quinta-feira, julho 13, 2023

Refutação do Monstruoso, e Revolucionario Escripto Impresso em Londres Intitulado [«]Quem He o Legitimo Rei de Portugal? Questão Portugueza Submetida ao Juizo dos Homens Imparciais[»]

 

JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO

Lisboa, 1828
Na Imprensa Regia
[1.ª edição]
210 mm x 149 mm
80 págs.
elegante encadernação inteira em tela com rótulo gravado a ouro e colado na pasta anterior
pouco aparado, corte das folhas carminado
[sem capas de brochura ?]
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível, papel sonante
PEÇA DE COLECÇÃO
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

Segundo Inocêncio Francisco da Silva, no tomo IV do seu Diccionario Bibliographico Portruguez (Imprensa Nacional, Lisboa 1860):
«P. José Agostinho de Macedo, foi primeiramente Eremita Augustiniano, e professou este instituto no convento de N. S. da Graça de Lisboa a 15 de Novembro de 1778, tomando o nome de Fr. José de Sancto Agostinho. Falto de vocação para a vida claustral, suas travessuras, relaxação de costumes e actos reprehensiveis practicados com escandalo publico, e infracção das regras monasticas, o trouxeram em continua lucta com seus confrades, durante mais de doze annos, boa parte dos quaes passou em successivas reclusões nos carceres da ordem, e transferencias de uns para outros conventos, até que aos trinta annos d’edade foi solemnemente expulso por sentença conventual, confirmada pelo Definitorio, segundo as constituições e usanças fradescas, sendo-lhe despido o habito em acto de communidade, e fechadas sobre elle as portas do convento da Graça a 18 de Fevereiro de 1792. Os effeitos d’esta sentença caducaram comtudo, por effeito de recursos que o expellido interpoz, tanto para os tribunaes civís, como perante a Sé apostolica, da qual obteve breve de secularisação para passar ao estado de Presbytero secular, como effectivamente passou, mediante a sentença executorial do mesmo breve, dada pelo Ordinario a 20 de Março de 1794. Exerceu por longos annos em Lisboa o ministerio do pulpito, levando a primazia aos prégadores do seu tempo, e colhendo d’elle meios sufficientes para sustentação, sem que jámais solicitasse emprego, ou beneficio ecclesiastico, posto que se affirmou, e talvez com bom fundamento, que a sua ambição se elevava até o episcopado. Homem de innegavel talento, e de vasta erudição, escriptor fecundissimo, como bem se deixa vêr de tantas e tão variadas producções, seria talvez mais querido dos contemporaneos, e a sua memoria melhor apreciada da posteridade, se o temperamento atrabiliario que n’elle predominava, um amor proprio excessivo, ainda que justificavel até certo ponto pela reconhecida inferioridade dos seus competidores, e mais que tudo os odios suscitados pelas querelas politicas, em que tomou com a penna tão activa parte nos seus ultimos annos, lhe não alienassem as sympathias de muitos, impossibilitando-os de assentarem a seu respeito um juizo recto e imparcial. Foi Prégador Regio nomeado em 1802, Censor do Ordinario nos de 1824 a 1829, Socio da Arcadia de Roma, e da ephemera Academia de Bellas-letras de Lisboa, com o nome de Elmiro Tagideo; Deputado substituto ás Côrtes ordinarias de 1822 pelo circulo de Portalegre; e finalmente nomeado pelo sr. D. Miguel substituto Chronista do reino em 21 de Junho de 1830. – N. na cidade de Beja a 11 de Septembro de 1761, e foi baptisado na egreja parochial do Salvador no 1.º de Outubro, data que alguns biographos tomaram erradamente pela do nascimento. M. em Pedrouços a 2 de Outubro de 1831, e jaz na egreja do convento de N. S. dos Remedios de religiosas trinitarias, sito no largo do Rato. […]
Este opusculo* foi-lhe encommendado pelo Intendente geral de Policia, de ordem do governo, para ser, como foi, distribuido gratis por todas as comarcas e concelhos do reino. […]»

* O texto responde a uma publicação liberal anónima, na altura julgada da autoria de Almeida Garrett, e mais tarde consignada a Paulo Midosi.

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