ALFREDO MARGARIDO
FERNANDO MEDEIROS
JORGE VALADAS
JOÃO FREIRE
JOÃO FREIRE
MANUEL VILLAVERDE CABRAL
et alii
Paris, Março
de 1969
1.ª edição
apenas o n.º 6 [dito «nova série n.º 1»]
243 mm x 183 mm
70 págs.
subtítulo: Teses sobre a actualidade da Revolução
subtítulo: Teses sobre a actualidade da Revolução
impressão a mimeógrafo
acabamento com um ponto em arame
acabamento com um ponto em arame
exemplar estimado; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
60,00 eur (IVA e portes
incluídos)
Segundo José Pacheco Pereira (As Armas
de Papel, Temas e Debates, Lisboa, 2013), trata-se de uma publicação
revolucionária «[...] distribuída [entre 1967 e 1970] em França e nos círculos
de emigração, e enviada para Portugal através de oficiais da Marinha portuguesa
que passavam nos portos franceses (dois dos seus membros, Jorge Valadas e João
Freire, tinham pertencido à Marinha) e dos contactos dos membros do grupo com o
interior do país. Entre esses contactos contava-se José Leal Loureiro [futuro
editor de A Regra do Jogo], que levava a revista para o Porto, e um conjunto de
ligações de José Maria Carvalho Ferreira [editor de A Ideia], que transportava
a revista para o interior do país no seu ano final. […]
Os Cadernos de Circunstância foram
a revista mais influente no plano político-intelectual publicada na emigração,
introduzindo nos seus textos uma atenção analítica que não era comum, assim
como uma aproximação interdisciplinar e uma fundamentação estatística que
traduzia as preocupações intelectuais dos seus autores. […]
Membros da revista tiveram um papel na
lista “situacionista” (com Francisco Alves e Carlos da Fonseca?), que ganhou as
eleições na UEPF quer aos comunistas do PCP quer aos maoistas encabeçados por
Vasco. Uma vez vitoriosos, e imitando os anarquistas e situacionistas de
Estrasburgo, que tinham ganho as eleições na secção local da UNEF, resolveram
dissolver a organização. […]
[…] Álvaro Cunhal atacou os Cadernos
de Circunstância no seu livro contra o esquerdismo. […]
O grupo “autodissolveu-se sem crise nem
zanga” depois da publicação do número 7, em 1970. […]»