JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO
Lisboa, 1828
Na Imprensa Regia
[1.ª edição]
210 mm x 149 mm
80 págs.
elegante encadernação inteira em tela com rótulo gravado a ouro e colado na
pasta anterior
pouco aparado, corte das folhas carminado
[sem capas de brochura ?]
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível, papel
sonante
PEÇA DE COLECÇÃO
90,00 eur (IVA e portes incluídos)
Segundo Inocêncio Francisco da Silva, no tomo
IV do seu Diccionario Bibliographico Portruguez (Imprensa Nacional,
Lisboa 1860):
«P. José Agostinho de Macedo, foi primeiramente Eremita Augustiniano, e
professou este instituto no convento de N. S. da Graça de Lisboa a 15 de
Novembro de 1778, tomando o nome de Fr. José de Sancto Agostinho. Falto de
vocação para a vida claustral, suas travessuras, relaxação de costumes e actos
reprehensiveis practicados com escandalo publico, e infracção das regras
monasticas, o trouxeram em continua lucta com seus confrades, durante mais de
doze annos, boa parte dos quaes passou em successivas reclusões nos carceres da
ordem, e transferencias de uns para outros conventos, até que aos trinta annos
d’edade foi solemnemente expulso por sentença conventual, confirmada pelo
Definitorio, segundo as constituições e usanças fradescas, sendo-lhe despido o
habito em acto de communidade, e fechadas sobre elle as portas do convento da
Graça a 18 de Fevereiro de 1792. Os effeitos d’esta sentença caducaram comtudo,
por effeito de recursos que o expellido interpoz, tanto para os tribunaes
civís, como perante a Sé apostolica, da qual obteve breve de secularisação para
passar ao estado de Presbytero secular, como effectivamente passou, mediante a
sentença executorial do mesmo breve, dada pelo Ordinario a 20 de Março de 1794.
Exerceu por longos annos em Lisboa o ministerio do pulpito, levando a primazia
aos prégadores do seu tempo, e colhendo d’elle meios sufficientes para
sustentação, sem que jámais solicitasse emprego, ou beneficio ecclesiastico,
posto que se affirmou, e talvez com bom fundamento, que a sua ambição se
elevava até o episcopado. Homem de innegavel talento, e de vasta erudição,
escriptor fecundissimo, como bem se deixa vêr de tantas e tão variadas
producções, seria talvez mais querido dos contemporaneos, e a sua memoria
melhor apreciada da posteridade, se o temperamento atrabiliario que n’elle
predominava, um amor proprio excessivo, ainda que justificavel até certo ponto
pela reconhecida inferioridade dos seus competidores, e mais que tudo os odios
suscitados pelas querelas politicas, em que tomou com a penna tão activa parte
nos seus ultimos annos, lhe não alienassem as sympathias de muitos,
impossibilitando-os de assentarem a seu respeito um juizo recto e imparcial. Foi
Prégador Regio nomeado em 1802, Censor do Ordinario nos de 1824 a 1829, Socio
da Arcadia de Roma, e da ephemera Academia de Bellas-letras de Lisboa, com o
nome de Elmiro Tagideo; Deputado substituto ás Côrtes ordinarias de 1822 pelo
circulo de Portalegre; e finalmente nomeado pelo sr. D. Miguel substituto
Chronista do reino em 21 de Junho de 1830. – N. na cidade de Beja a 11 de
Septembro de 1761, e foi baptisado na egreja parochial do Salvador no 1.º de
Outubro, data que alguns biographos tomaram erradamente pela do nascimento. M.
em Pedrouços a 2 de Outubro de 1831, e jaz na egreja do convento de N. S. dos
Remedios de religiosas trinitarias, sito no largo do Rato. […]
Este opusculo* foi-lhe encommendado pelo Intendente geral de Policia, de ordem
do governo, para ser, como foi, distribuido gratis por todas as comarcas
e concelhos do reino. […]»
* O texto responde a
uma publicação liberal anónima, na altura julgada da autoria de Almeida
Garrett, e mais tarde consignada a Paulo Midosi.
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