RAMALHO ORTIGÃO
Lisboa, 1908
Typographia «A Editora»
[2.ª edição]
255 mm x 188 mm
20 págs. + 1 folha em extra-texto (reproduz o retrato do
rei; com vegetal de protecção)
capa impressa a uma cor (preto) e relevo seco sobre cartolina
algodoada
exemplar estimado, com restauro no canto superior esquerdo
da capa; miolo limpo, com o vegetal muito oxidado
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
Da advertência:
«Esta publicação foi mandada fazer, com permissão do auctor,
a expensas de um grupo de portuguezes residentes no Rio de Janeiro, para ser
distribuida gratuitamente nas suas terras.
O estudo do sr. Ramalho Ortigão, aqui transcripto, foi
publicado na Gazeta de Noticias do
Rio de Janeiro, a 11 de Março do corrente anno, em grande edição especial que
se esgotou rapidamente. [...]»
Do profético pensamento
político de Ortigão, a propósito daquele que, no exercício do governo «de um
dos Estados mais pobres e mais humildes», acabou assassinado pelos seus
súbditos:
«[...] Assim, por exemplo, o da Revolução Francesa, de que
nitidamente se separou a parte declamativa, a parte lendaria e a parte
philosophica.
A Revolução foi a ablação formidavel da gangrena que
devorava o velho mundo; mas não passou de uma tentativa malograda como
reconstituição social do mundo moderno.
A declaração dos direitos do homem, – uma utopia. A
liberdade como alicerce fundamental de qualquer especie de governo, – um
equivoco grosseiro e funesto. Só o principio da auctoridade technica, culta,
esclarecida e honesta, prevalece e dirige. Os povos modernos não se governam
por anachronicas constituições e por importunos codigos. Não se contentam com
palavras. Governam-se por interesses. Integrar os interesses economicos com os
interesses moraes e com os interesses estheticos, e pôr, quanto possivel, de
accordo o interesse de cada um com o interesse de todos, eis a missão da
politica. [...]»
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