JOAQUIM MADUREIRA (BRAZ BURITY)
Lisboa, 1912
Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira & C.ta
1.ª edição
192 mm x 114 mm
368 págs.
subtítulo: Notas d’um Diario Subversivo – 1911
impresso sobre papel superior avergoado
exemplar estimado, capa suja; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR
50,00 eur (IVA e portes incluídos)
O dito do Cavaleiro de Oliveira acerca da Lisboa setecentista, onde os cidadãos
se tratariam entre si com a falta de urbanidade de verdadeiras cavalgaduras, é
aqui recuperado pelo humorista, que em género de diário político vai esboçando
o retrato trágico de uma época histórica perdida:
«[...] sabidas as contas, embora isso pése á florida rhetorica vermelha, não
era, na verdade, um regimen que collectivamente nos opprimia – era uma cilha
que brutalmente nos apertava; sobre a sociedade portugueza não pairava,
realmente, como espectro, a entoar-lhe os responsaes da agonia, uma crise
politica que a embaraçava, uma crise moral que a abandalhava ou uma crise
economica que ameaçava subvertêl-a: – o que a derreava e a trazia na espinha, o
que a tolhia e a mirrava, a sugar-lhe o sangue, a arrancar-lhe a pélle,
arrastando-a implacavelmente ao guano das sociedades apodrecidas, era a
albarda, a albarda monstruosa, a albarda desmesurada, a legendaria albarda sob
a qual se vergava e se contorcia, se cambrava e se ia esbarrondando a jumencia
nacional... [...]»
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