DAVID NETO, capitão
Porto, 1933
Livraria Tavares Martins
1.º milhar
191 mm x 127 mm
258 págs.
exemplar com a capa envelhecida; miolo limpo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)
Importante obra para a
melhor compreensão do movimento que em 28 de Maio de 1926 levou à definitiva
destruição da Primeira República.
Diz-nos José Carlos Vilhena Mesquita (in «Capitão David Neto, um algarvio
fiel a Salazar», pág. elect. Promontório da Memória, 2 de Maio,
2020):
«[…] Mas o facto mais
relevante e mais curioso na vida do ex-major David Rodrigues Neto foi o facto
de ter perdido a confiança em Salazar e no regime nacionalista, tomando fortes
posições contra o “Estado Novo” ao ponto de chegar a ser preso pela PIDE e
sofrer a humilhação de ser julgado no Tribunal Plenário de Lisboa, em Conselho
de Guerra e até mesmo no Tribunal da Comarca de Portimão, onde defendera vários
pleitos judiciais. Durante as campanhas para a Presidência da República esteve
sempre ao lado da oposição, quer na candidatura, em 1951, do almirante Quintão
Meireles, quer, em 1958, na heróica campanha eleitoral do general Humberto
Delgado, ao longo da qual tomou posições muito críticas contra o regime vigente.
Na imprensa algarvia colaborou no Comércio de Portimão e sobretudo no Correio
do Sul, cujo director, o Dr. Mário Lyster Franco, era seu amigo e antigo
correligionário como simpatizante do movimento nacionalista. Mesmo quando o
major David Neto se tornou em “personna non grata” ao regime nunca o Correio
do Sul, nem o seu director, lhe fecharam as portas. Creio até que entre
eles existia alguma consonância nas críticas que em surdina faziam ao regime
salazarista, que com o tempo vinha apodrecendo em favoritismos clientelares e
em perseguições políticas absolutamente desumanas.»
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