sexta-feira, março 08, 2024

Cadernos de Circunstância, 67-70

 

[ALFREDO MARGARIDO
FERNANDO MEDEIROS
JORGE VALADAS
et alii]
capa de João B. [Botelho (o cineasta)]


Porto, 1975
Edições Afrontamento
1.ª edição [da reedição antológica]
209 mm x 140 mm
304 págs. + 1 desdobrável em extra-texto
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Reedição dos textos que ajudaram a definir uma estratégia de pensamento da resistência para Portugal durante os anos revolucionários do Maio de 68 europeu, aproveitando o tombo que Salazar havia dado do seu cadeirão autoritário. O grupo editorial responsável vivia, no essencial, em França, e daí enviava a boa-nova das revoltas estudantis.
Segundo José Pacheco Pereira (As Armas de Papel, Temas e Debates, Lisboa, 2013), trata-se de uma publicação revolucionária «[...] distribuída [entre 1967 e 1970] em França e nos círculos de emigração, e enviada para Portugal através de oficiais da Marinha portuguesa que passavam nos portos franceses (dois dos seus membros, Jorge Valadas e João Freire, tinham pertencido à Marinha) e dos contactos dos membros do grupo com o interior do país. Entre esses contactos contava-se José Leal Loureiro [futuro editor de A Regra do Jogo], que levava a revista para o Porto, e um conjunto de ligações de José Maria Carvalho Ferreira [editor de A Ideia], que transportava a revista para o interior do país no seu ano final. […]
Os Cadernos de Circunstância foram a revista mais influente no plano político-intelectual publicada na emigração, introduzindo nos seus textos uma atenção analítica que não era comum, assim como uma aproximação interdisciplinar e uma fundamentação estatística que traduzia as preocupações intelectuais dos seus autores. […]
Membros da revista tiveram um papel na lista “situacionista” (com Francisco Alves e Carlos da Fonseca?), que ganhou as eleições na UEPF quer aos comunistas do PCP quer aos maoistas encabeçados por Vasco. Uma vez vitoriosos, e imitando os anarquistas e situacionistas de Estrasburgo, que tinham ganho as eleições na secção local da UNEF, resolveram dissolver a organização. […]
[…] Álvaro Cunhal atacou os Cadernos de Circunstância no seu livro contra o esquerdismo. […]
O grupo “autodissolveu-se sem crise nem zanga” depois da publicação do número 7, em 1970. […]»

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