ANTONIO NOBRE
ilust. Eduardo Moura, e Julio Ramos
retrato do autor «d’ après Thomaz Costa»
Paris – Lisboa | Rio de Janeiro – São Paulo – Belo Horizonte, 1913
Livraria Aillaud e Bertrand | Livraria Francisco Alves
3.ª edição
200 mm x 106 mm
176 págs.
profusamente ilustrado
ilustrações monocromáticas impressas a diferentes cores
luxuosa encadernação editorial inteira em pele goufrada com gravação a ouro nas
pastas e na lombada, cercaduras em relevo seco, folhas-de-guarda em papel com
motivos de florália
corte das folhas arredondado nos cantos e dourado à cabeça
conserva a capa anterior da brochura
exemplar em bom estado de conservação, fêstos frágeis; miolo muito limpo, restauro
na primeira folha
PEÇA DE COLECÇÃO
180,00 eur (IVA e portes incluídos)
Edição graficamente muito elegante, é a verdadeira 3.ª edição, que
serviu à Renascença Portuguesa, no mesmo ano, de modelo para uma
pseudo-terceira de circulação nortenha.
Trata-se do poeta que melhor soube trazer para dentro da retórica dos versos,
já depurado, o romantismo narrativo das Viagens na Minha Terra de
Garrett:
«[...] E o carro ia aos solavancos.
Os passageiros, todos brancos,
Ressonavam nos seus gabões:
E eu ia álerta, olhando a estrada,
Que em certo sitio, na Trovoada,
Costumavam sair ladrões.
Ladrões! Ó sonho! Ó maravilha!
Fazer parte d’uma quadrilha,
Rondar, á Lua, entre pinhaes!
Ser Capitão! trazer pistolas,
Mas não roubando, – dando esmolas
Dependuradas dos punhaes... [...]»
É este escritor que um poeta nosso contemporâneo recente – João Miguel
Fernandes Jorge – louvava no semanário Expresso (11 de Abril,
1987) nos seguintes termos: «[...] O Só é uma lição de
portugalidade, aprendi nele Portugal e foi ele que me conduziu à monarquia, por
exemplo [...]. Penso que toda a poesia arrasta consigo um sentido de mensagem,
por isso o Nobre me seduziu. O Nobre é um dos mentores do Estado Novo. [...]»