JOSÉ VILHENA [aliás, Etelvino Damásio]
Lisboa, 1974
Branco & Negro (Edição do Autor)
1.ª edição
167 mm x 112 mm
144 págs.
subtítulo: Evocação de um passado rico de personagens e acontecimentos
típicos pela pena do insigne beirão
ilustrado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
22,00 eur (IVA e portes incluídos)
Certos personagens do Estado Novo prestavam-se mais ao ridículo do que ao
combate político. Se Vera Lagoa preencheu esta última categoria, servindo a
José Vilhena a loiça que a este era necessária para partir, a categoria do ridículo
coube justamente ao deposto almirante Américo Tomaz. O mesmo não se pode dizer –
que tenha sido justo – o ataque a Vitorino Nemésio. Claro que a figura
pardacenta do poeta, romancista, ensaísta e professor, que a Rádio Televisão
Portuguesa dele registou, num programa maçudo intitulado Se Bem Me Lembro…,
não ajudava a lustrá-lo, e o espirituoso caricaturista José Vilhena agarrou-o
ali logo, pelos tiques no ecrã. Separavam-se, assim, as águas: quem sempre leu
os livros e pasquins deste último, sempre ignorou quem fôra ou quem era
Vitorino Nemésio para aqueles que, apesar de também lerem uma ou outra passagem
nos livros de Vilhena, muito mais sempre apreciaram o poeta de O Bicho Harmonioso
ou de Limite de Idade, o romancista de Mau Tempo no Canal, etc.
Neste sentido, toda a obra de José Vilhena acabou por prestar uma espécie de
serviço de «desambiguação» avant la lettre.
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