JOÃO MARTINS PEREIRA
capa de João B. [Botelho]
Lisboa, 1983
A Regra do Jogo, Edições, Lda.
1.ª edição
204 mm x 140 mm
168 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
27,00 eur (IVA e portes incluídos)
De lúcidas observações operativas se faz este livro de Martins Pereira
(1932-2008). Por exemplo, esta:
«[…] O 25 de Abril trouxe-nos, entre muitas outras coisas, os “intelectuais de
direita”. Era lógico que assim fosse, e é mesmo benéfico ao ponto de podermos
incluir tal facto entre as “conquistas de Abril”. Com efeito, tirando uma ou
outra figura que descuidadamente escorregou na casca de banana marcelista, pode
afirmar-se que tudo o que por aí ia de “cabeça pensante” com o mínimo de caco
era oposicionista. Claro que ser oposicionista não significava ser de esquerda,
mas nessa altura era conveniente manter-se a confusão do melting pot onde
todos cabiam, já que o objectivo número um era obter “as liberdades” – coisa importante
para toda a gente, e vital para os intelectuais. […]
O pós-25 de Abril veio clarificar o posicionamento político dos antigos
sectores oposicionistas. Como cada um pôde, felizmente, dizer tudo o que lhe ia
na alma, começou-se a perceber que a grande “unidade anti-fascista” se
desdobrava agora em diversas famílias ideológicas, ainda que nem sempre isso se
traduzisse em claras opções partidárias. […]»
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