Lisboa, Outubro de 1959 a Maio de 1961
dir. J. A. de Figueiredo Magalhães
propriedade da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca / Editora Ulisseia
18 números (completo)
253 mm x 173 mm
[176 págs. + 32 págs.] + [178 págs. + 30 págs.] + [194 págs. + 30 págs. + 1
bilhete-postal em extra-texto] + [194 págs. + 14 págs.] + [178 págs. + 14
págs.] + [166 págs. + 30 págs. + 1 desdobrável (grande formato) em encarte] +
[176 págs. + 16 págs.] + [186 págs. + 14 págs. + 1 desdobrável (grande formato)
em extra-texto] + [170 págs. + 14 págs. + 1 tríptico em extra-texto] + [178
págs. + 14 págs.] + [162 págs. + 30 págs.] + [152 págs. + 32 págs.] + [154
págs. + 54 págs.] + [156 págs. + 78 págs.] + [184 págs. + 1 folha em
extra-texto + 1 desdobrável em encarte] + [128 págs. + 1 marcador em
extra-texto (ficha técnica)] + [134 págs. + 1 marcador em extra-texto (ficha
técnica) + 16 págs. (separata)] + [192 págs. + 1 marcador em extra-texto (ficha
técnica)]
profusamente ilustrado
impresso a negro e a cor
exemplares como novos, excepto o último; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
370,00 eur (IVA e portes incluídos)
Do Dicionário da Imprensa Periódica
Literária Portuguesa do Século XX (1941-1974) de Daniel Pires (vol. II, 1.º
tomo, Grifo, Lisboa, 1999):
Revista «[...] dinamizada por José Cardoso Pires e, eventualmente, por Luís de
Sttau Monteiro [...]. O conselho de redacção era constituído por aqueles dois
escritores e por José Cutileiro, Baptista-Bastos, Augusto Abelaira e Alexandre
O’Neill, cabendo a orientação gráfica a Sebastião Rodrigues, coadjuvado, mais
tarde, por João Abel Manta. As capas [couberam] maioritariamente a Sebastião
Rodrigues. Contou com Pilo da Silva como redactor-paginador, com as fotografias
de Armando Rosário, Eduardo Gageiro, Mário Novais, João Martins e João
Cutileiro[,] e ainda com os desenhos de João Abel Manta, Câmara Leme e de Pilo
da Silva [mas também o surrealista João Rodrigues]. [...]
José Cardoso Pires, na biografia redigida por Liberto Cruz, evoca esta
publicação do seguinte modo: “O programa era simples: ridicularizar os
provincianismos culturais, cosmopolitizados ou não, sacudir os bonzos contentes
e demonstrar que a austeridade é a capa do medo e da ausência de imaginação.”
[...]
Vasco Pulido Valente, por sua vez, assinala: “Assim que abriu, o Almanaque, estrategicamente situado na
Rua da Misericórdia, passou a ser uma espécie de clube, onde as pessoas iam de
manhã diluir o álcool da véspera e combinar almoços e, no fim da tarde, se
encontravam como num café, para pôr em dia os boatos e as conspirações
correntes. (...)”
Apresentava o eclectismo inerente a um verdadeiro almanaque: efemérides,
actualidades (amplamente ilustradas), divulgação científica, política, caça,
pesca, literatura (conto, poesia), pintura, cinema, divulgação da realidade de
outros países, astrologia, quirologia, caracteriologia, passatempos,
paciências, palavras cruzadas, testes, anedotas, canasta, etc. [...]
O universalismo que reflectia, num país que tinha muito de claustrofóbico, foi
amplamente reforçado com as reportagens mensais sobre países e povos exóticos,
com maneiras distintas de estar no mundo [...]. O dar a conhecer o que se
passava além-fronteiras, numa época em que a televisão em Portugal era
incipiente, foi também a pedra de toque [...].
A revista constituiu uma radiografia rigorosa dos acontecimentos que marcaram
uma época. [...]»
A lista completa dos sucessivos colaboradores, quer da vertente revista quer da
casa editora Ulisseia, é absolutamente impressionante, sendo que a cultura
ficou a dever, na época, à firma Abel Pereira da Fonseca, a excelência exemplar
da aplicação de dinheiro dos lucros de uma actividade merceeira. Hoje em dia,
um comerciante ou um industrial de sucesso mais facilmente financia os partidos
políticos...
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