PETER BOUSCHELJONG
trad. António Gregório
ilust. André Lemos, e Sara Mealha
Lisboa, 2024
Barco Bêbado
1.ª edição
210 mm x 130 mm
114 págs.
profusamente ilustrado
capa impressa frente e verso
exemplar novo
18,00 eur (IVA e portes incluídos)
Desde as primeiras linhas, assim vai esta poética do século XXI…:
«[…] no Inverno de 2018 apanhámos o comboio para Paris — o que nos esperava
era incerto —, mas as imagens de montras partidas, dos incêndios no Banque
de France e de um Christophe Dettinger furioso, em suma, de Paris a arder,
apareciam noite após noite nos nossos sonhos
num mundo a desmoronar-se em ciclos cada vez mais curtos
nada é mais prático do que um livro ou uma arma [o arquivo é uma colecção de
fantasmas / resistências ilegíveis]
pensar com as mãos é o destino do homem
electrificado no meio da fuga à atrofia dos instintos herdados
comecemos pelos excessos das nossas investigações
chamam-nos pulhas e desleixados [e pode ver-se o desprezo profundo nos seus
rostos]
mas os grandes filósofos [ainda há pouco gritavam: sessenta e oito, sessenta e
oito] tinham a obrigação de fazer melhor
outros dizem: santos / pontas-de-lança da grande heresia / ou os nómadas do
proletariado
quão enganados estávamos ao pensar que o monstro do capitalismo tinha já só um
olho e que bastaria cegá-lo com uma tocha gigante
desafiando os milhões de olhares de vigilância e repressão
não mudámos de expressão, em vez disso apontámos para a vermelhidão do sol
poente e para o planeta Terra progressivamente esgotado
que o objectivo seja o de fazer avançar uma crítica decidida às condições
actuais, sem medo das consequências nem dos conflitos daí resultantes com
aqueles que detêm o poder […]»
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