segunda-feira, agosto 14, 2023

Se Bem Me Lembro…

 

JOSÉ VILHENA [aliás, Etelvino Damásio]

Lisboa, 1974
Branco & Negro (Edição do Autor)
1.ª edição
167 mm x 112 mm
144 págs.
subtítulo: Evocação de um passado rico de personagens e acontecimentos típicos pela pena do insigne beirão
ilustrado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Certos personagens do Estado Novo prestavam-se mais ao ridículo do que ao combate político. Se Vera Lagoa preencheu esta última categoria, servindo a José Vilhena a loiça que a este era necessária para partir, a categoria do ridículo coube justamente ao deposto almirante Américo Tomaz. O mesmo não se pode dizer – que tenha sido justo – o ataque a Vitorino Nemésio. Claro que a figura pardacenta do poeta, romancista, ensaísta e professor, que a Rádio Televisão Portuguesa dele registou, num programa maçudo intitulado Se Bem Me Lembro…, não ajudava a lustrá-lo, e o espirituoso caricaturista José Vilhena agarrou-o ali logo, pelos tiques no ecrã. Separavam-se, assim, as águas: quem sempre leu os livros e pasquins deste último, sempre ignorou quem fôra ou quem era Vitorino Nemésio para aqueles que, apesar de também lerem uma ou outra passagem nos livros de Vilhena, muito mais sempre apreciaram o poeta de O Bicho Harmonioso ou de Limite de Idade, o romancista de Mau Tempo no Canal, etc. Neste sentido, toda a obra de José Vilhena acabou por prestar uma espécie de serviço de «desambiguação» avant la lettre.

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