LEONEL DE PARMA
CARDOSO
Lisboa, 1936
[ed. Autor]
1.ª edição
198 mm x 131 mm
164 págs. + 9 folhas em extra-texto
ilustrado no corpo do texto e em separado
exemplar estimado; miolo limpo, por abrir
35,00 eur (IVA e
portes incluídos)
«Leonel de Parma Cardoso, licenciado em Ciências Económicas
e Financeiras, funcionário superior das Alfândegas, nasceu em 9 de Setembro de
1898, em Caldas da Rainha. A sua actividade artística desenvolveu-se em duas
vertentes principais: letras (poesia e prosa) e artes plásticas, expressas nas
mais variadíssimas técnicas: aguarela, guache, óleo, escultura, medalhística e
cerâmica. O seu primeiro contacto com o público data de Setembro de 1917 numa
exposição de caricaturas na sua terra natal em Caldas da Rainha, a que se
seguiram muitas outras, individuais e colectivas, tendo participado em vários
salões de humoristas e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. É de salientar
que, no conjunto da sua obra, o seu poder imaginativo se revela sobretudo
através de numerosas figuras de cerâmica que criou e que reflectem a influência
do meio em que nasceu. Os seus bonecos, caracterizados por uma tipologia
folclórica, são modelados num espírito mordaz que realça, nos seus traços, as
particularidades mais relevantes das diversas camadas da sociedade observadas
sem indulgência. Grande parte destas peças foram reproduzidas nas fábricas
Bordalo Pinheiro e Belo em Caldas da Rainha. O humorismo é uma constante na sua
obra, expresso sobretudo na caricatura, modalidade com que principiou a sua
actividade artística aos 18 anos e à qual dedicou os últimos anos da sua vida. [...]
A sua actividade literária não se confinou a estes domínios, tendo publicado em
1936 a sua primeira obra de prosa, o Ferro
Velho, que comparou a uma “manta de retalhos”[,] título que aplicou num dos
seus opúsculos de poesia editado em 1960, seguindo-se, nesta forma de
expressão, os Farrapos d’Alma, em
1976. Como autor teatral Leonel Cardoso escreveu, em colaboração com Augusto de
Carvalho, uma revista de costumes locais De
Luva Branca (1937), para a qual pintou os cenários e desempenhou o papel de
um dos “compères”. Em 1972, começou a dedicar-se à medalhística, tendo modelado
cerca de 40 peças [...]. Tendo mantido uma intensa actividade artística durante
praticamente toda a sua vida, Leonel Cardoso veio a falecer, em Lisboa, no dia
18 de Novembro de 1987.» (MatrizNet, catálogo colectivo on-line, Instituto dos
Museus e da Conservação)