LÍLIA DA FONSECA
Lisboa, 1944
Parceria A. M. Pereira
1.ª edição
191 mm x 130 mm
308 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
27,00 eur (IVA e portes incluídos)
«Lília da Fonseca (1906-1991) – Cidadã antifascista, esteve presente,
desde jovem, nos combates contra a Ditadura e foi a primeira mulher a integrar
uma lista candidata às eleições legislativas (1957). Deixou a memória de um
trabalho de escrita e de teatro, particularmente dedicado às crianças e às
mulheres.
Maria Lília Valente da Fonseca Severino nasceu em Benguela, Angola, em 21 de
Maio de 1906 e faleceu em Lisboa a 14 de Agosto de 1991. Veio para Portugal
ainda criança. Frequentou o Liceu Infanta D. Maria, em Coimbra, e a Escola
Carolina Michäelis, no Porto. Fixou-se, depois, em Luanda, onde começou a
trabalhar, como jornalista, no diário A Província de Angola, jornal de
que foi mais tarde correspondente em Lisboa, quando se radicou na capital. Em
1944, publicou Panguila, o seu primeiro romance, em que faz um retrato
fiel da sociedade benguelense colonial da época.
Em Novembro de 1945, foi uma das signatárias de um manifesto de intelectuais de
protesto contra “as limitações de toda a espécie”, a que a actividade
intelectual estava sujeita pelo regime.
Fundou, em 1950, a revista Jornal-Magazine da Mulher, de que foi
directora até ao último número, em 1956, e onde defendeu a renovação dos temas
literários infantis e juvenis. Em 1957 foi candidata (a primeira mulher numa lista) às eleições legislativas. A partir de 1958, começou a concretizar a ideia da criação de um grupo teatral
que apresentasse espectáculos para crianças: seria o Teatro de Fantoches de
Brancaflor – para o qual escreveu várias peças –, cujo primeiro espectáculo se
realizou em 6 de Janeiro de 1962 na Sociedade Nacional de Belas Artes. O grupo
apresentou-se em escolas, colónias de férias, bairros pobres da periferia de
Lisboa e em teatros de província e representou Portugal em festivais
internacionais de teatro de fantoches.
Algumas das suas obras foram adaptadas à rádio e transmitidas pela Emissora
Nacional, a rádio oficial. Como bolseira da Fundação Gulbenkian, visitou vários
países para contactar com os seus teatros de marionetas e respectivos
marionetistas. Publicou numerosas obras literárias, designadamente vários
trabalhos sobre a situação social da mulher, mas, principalmente, romances e
literatura infantil: Os Companheiros de Bonifácio (Lisboa, 1963), Lagartinha
da Couve (Lisboa, 1945), O Relógio Parado (Lisboa, 1961) e Os
Pontos nos i i, 2 vols. (Lisboa,1964). Foi premiada nos Jogos Florais da
Emissora Nacional nos quatro anos em que concorreu.
Em 1969 foi uma das dez mulheres que, na Cooperativa Padaria do Povo, lançaram
a Comissão Democrática Eleitoral de Mulheres, que iria fazer parte do Movimento
CDE. Lília da Fonseca integrou a Comissão Distrital da CDE de Lisboa (1969).»
(Fonte: Helena Pato, in Antifascistas da Resistência [facebook], 2015, Agosto
9)
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