sexta-feira, janeiro 27, 2023

Como dirigi a Bibliotheca Nacional


FIDELINO DE FIGUEIREDO

Lisboa, 1919
Livraria Clássica Editora, A. M. Teixeira
1.ª edição
22,5 cm x 15 cm
128 págs.
subtítulo: Fevereiro de 1918 a Fevereiro de 1919
exemplar estimado com restauro na lombada; miolo limpo parcialmente por abrir
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

Assim começa Fidelino:
«Escrevo estas breves linhas de introducção ao relatorio da minha direcção da Bibliotheca Nacional no dia em que, pela dissolução do Parlamento, de que fazia parte, se fecha o período da minha vida aberto pela revolução de Dezembro, chefiada por Sidonio Paes. A situação politica, que dessa revolução se derivou e que hoje está relegada para o mundo das recordações, fez-me chefe de gabinete da instrucção publica, director da Bibliotheca Nacional e deputado. Servi os dois cargos e o mandato parlamentar com desinteressada dedicação que foi sempre até ao sacrificio.
[...] Como me desempenhei do cargo de bibliothecario, que o Presidente Sidonio Paes e o Ministro da Instrucção me confiaram, digo-o no presente relatório, cujo conteúdo esteve para ser exposto na Camara dos Deputados sob a forma mais viva de interpellação a um ministro. Para que essa interpellação se não fizesse, envidaram-se diligencias activas que não excluiram ameaças. O golpe de Estado facilitou a realização do designio dos adversarios da justiça e dos que põem as rivalidades pessoaes e as solidariedades partidarias acima dos altos interesses do paiz. [...]»
É neste contexto, e numa Biblioteca ainda (mal) instalada no convento de São Francisco da Cidade, onde hoje se encontra a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, que o erudito historiador e ensaísta desenvolve a sua primeira gestão. Voltará às mesmas funções mais tarde, em 1927.

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