ANTONIO LOBO DE
CARVALHO
Cádis [aliás, Lisboa], 1852
s.i. [ed. atribuída a Inocêncio Francisco da Silva]
1.ª edição [aliás, 3.ª edição]
160 mm x 116 mm
2 págs. + XXIV págs. + 234 págs.
subtítulo: Colligidas
e pela primeira vez impressas
encadernação da época com lombada em pele gravada a ouro,
folhas-de-guarda recentes em papel tipo kraft
canelado
pouco aparado, sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
ostenta no verso da pasta anterior o selo de posse de Gilberto Moura
ostenta no verso da pasta anterior o selo de posse de Gilberto Moura
PEÇA DE COLECÇÃO
175,00 eur (IVA e portes incluídos)
Modernamente, só a casa editora & etc – em colecção
dirigida por Aníbal Fernandes (escolha e prefácio, adiante citado) – deu nota
da existência do vate nascido em Guimarães (mas por lá ainda hoje ignorado de
todo) e que acabará em Lisboa, «[...] que a este Lobo de Carvalho chamará na
rua, e pela boca do povo, O Lobo da
Madragoa, ou então Pasquim Vivente
pela alcunha que lhe colou um advogado famoso desses tempos, referindo a sua
veia para a crónica versificada e a sátira pronta.
Os muitos anos da capital há-de passá-los sem ocupação
definida, a correr serões e locutórios de freiras, parasita de fidalgos e de
mesas a cuja roda era benvindo pela graça do talento, temido e adulado pelo
susto de cair na inspiração certeira da sua lira.
Celibatário empedernido, não quis nunca poupar riscos e
ridículos à situação conjugal; pouco dado a reconhecimentos, não desviou
ninguém do seu alvo, nem mesmo João Xavier de Matos (outro poeta, e menor) com
quem viveu de intimidade estreita e pouco tempo soube sobreviver à data da sua
morte.
[...] surgiu publicado a medo numa colectânea poética de
1789, e também a medo numa outra de 1812. Em 1852 encontrou, porém, o seu
editor clandestino de Cádis, para despistar Lisboa (que Teófilo Braga
reconhece, porém, como Inocêncio F. da Silva), que reúne os 200 sonetos e as 10
décimas (até hoje dados como sua obra completa) num volume de Poesias Joviais e Satíricas. [...]»