição [única]
2 volumes (completo)
271 mm x 182 mm
2 x 16 págs.
subtítulo do Zero – Dois: Líricas Maiores & menores
impressos sobre papel tipo “manteigueiro”
acabamento com dois pontos em arame
exemplares estimados; miolo limpo
inclui a folha-volante promocional
acondicionados em estojo próprio de fabrico recente forrado
a tela
PEÇA DE COLECÇÃO
300,00 eur (IVA e portes
incluídos)
Os princípios de actuação anunciados no
primeiro número denotam o meio cultural podre do pós-guerra em Portugal:
«Zero não poderá contar com os escritores
velhos, que independentemente critica […].
Zero não poderá contar com as editoras
comerciais, cuja rotina, usos e abusos desmascara e desassombradamente critica
[…].
Zero não poderá contar com a imprensa
literária comercial, porque lhe denunciará os caprichos, conluios e vergonhas […].
Zero para que não dependa de autores e
editores adquirirá o que se publicar […].
Zero conta com todos os que querem um
órgão de crítica independente, um lugar de discussão livre […].»
E seguindo no ataque a um neo-realismo
envelhecido e caduco, é, sobretudo, no surrealismo que propõe respostas para a
dragagem do gosto.